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19/12/2006 - 10h58

Bento 16 reconhece milagre de frei Galvão e Brasil terá primeiro santo nato

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LEANDRO BEGUOCI
FÁBIO AMATO
da Folha de S.Paulo
da Agência Folha, em São José dos Campos

O papa Bento 16 reconheceu no sábado o segundo milagre do frei franciscano Antônio de Sant'Anna Galvão (1739-1822), o frei Galvão. Com isso, ele será o primeiro brasileiro nato a ser declarado santo pelo Vaticano.

Madre Paulina, feita santa por João Paulo 2º em 2002, passou a maior parte da vida no Brasil, mas nasceu na Itália.

O milagre recém-aceito pela igreja só deve ser conhecido na quinta-feira, junto com a data e o local da canonização. Religiosos ouvidos pela Folha esperam que o novo santo seja canonizado no Brasil, durante a visita do papa Bento 16, em maio de 2007. "Seria uma alegria imensa", diz a irmã Célia Cadorin, que defendeu o processo do frade no Vaticano.

O primeiro milagre do frade, feito beato em 1998, foi a cura de uma menina de quatro anos, em 1990. Ela estava internada com hepatite na UTI. O pediatra que a atendeu atribuiu a recuperação à ajuda divina.

Segundo a família, ela ingeriu, no pior período da doença, pílulas supostamente milagrosas, feitas com papelotes nos quais, segundo receita herdada do frade, é inscrita uma frase de devoção à Virgem Maria.

A Igreja Católica coloca como requisito à santidade a realização de ao menos dois milagres, que devem ser comprovados em processo sem prazo de duração definido. Os primeiros documentos que pediam a canonização de frei Galvão, por exemplo, começaram a ser preparados em 1938.

Biografia

Frei Galvão nasceu em Guaratinguetá (176 km a nordeste de São Paulo), onde há hoje um museu com seus pertences. A instituição é gerida por José Carlos de França Maia, 77, promotor público aposentado e descendente de um dos dez irmãos do santo.

Na capital paulista, frei Galvão fundou, em 1774, o atual Mosteiro da Luz. Na cidade, a devoção ao frade é sintetizada pela busca por suas pílulas, que teriam o dom de facilitar partos e curar doenças.

Repercussão

O arcebispo de Aparecida, dom Raymundo Damasceno Assis, disse ontem "que para o Brasil todo isso é motivo de muita alegria e de muita honra porque será o primeiro santo brasileiro, nascido em Guaratinguetá". A arquidiocese de Aparecida reúne cinco cidades, entre elas Guaratinguetá.

A cidade de origem do novo santo já prepara reformas para receber peregrinações.

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