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14/12/2006
-
13h11
EPAMINONDAS NETO
da Folha Online
Os depoimentos tomados em São Paulo pelo delegado da Polícia Federal, Diógenes Curado, não fizeram avançar a investigação sobre o escândalo "dossiegate" na principal questão que se procura responder desde setembro: a origem dos R$ 1,75 milhão apreendidos com Gedimar Passos e Valdebran Padilha em um hotel na capital, e que seria utilizado para compra de um dossiê contra políticos tucanos. Curado prevê a entrega do relatório final sobre a investigação para o próximo dia 22.
O delegado repassou hoje um resumo dos depoimentos das seis pessoas ouvidas na capital, sem revelar maiores avanços na investigação: Paulo Frateschi, presidente do diretório paulista do PT; Antonio dos Santos, tesoureiro do diretório; José Giácomo Bacarin, tesoureiro da campanha do PT ao governo paulista; João Vaccari Neto, presidente da Bancoop (cooperativa do setor imobiliário), ligado a Ricardo Berzoini (presidente do PT afastado do cargo); Cláudio Cardilli, tesoureiro da Transbank (empresa que teria transportado o dinheiro apreendido), e um gerente de uma corretora de câmbio da capital, que não teve seu nome revelado.
Os cinco primeiros foram ouvidos ontem. Os quatro petistas negaram envolvimento com o dinheiro apreendido pela Polícia Federal e defenderam Ricardo Berzoini, que "caiu" por suspeitas de envolvimento com o escândalo. "Tenho esperança de que ele volte logo a dirigir o diretório nacional do PT", disse Frateschi ontem.
Segundo o delegado Curado, o depoimento de Cardilli também não auxiliou no rastreamento financeiro dos R$ 1,75 milhão. "Pelo depoimento não se determinou em qual agência ou instituição bancária teria sido sacado o dinheiro, constatando-se, porém, ser bastante remota a hipótese de que o numerário seja destinado à incineração", anota Curado, em nota oficial da PF.
Sobre o depoimento do gerente de câmbio, o delegado se limita a dizer que o testemunho "esclareceu algumas dúvidas sobre a movimentação dos dólares americanos". Os R$ 1,75 milhão estavam divididos em reais e moeda americana.
O delegado afirma ainda que fará uma análise dos depoimentos colhidos na capital antes de retornar a Cuiabá, quando vai iniciar os preparativos para a confecção do relatório final, que será entregue para a Justiça Federal de Mato Grosso.
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Os depoimentos tomados em São Paulo pelo delegado da Polícia Federal, Diógenes Curado, não fizeram avançar a investigação sobre o escândalo "dossiegate" na principal questão que se procura responder desde setembro: a origem dos R$ 1,75 milhão apreendidos com Gedimar Passos e Valdebran Padilha em um hotel na capital, e que seria utilizado para compra de um dossiê contra políticos tucanos. Curado prevê a entrega do relatório final sobre a investigação para o próximo dia 22.
O delegado repassou hoje um resumo dos depoimentos das seis pessoas ouvidas na capital, sem revelar maiores avanços na investigação: Paulo Frateschi, presidente do diretório paulista do PT; Antonio dos Santos, tesoureiro do diretório; José Giácomo Bacarin, tesoureiro da campanha do PT ao governo paulista; João Vaccari Neto, presidente da Bancoop (cooperativa do setor imobiliário), ligado a Ricardo Berzoini (presidente do PT afastado do cargo); Cláudio Cardilli, tesoureiro da Transbank (empresa que teria transportado o dinheiro apreendido), e um gerente de uma corretora de câmbio da capital, que não teve seu nome revelado.
Os cinco primeiros foram ouvidos ontem. Os quatro petistas negaram envolvimento com o dinheiro apreendido pela Polícia Federal e defenderam Ricardo Berzoini, que "caiu" por suspeitas de envolvimento com o escândalo. "Tenho esperança de que ele volte logo a dirigir o diretório nacional do PT", disse Frateschi ontem.
Segundo o delegado Curado, o depoimento de Cardilli também não auxiliou no rastreamento financeiro dos R$ 1,75 milhão. "Pelo depoimento não se determinou em qual agência ou instituição bancária teria sido sacado o dinheiro, constatando-se, porém, ser bastante remota a hipótese de que o numerário seja destinado à incineração", anota Curado, em nota oficial da PF.
Sobre o depoimento do gerente de câmbio, o delegado se limita a dizer que o testemunho "esclareceu algumas dúvidas sobre a movimentação dos dólares americanos". Os R$ 1,75 milhão estavam divididos em reais e moeda americana.
O delegado afirma ainda que fará uma análise dos depoimentos colhidos na capital antes de retornar a Cuiabá, quando vai iniciar os preparativos para a confecção do relatório final, que será entregue para a Justiça Federal de Mato Grosso.
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