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18/12/2006
-
20h58
da Folha Online
O MPF (Ministério Público Federal) de São Paulo ofereceu nesta segunda-feira denúncia à 2ª Vara Criminal Federal, especializada em crimes financeiros, contra o deputado federal eleito Paulo Maluf (PP-SP) e mais dez pessoas. O grupo é acusado de montar um internacional e complexo esquema de lavagem de dinheiro.
Além de Maluf, o procurador da República Rodrigo de Grandis também denunciou sua mulher, Sylvia Lutfalla Maluf; os quatro filhos do casal, Flávio, Ligia, Lina e Otávio; a mulher de Flávio, Jacqueline Coutinho Maluf; e o marido de Ligia, Maurílio Miguel Maurílio Curi.
A denúncia também alcançou o jordaniano naturalizado suíço Hani B. Kalouti, acusado de ser um dos responsáveis pela montagem do esquema, e o casal de doleiros Roger Clement Haber e Myrian Haber, acusados pelos crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
Na denúncia, Grandis afirma que houve desvio de verbas nas obras da avenida Águas Espraiadas, na zona sul de São Paulo, realizada na última gestão de Maluf na prefeitura (1993-1996).
O dinheiro teria sido depositado na conta Chanani, em Nova Iorque, e de lá teria ido para quatro contas no paraíso fiscal de Jersey, no Reino Unido, de onde teriam migrado para sete fundos de investimento na mesma ilha. Depois disso, acusa o procurador, foi investido na Eucatex, empresa da família do ex-prefeito de São Paulo.
A denúncia apresentada nesta segunda-feira é resultado de cooperação jurídica que envolveu, além do Brasil, Suíça, Inglaterra e Jersey. Entre os documentos obtidos, estão apontamentos de um advogado com detalhes sobre uma reunião realizada em março de 1997, em Paris, entre Maluf, advogados e executivos do Deutsche Bank, na qual teria sido tratada a criação dos fundos de investimento.
Outro lado
A assessoria de imprensa de Maluf informou, por meio de nota, que ele e seus familiares não têm contas no exterior.
"Paulo Maluf e seus familiares não têm nem nunca tiveram contas no exterior. Quanto à operação financeira que envolve a Eucatex, realizada por investidores estrangeiros através do Deutsche Bank, ela é perfeitamente legal, tanto que foi aprovada pelo Banco Central e pela Comissão de Valores Mobiliários", diz a nota.
Maluf será diplomado nesta terça-feira deputado federal pelo TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo). Após a cerimônia, ele passará a ter foro privilegiado e todos os processos contra ele passarão a tramitar no STF (Supremo Tribunal Federal).
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Leia o que já foi publicado sobre Paulo Maluf
Ministério Público oferece denúncia contra Maluf por lavagem de dinheiro
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O MPF (Ministério Público Federal) de São Paulo ofereceu nesta segunda-feira denúncia à 2ª Vara Criminal Federal, especializada em crimes financeiros, contra o deputado federal eleito Paulo Maluf (PP-SP) e mais dez pessoas. O grupo é acusado de montar um internacional e complexo esquema de lavagem de dinheiro.
Além de Maluf, o procurador da República Rodrigo de Grandis também denunciou sua mulher, Sylvia Lutfalla Maluf; os quatro filhos do casal, Flávio, Ligia, Lina e Otávio; a mulher de Flávio, Jacqueline Coutinho Maluf; e o marido de Ligia, Maurílio Miguel Maurílio Curi.
A denúncia também alcançou o jordaniano naturalizado suíço Hani B. Kalouti, acusado de ser um dos responsáveis pela montagem do esquema, e o casal de doleiros Roger Clement Haber e Myrian Haber, acusados pelos crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
Na denúncia, Grandis afirma que houve desvio de verbas nas obras da avenida Águas Espraiadas, na zona sul de São Paulo, realizada na última gestão de Maluf na prefeitura (1993-1996).
O dinheiro teria sido depositado na conta Chanani, em Nova Iorque, e de lá teria ido para quatro contas no paraíso fiscal de Jersey, no Reino Unido, de onde teriam migrado para sete fundos de investimento na mesma ilha. Depois disso, acusa o procurador, foi investido na Eucatex, empresa da família do ex-prefeito de São Paulo.
A denúncia apresentada nesta segunda-feira é resultado de cooperação jurídica que envolveu, além do Brasil, Suíça, Inglaterra e Jersey. Entre os documentos obtidos, estão apontamentos de um advogado com detalhes sobre uma reunião realizada em março de 1997, em Paris, entre Maluf, advogados e executivos do Deutsche Bank, na qual teria sido tratada a criação dos fundos de investimento.
Outro lado
A assessoria de imprensa de Maluf informou, por meio de nota, que ele e seus familiares não têm contas no exterior.
"Paulo Maluf e seus familiares não têm nem nunca tiveram contas no exterior. Quanto à operação financeira que envolve a Eucatex, realizada por investidores estrangeiros através do Deutsche Bank, ela é perfeitamente legal, tanto que foi aprovada pelo Banco Central e pela Comissão de Valores Mobiliários", diz a nota.
Maluf será diplomado nesta terça-feira deputado federal pelo TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo). Após a cerimônia, ele passará a ter foro privilegiado e todos os processos contra ele passarão a tramitar no STF (Supremo Tribunal Federal).
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