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12/01/2007
-
18h29
da Folha Online
O ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, e uma das principais lideranças tucanas, chamou de "precipitado" o anúncio de apoio do PSDB ao candidato à presidência da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), conforme antecipou Eliane Cantanhêde. Ele afirmou que ainda há tempo para a legenda rever a decisão e indicou que o nome natural para o partido seria Aldo Rebelo (PC do B-SP).
"Quando estava em férias de Natal em Maceió, fui informado pelo deputado Aldo Rabelo de sua disposição de se candidatar à presidência da Câmara. Respondi que, se ele se mantivesse candidato, não veria como o PSDB pudesse votar no candidato do PT", afirmou ele, por meio de nota distribuída à imprensa.
A crítica do ex-presidente se soma à grita dos deputados tucanos, principalmente da bancada paulista, contra a escolha de Chinaglia. Na semana que vem, esses deputados articulam uma reunião para discutir o anúncio, feito pelo líder da bancada na Câmara, Jutahy Júnior (BA).
Oportunidade
Apesar da declaração explícita por Aldo, FHC afirma que a divisão da base governista na Câmara abre uma oportunidade para a oposição: "o anúncio posterior de eventual candidato de outros agrupamentos oposicionistas amplia o espaço para um diálogo político mais conseqüente na linha da independência do Congresso", diz ele.
A declaração é uma referência indireta à "Terceira Via", grupo de parlamentares que tenta lançar um novo candidato à sucessão da presidência e que conta com um grande número de deputados tucanos.
O ex-presidente conta ainda que relatou sua conversa com Aldo ao governador de São Paulo, José Serra, ao líder do PSDB na Câmara, Jutahy Júnior (BA), e e ao governador de Alagoas, Teotônio Vilela. "Por isso, me surpreendeu a decisão, que considero precipitada, assegurar ao PT os votos do PSDB, sem discussão política mais profunda sobre as implicações e conseqüências do gesto", acrescenta FHC.
"Ainda há tempo para as lideranças pensarem na opinião pública e nos milhões de brasileiros que esperam do PSDB uma posição construtiva, mas oposicionista, para que possamos manter a esperança de dias melhores", conclui o ex-presidente.
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FHC diz que apoio a Chinaglia foi precipitado e que há tempo para rever decisão
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O ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, e uma das principais lideranças tucanas, chamou de "precipitado" o anúncio de apoio do PSDB ao candidato à presidência da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), conforme antecipou Eliane Cantanhêde. Ele afirmou que ainda há tempo para a legenda rever a decisão e indicou que o nome natural para o partido seria Aldo Rebelo (PC do B-SP).
"Quando estava em férias de Natal em Maceió, fui informado pelo deputado Aldo Rabelo de sua disposição de se candidatar à presidência da Câmara. Respondi que, se ele se mantivesse candidato, não veria como o PSDB pudesse votar no candidato do PT", afirmou ele, por meio de nota distribuída à imprensa.
A crítica do ex-presidente se soma à grita dos deputados tucanos, principalmente da bancada paulista, contra a escolha de Chinaglia. Na semana que vem, esses deputados articulam uma reunião para discutir o anúncio, feito pelo líder da bancada na Câmara, Jutahy Júnior (BA).
Oportunidade
Apesar da declaração explícita por Aldo, FHC afirma que a divisão da base governista na Câmara abre uma oportunidade para a oposição: "o anúncio posterior de eventual candidato de outros agrupamentos oposicionistas amplia o espaço para um diálogo político mais conseqüente na linha da independência do Congresso", diz ele.
A declaração é uma referência indireta à "Terceira Via", grupo de parlamentares que tenta lançar um novo candidato à sucessão da presidência e que conta com um grande número de deputados tucanos.
O ex-presidente conta ainda que relatou sua conversa com Aldo ao governador de São Paulo, José Serra, ao líder do PSDB na Câmara, Jutahy Júnior (BA), e e ao governador de Alagoas, Teotônio Vilela. "Por isso, me surpreendeu a decisão, que considero precipitada, assegurar ao PT os votos do PSDB, sem discussão política mais profunda sobre as implicações e conseqüências do gesto", acrescenta FHC.
"Ainda há tempo para as lideranças pensarem na opinião pública e nos milhões de brasileiros que esperam do PSDB uma posição construtiva, mas oposicionista, para que possamos manter a esperança de dias melhores", conclui o ex-presidente.
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