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13/12/2006 - 15h47

Movimentos sociais pedem a Lula para participar do segundo mandato

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ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília

Representares de movimentos sociais disseram hoje ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que querem maior participação no seu segundo mandato. Eles reivindicam presença em órgãos como o Copom (Conselho Nacional de Política Monetária), o CMN (Conselho Monetário Nacional) e agências reguladoras. No encontro estavam presentes representantes da CUT (Central Única dos Trabalhadores), MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), UNE (União Nacional dos Estudantes), entre outros.

O ministro Luiz Dulci (Secretário Geral da Presidência da República) disse que o presidente não se manifestou sobre o pleito dos movimentos e evitou comentar o assunto. "Se o presidente não disse o que pensa, não sou eu que vou falar", esquivou-se.

Segundo o ministro, o governo fará reuniões periódicas com os movimentos sociais para discutir as propostas de cada um deles.

"O próximo mandato do presidente Lula precisa dar um salto de qualidade na interlocução com os movimentos sociais. Nós queremos participar de um conselho deliberativo do governo e não ter apenas um diálogo consultivo", afirmou João Paulo Rodrigues, dirigente do MST.

A Conam (Confederação Nacional das Associações de Moradores) reforçou o apelo dos movimentos para que no próximo governo Lula os movimentos tenham uma maior participação nas decisões de órgãos --como as agências reguladoras.

Reformas

O representante da CUT, João Felício, disse que o presidente se comprometeu com os movimentos sociais a não fazer a reforma trabalhista e da Previdência. "O presidente disse que não vai fazer as reformas da Previdência e Trabalhista para retirar direitos."

Dulci evitou confirmar a informação, mas admitiu que as prioridades de Lula para os próximos quatro anos são as reformas tributária e política. Segundo Dulci, a discussão das mudanças na Previdência se darão num fórum que será criado pelo governo com a presença dos movimentos sociais.

No encontro, o presidente afirmou que vem estudando medidas para garantir o crescimento do país nos próximos anos. Sobre este assunto, ouviu dos presentes que é preciso combinar crescimento com desenvolvimento para não reforçar as desigualdades sociais.

Mínimo

O presidente não teria comentado sobre o salário mínimo para o próximo ano no encontro de hoje. Os movimentos cobram um mínimo de R$ 420, bem acima do que defende o governo (R$ 367). Ontem, a comissão de Orçamento aprovou uma proposta de um mínimo de R$ 375 para 2007.

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