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13/12/2006
-
18h55
EPAMINONDAS NETO
da Folha Online
Os quatro petistas ouvidos hoje na Polícia Federal em São Paulo negaram o envolvimento do diretório paulista do PT no "dossiegate", ao delegado responsável pelo inquérito, Diógenes Curado. Cerca de três meses após os eventos que culminaram no pior escândalo das eleições deste ano, a PF ainda questiona as testemunhas sobre a origem dos recursos que seriam destinados para compra um dossiê contra políticos tucanos.
As primeiras informações dão conta de que os depoimentos de hoje não teriam ajudado a PF: os três primeiros testemunhos, de Paulo Frateschi, presidente do PT-SP, e dos tesoureiros Antonio dos Santos e José Giácomo Baccarin, não ultrapassaram uma hora cada e resultaram em cerca de duas laudas por depoimento.
O último testemunho do dia, do petista João Vaccari Neto, segundo suplente do senador Aloizio Mercadante (PT-SP), não se estendeu por mais de duas horas e teria sido repleto de negativas. Vaccari é homem de confiança do presidente licenciado do PT, deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), que foi defendido nas declarações dos petistas.
No relatório parcial já divulgado, Curado aponta que há indícios de que o deputado sabia do esquema, mas sustenta que as provas não são suficientes para incriminá-lo.
Armação
Segundo o advogado José Roberto Leal, os três primeiros petistas somente foram chamados para prestar esclarecimentos sobre a campanha do partido ao governo de São Paulo. "Eles desconheciam completamente qualquer situação relativa a dinheiro [para comprar o dossiê]."
Para Frateschi, houve uma "armação" contra o PT no escândalo. "Tudo indica que as investigações já comprovaram que [o dossiê] não tem nenhuma ligação com o diretório estadual", afirmou.
O petista também negou o envolvimento de Ricardo Berzoini no caso, e afirmou desconhecer a origem do dinheiro apreendido no hotel Ibis, em São Paulo. "Tenho esperança de que ele volte logo a dirigir o diretório nacional do PT".
Frateschi ainda rejeitou a idéia de que houve caixa dois na campanha de Mercadante ao governo de São Paulo. "Esta campanha foi diuturnamente acompanhada pela imprensa".
Transbank
O delegado Diógenes Curado também investigou uma outra frente do caso e ouviu os funcionários da Transbank, empresa que teria feito o transporte do dinheiro encontrado em São Paulo com Gedimar Passos e Valdebran Padilha.
Os dois funcionários que seriam ouvidos hoje, Heron de França Moura e Fábio Santos da Silva, não teriam testemunhado porque, supostamente, saíram da empresa, que foi representada pelo gerente de tesouraria Cláudio Cardilli, que saiu da superintendência da PF sem falar com a imprensa.
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da Folha Online
Os quatro petistas ouvidos hoje na Polícia Federal em São Paulo negaram o envolvimento do diretório paulista do PT no "dossiegate", ao delegado responsável pelo inquérito, Diógenes Curado. Cerca de três meses após os eventos que culminaram no pior escândalo das eleições deste ano, a PF ainda questiona as testemunhas sobre a origem dos recursos que seriam destinados para compra um dossiê contra políticos tucanos.
As primeiras informações dão conta de que os depoimentos de hoje não teriam ajudado a PF: os três primeiros testemunhos, de Paulo Frateschi, presidente do PT-SP, e dos tesoureiros Antonio dos Santos e José Giácomo Baccarin, não ultrapassaram uma hora cada e resultaram em cerca de duas laudas por depoimento.
O último testemunho do dia, do petista João Vaccari Neto, segundo suplente do senador Aloizio Mercadante (PT-SP), não se estendeu por mais de duas horas e teria sido repleto de negativas. Vaccari é homem de confiança do presidente licenciado do PT, deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), que foi defendido nas declarações dos petistas.
No relatório parcial já divulgado, Curado aponta que há indícios de que o deputado sabia do esquema, mas sustenta que as provas não são suficientes para incriminá-lo.
Armação
Segundo o advogado José Roberto Leal, os três primeiros petistas somente foram chamados para prestar esclarecimentos sobre a campanha do partido ao governo de São Paulo. "Eles desconheciam completamente qualquer situação relativa a dinheiro [para comprar o dossiê]."
Para Frateschi, houve uma "armação" contra o PT no escândalo. "Tudo indica que as investigações já comprovaram que [o dossiê] não tem nenhuma ligação com o diretório estadual", afirmou.
O petista também negou o envolvimento de Ricardo Berzoini no caso, e afirmou desconhecer a origem do dinheiro apreendido no hotel Ibis, em São Paulo. "Tenho esperança de que ele volte logo a dirigir o diretório nacional do PT".
Frateschi ainda rejeitou a idéia de que houve caixa dois na campanha de Mercadante ao governo de São Paulo. "Esta campanha foi diuturnamente acompanhada pela imprensa".
Transbank
O delegado Diógenes Curado também investigou uma outra frente do caso e ouviu os funcionários da Transbank, empresa que teria feito o transporte do dinheiro encontrado em São Paulo com Gedimar Passos e Valdebran Padilha.
Os dois funcionários que seriam ouvidos hoje, Heron de França Moura e Fábio Santos da Silva, não teriam testemunhado porque, supostamente, saíram da empresa, que foi representada pelo gerente de tesouraria Cláudio Cardilli, que saiu da superintendência da PF sem falar com a imprensa.
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