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31/01/2007
-
11h37
JOÃO CARLOS MAGALHÃES
da Agência Folha
O Ministério Público de Mato Grosso denunciou um ex-secretário do Meio Ambiente do Estado sob a acusação de improbidade administrativa por enriquecimento ilícito.
De acordo com o MPE, Moacir Pires conseguiu, entre janeiro de 2003 e junho de 2005 (período em que esteve à frente da pasta), no primeiro mandato do governador Blairo Maggi (PR), acumular um patrimônio cerca de dez vezes maior que o esperado com o salário que ganhava --R$ 10,5 mil mensais.
Renato Epaminondas, assessor do ex-secretário, também foi denunciado pelas mesmas supostas irregularidades. Foi pedida a indisponibilidade de bens dos dois, para garantir um futuro ressarcimento aos cofres públicos.
Pires chegou a ser preso em 2005 na Operação Curupira, da Polícia Federal, sob a acusação de comandar um esquema de desmatamento ilegal de madeira --que incluía o desmate em terras indígenas e em áreas de conservação permanente. Ele sempre negou as acusações.
Ainda não se sabe se o suposto enriquecimento ilegal teve como origem as fraudes apontadas durante a operação.
Declarações
De acordo com as atuais investigações, o ex-secretário omitiu ou subdimensionou bens em suas declarações à Receita Federal.
Em depoimento, ele disse ter acumulado R$ 578 mil. Em sua declaração, os bens somam R$ 787 mil. Mas, para o Ministério Público, ele acumulou R$ 7,6 milhões no período analisado.
Um dos principais canais para o escoamento do dinheiro supostamente ilegal era uma empresa de equipamentos agrícolas, que, de acordo com o MPE, estava em nome de "laranjas". Imóveis e carros adquiridos são outros indícios do enriquecimento irregular.
As investigações concluíram que, somente com máquinas para a empresa, Pires gastou ao menos R$ 2 milhões. A reportagem não conseguiu localizar ontem nem o ex-secretário nem Epaminondas.
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Ministério Público de Mato Grosso denuncia ex-secretário de Blairo Maggi
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da Agência Folha
O Ministério Público de Mato Grosso denunciou um ex-secretário do Meio Ambiente do Estado sob a acusação de improbidade administrativa por enriquecimento ilícito.
De acordo com o MPE, Moacir Pires conseguiu, entre janeiro de 2003 e junho de 2005 (período em que esteve à frente da pasta), no primeiro mandato do governador Blairo Maggi (PR), acumular um patrimônio cerca de dez vezes maior que o esperado com o salário que ganhava --R$ 10,5 mil mensais.
Renato Epaminondas, assessor do ex-secretário, também foi denunciado pelas mesmas supostas irregularidades. Foi pedida a indisponibilidade de bens dos dois, para garantir um futuro ressarcimento aos cofres públicos.
Pires chegou a ser preso em 2005 na Operação Curupira, da Polícia Federal, sob a acusação de comandar um esquema de desmatamento ilegal de madeira --que incluía o desmate em terras indígenas e em áreas de conservação permanente. Ele sempre negou as acusações.
Ainda não se sabe se o suposto enriquecimento ilegal teve como origem as fraudes apontadas durante a operação.
Declarações
De acordo com as atuais investigações, o ex-secretário omitiu ou subdimensionou bens em suas declarações à Receita Federal.
Em depoimento, ele disse ter acumulado R$ 578 mil. Em sua declaração, os bens somam R$ 787 mil. Mas, para o Ministério Público, ele acumulou R$ 7,6 milhões no período analisado.
Um dos principais canais para o escoamento do dinheiro supostamente ilegal era uma empresa de equipamentos agrícolas, que, de acordo com o MPE, estava em nome de "laranjas". Imóveis e carros adquiridos são outros indícios do enriquecimento irregular.
As investigações concluíram que, somente com máquinas para a empresa, Pires gastou ao menos R$ 2 milhões. A reportagem não conseguiu localizar ontem nem o ex-secretário nem Epaminondas.
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