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02/01/2007
-
16h14
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
Os deputados Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Aldo Rebelo (PC do B-SP) mantiveram hoje a disposição de disputar a presidência da Câmara dos Deputados como candidato da base governista. A candidatura de Chinaglia foi lançada pelo PT. Aldo, que tenta a reeleição, conta com apoio de parte da oposição e de integrantes do próprio governo.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entretanto, já declarou que prefere que a base aliada tenha um candidato único na disputa. Com isso, quer evitar a repetição de 2005, quando a Câmara elegeu o desconhecido Severino Cavalcanti (PP-PE) para a presidência. Naquele embate, o PT tinha dois candidatos: Luiz Eduardo Greenhalgh (SP) e Virgílio Guimarães (MG).
Em almoço hoje em Brasília que oficializou o retorno de Ricardo Berzoini à presidência do PT, Aldo e Chinaglia estiveram frente à frente na mesa do restaurante. Aldo afirmou que não vai desistir da disputa pela reeleição, pois recebeu o apoio de vários partidos e assumiu um compromisso com essas legendas, o que não permite um recuo. "Minha candidatura pertence a esses partidos e parlamentares. Não me pertence mais", disse Aldo.
Chinaglia, por sua vez, ironizou o "mantra" entoado na campanha de Aldo sobre o suposto apoio do PSDB e PFL à candidatura do comunista. Segundo o petista, Aldo teria apenas o apoio do líder pefelista.
"Ao invés de fazer um mantra e ficar repetindo aquilo que supostamente aconteceu, é melhor pesquisar. Eu estou informando que falei com lideranças do PSDB e todos dizem que o PSDB se orientará pela proporcionalidade. Nesta condição, com a bancada do PT sendo a segundo maior, creio que estamos muito mais próximos do PSDB do que qualquer outra candidatura", afirmou. "No PFL falei com algumas lideranças, mas o líder apóia o Aldo. Portanto, podemos constatar que o líder do PFL apóia o Aldo."
Assim como o presidente da Câmara, Chinaglia sinalizou que não deve desistir da candidatura para atender ao governo --que deseja a união da base nesta questão. "Se as candidaturas forem até o final, haverá disputa no plenário", disse.
Já Aldo afirmou que Chinaglia tem legitimidade para disputar o comando da Câmara. Mas sinalizou dificuldade para fechar um acordo com o petista: "não acredito, nem desacredito".
Se nenhum dos dois desistir da candidatura, a escolha pode se dar mesmo no plenário da Câmara. Nos bastidores, comenta-se que o Planalto pode dar um ministério para quem desistir da disputa em favor da unidade na base aliada.
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da Folha Online, em Brasília
Os deputados Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Aldo Rebelo (PC do B-SP) mantiveram hoje a disposição de disputar a presidência da Câmara dos Deputados como candidato da base governista. A candidatura de Chinaglia foi lançada pelo PT. Aldo, que tenta a reeleição, conta com apoio de parte da oposição e de integrantes do próprio governo.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entretanto, já declarou que prefere que a base aliada tenha um candidato único na disputa. Com isso, quer evitar a repetição de 2005, quando a Câmara elegeu o desconhecido Severino Cavalcanti (PP-PE) para a presidência. Naquele embate, o PT tinha dois candidatos: Luiz Eduardo Greenhalgh (SP) e Virgílio Guimarães (MG).
Em almoço hoje em Brasília que oficializou o retorno de Ricardo Berzoini à presidência do PT, Aldo e Chinaglia estiveram frente à frente na mesa do restaurante. Aldo afirmou que não vai desistir da disputa pela reeleição, pois recebeu o apoio de vários partidos e assumiu um compromisso com essas legendas, o que não permite um recuo. "Minha candidatura pertence a esses partidos e parlamentares. Não me pertence mais", disse Aldo.
Chinaglia, por sua vez, ironizou o "mantra" entoado na campanha de Aldo sobre o suposto apoio do PSDB e PFL à candidatura do comunista. Segundo o petista, Aldo teria apenas o apoio do líder pefelista.
"Ao invés de fazer um mantra e ficar repetindo aquilo que supostamente aconteceu, é melhor pesquisar. Eu estou informando que falei com lideranças do PSDB e todos dizem que o PSDB se orientará pela proporcionalidade. Nesta condição, com a bancada do PT sendo a segundo maior, creio que estamos muito mais próximos do PSDB do que qualquer outra candidatura", afirmou. "No PFL falei com algumas lideranças, mas o líder apóia o Aldo. Portanto, podemos constatar que o líder do PFL apóia o Aldo."
Assim como o presidente da Câmara, Chinaglia sinalizou que não deve desistir da candidatura para atender ao governo --que deseja a união da base nesta questão. "Se as candidaturas forem até o final, haverá disputa no plenário", disse.
Já Aldo afirmou que Chinaglia tem legitimidade para disputar o comando da Câmara. Mas sinalizou dificuldade para fechar um acordo com o petista: "não acredito, nem desacredito".
Se nenhum dos dois desistir da candidatura, a escolha pode se dar mesmo no plenário da Câmara. Nos bastidores, comenta-se que o Planalto pode dar um ministério para quem desistir da disputa em favor da unidade na base aliada.
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