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16/12/2006 - 09h32

Mentor da compra do dossiê não será identificado, diz PF

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FÁBIO AMATO
da Agência Folha, em Cruzeiro

O diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda, disse ontem que o inquérito que investiga a tentativa de petistas de comprar um dossiê contra políticos do PSDB será encerrado sem apontar o nome do mentor da operação e a origem do R$ 1,7 milhão apreendido e que seria usado para pagar pelas informações.

De acordo com Lacerda, dois fatores impediram que a PF elucidasse essas questões: primeiro, o prazo de 20 dias dado pela Justiça Federal para que a PF entregasse o relatório final do caso, considerado insuficiente; segundo, o silêncio dos petistas envolvidos.

"Considerando que o juiz deu o prazo fatal de 20 dias, e que nesses 20 dias não foi possível avançar, nessa etapa [de investigação da PF], pelo menos, é isso que se infere [que o inquérito será concluído sem apontar o mentor e a origem do dinheiro]", disse Lacerda.

"Pode ser que, mais para a frente, no próprio Judiciário, quando for aberta a instrução penal, esses fatos sejam elucidados. Vamos ver."
Lacerda esteve ontem em Cruzeiro (221 km a nordeste de São Paulo), para acompanhar o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, na inauguração de um juizado especial federal cível.

"A Polícia Federal tem feito todo o esforço para elucidar completamente esses fatos. No entanto, ficou num impasse na medida em que depende da prova testemunhal. Como se sabe, não apareceu ninguém para informar os donos daquele dinheiro", afirmou Lacerda.

Ele informou que o relatório do delegado Diógenes Curado, da PF de Cuiabá, a ser entregue à Justiça até o dia 22, vai apontar as provas levantadas até agora do envolvimento de Jorge Lorenzetti, Osvaldo Bargas, Hamilton Lacerda, Expedito Veloso, Gedimar Passos e Valdebran Padilha na negociação e tentativa de compra do dossiê.

Nenhum deles deverá ser responsabilizado pelo dinheiro que, suspeita-se, tem origem ilegal. "Cada um deve ser responsabilizado no limite de sua participação", disse Lacerda.

Lorenzetti, Bargas e Veloso negociaram o dossiê com os chefes da máfia dos sanguessugas, Darci e Luiz Vedoin. Gedimar e Padilha foram presos no hotel Ibis, em São Paulo, com o R$ 1,7 milhão que seria dado aos Vedoin como pagamento pelo dossiê.

Hamilton Lacerda, que era assessor de Aloizio Mercadante (PT), é apontado como o responsável por entregar a mala com o dinheiro a Gedimar.

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