Publicidade
Publicidade
12/12/2006
-
15h56
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
O primeiro-secretário da Câmara, deputado Inocêncio Oliveira (PE), afirmou hoje que a Casa deve arquivar o "projeto pizza" --como está sendo chamada a proposição que dificulta o desarquivamento de processos contra parlamentares envolvidos em denúncias de uma legislatura para outra. "Vai ser retirado [da pauta]", disse ele ao chegar para uma reunião de líderes com o presidente da Casa, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP).
Pela manhã, Aldo disse que se os líderes quiserem, vai colocar o projeto em votação. "Se houver apoio dos líderes vai ser votado", afirmou.
A oposição já se manifestou contrário à matéria. Para o líder da minoria, deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA), a mudança na regra não pode ser definida por projeto de resolução.
"Não se altera a Constituição por Regimento Interno. Este é um assunto constitucional. Se for aprovado, vai ser derrubado porque é inconstitucional", disse.
O líder do PFL na Câmara, deputado Rodrigo Maia (RJ), afirmou que o seu partido não vai permitir que o projeto seja votado no plenário. O PMDB tem a mesma posição. "A favor da pizza nós não somos", disse o líder do partido, deputado Wilson Santiago (PB).
O presidente do Conselho de Ética, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), disse que foi pego de surpresa pelo projeto e que vai haver reação ao projeto. "É difícil analisar se é manobra. Nós imaginávamos que os processos continuariam a ser analisados na próxima legislatura. Mas com esse projeto, não poderão."
O "projeto pizza" foi aprovado, sem alarde, numa reunião da Mesa Diretora no final de novembro. A medida beneficiaria, por exemplo, os cinco deputados que supostamente participaram da máfia das ambulâncias e que se reelegeram, além de parlamentares que renunciaram para escapar do julgamento no escândalo do mensalão, como Paulo Rocha (PT-PA) e Valdemar Costa Neto (PL-SP).
Pelo projeto, relatado pelo deputado José Thomaz Nonô (PFL-AL), os processos só serão desarquivados se surgirem novos fatos contra os parlamentares. Esta exigência não está prevista hoje.
Leia mais
Projeto da Câmara pode beneficiar mensaleiros e sanguessugas
TSE julga hoje contas da campanha eleitoral de Lula
Verba era mais difícil antes de pagar propina a Abel, diz Vedoin
Delegado pede agenda de Barjas Negri
PMN desiste de se fundir com PHS e com PPS
Especial
Leia a cobertura completa sobre a preparação do segundo mandato de Lula
Leia cobertura sobre a máfia dos sanguessugas
Líderes dizem que projeto que beneficia mensaleiros e sanguessugas não passa
Publicidade
da Folha Online, em Brasília
O primeiro-secretário da Câmara, deputado Inocêncio Oliveira (PE), afirmou hoje que a Casa deve arquivar o "projeto pizza" --como está sendo chamada a proposição que dificulta o desarquivamento de processos contra parlamentares envolvidos em denúncias de uma legislatura para outra. "Vai ser retirado [da pauta]", disse ele ao chegar para uma reunião de líderes com o presidente da Casa, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP).
Pela manhã, Aldo disse que se os líderes quiserem, vai colocar o projeto em votação. "Se houver apoio dos líderes vai ser votado", afirmou.
A oposição já se manifestou contrário à matéria. Para o líder da minoria, deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA), a mudança na regra não pode ser definida por projeto de resolução.
"Não se altera a Constituição por Regimento Interno. Este é um assunto constitucional. Se for aprovado, vai ser derrubado porque é inconstitucional", disse.
O líder do PFL na Câmara, deputado Rodrigo Maia (RJ), afirmou que o seu partido não vai permitir que o projeto seja votado no plenário. O PMDB tem a mesma posição. "A favor da pizza nós não somos", disse o líder do partido, deputado Wilson Santiago (PB).
O presidente do Conselho de Ética, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), disse que foi pego de surpresa pelo projeto e que vai haver reação ao projeto. "É difícil analisar se é manobra. Nós imaginávamos que os processos continuariam a ser analisados na próxima legislatura. Mas com esse projeto, não poderão."
O "projeto pizza" foi aprovado, sem alarde, numa reunião da Mesa Diretora no final de novembro. A medida beneficiaria, por exemplo, os cinco deputados que supostamente participaram da máfia das ambulâncias e que se reelegeram, além de parlamentares que renunciaram para escapar do julgamento no escândalo do mensalão, como Paulo Rocha (PT-PA) e Valdemar Costa Neto (PL-SP).
Pelo projeto, relatado pelo deputado José Thomaz Nonô (PFL-AL), os processos só serão desarquivados se surgirem novos fatos contra os parlamentares. Esta exigência não está prevista hoje.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice