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12/01/2007 - 09h13

Irmão pede emprego a Lula, mas petista diz que atendê-lo seria nepotismo

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FLÁVIA MARREIRO
enviada especial da Folha de S.Paulo ao Guarujá

Após oito horas de espera, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, anteontem, por 30 minutos, seu irmão Germano, 41, e seu sobrinho Nathan, 10, no Forte dos Andradas, no Guarujá, onde passa férias.

Mas o principal pedido do irmão --"um emprego digno", de preferência com estabilidade--, não foi atendido.

"Como ele me explicou, isso ele não pode fazer, é nepotismo. Tem de ser mediante concurso público. Vou me inscrever, vou batalhar para eu mesmo conseguir."

O irmão de Lula por parte de pai é marítimo, trabalha para uma prestadora de serviços da Petrobras e disse que pretende prestar concurso da estatal.

Ele completou: "Realmente não era isso que eu esperava, mas não vou passar por cima das leis". Germano citou casos de políticos da região que empregam parentes ("O que é louvável, porque um ajuda o outro"), mas disse entender a decisão de Lula, "que é um político honesto".

Germano disse ter reclamado com o irmão por tê-lo feito esperar tanto na frente do forte. "Falei para ele: disse que era do povo e me deixou plantado lá?". Segundo Germano, Lula disse que queria descansar, mas que mandaria um carro buscá-lo no mais tardar hoje. "Mas aí complicava para mim: ia estar trabalhando."

Pelo relato do irmão, Lula está bem disposto e só reclamou do mau tempo, que o impediu de pescar. "Disse que estava até pensando em desistir, mas ontem abriu o tempo. Se não melhorasse, ele ia embora". Na quarta e ontem, fez sol.

Do lado de fora do forte, porém, o pescador de mariscos Carlos Alberto Silva dizia "rezar" por chuva. Ele explicou a torcida: quanto menos tempo durarem as férias do presidente, melhor para seu trabalho.

Desde que Lula chegou, na sexta, os pescadores estão proibidos de trabalhar no entorno do forte. O rigor da patrulha da marinha, dizem eles, aumentou com o assédio da imprensa, por barco.

Outros pescadores --são cerca de dez na praia-- corroboraram a queixa de Silva, embora digam entender as medidas de segurança.

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