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18/01/2007 - 15h22

Rafael Correa e Evo Morales chegam à Cúpula do Mercosul

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CLARICE SPITZ
da Folha Online, no Rio

Os presidentes do Equador, Rafael Correa, e da Bolívia, Evo Morales, acabam de chegar ao hotel Copacabana Palace, na zona sul do Rio. Os dois vão participar da Cúpula do Mercosul, que começou hoje no Rio.

Nem Correa nem Morales conversaram com a imprensa. O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que chegou um pouco antes ao encontro, que o negou que o "socialismo do século 21" possa prejudicar o Mercosul. "Não, absolutamente não [prejudica]. O socialismo do século 21 persegue fortalecer a Venezuela. Isso vai favorecer a união sul-americana. E fortalecendo uma parte, se fortalece o todo."

Chávez afirmou que entre os assuntos que irá discutir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está o gasoduto do Sul --gasoduto de 8.000 km que vai ligar a Venezuela à Argentina, passando pelo Brasil e por outros países da América do Sul.

A idéia do gasoduto foi lançada no fim de 2005, mas havia dúvidas sobre sua viabilidade. O projeto tem custo estimado em US$ 20 bilhões e seria financiado por Brasil, Venezuela e Argentina.

Segundo Chávez, a discussão sobre o envio do gás da Venezuela para o Brasil tem avançado bastante. "Não se preocupe Brasil, todo gás que vocês necessitam está na Venezuela: para o Norte e para o Nordeste do Brasil", disse em tom de brincadeira.

Em outro evento, Lula afirmou que Brasil e Argentina são os países que precisam ter mais responsabilidade dentro do bloco Mercosul, pois são os mais importantes da região.

Lula defendeu que Brasil e Argentina se "despojem" de interesses pessoais em prol do Mercosul.

"Esse é o desafio que está colocado para nós. É um desafio gigantesco, que vai precisar de despojamento de interesses pessoais e até mesmo do interesse nacional para repartir com alguém que precisa mais do que nós", afirmou ele.

A declaração de Lula pode ser um recado para o presidente argentino, Néstor Kirchner. É que o Brasil e a Argentina têm divergido sobre medidas que facilitariam as exportações de sócios menores do Mercosul, como Paraguai e Uruguai. O Brasil é a favor de uma maior rapidez em propostas que beneficiem esses dois países para tentar reduzir as assimetrias dentro do bloco.

A Argentina, embora não seja contrária, se diz preocupada com a rapidez da implementação de medidas desse tipo. Entre as medidas estaria a eliminação de impostos de exportação cobrados de produtos estrangeiros que entrassem no Mercosul por esses países.

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