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01/02/2007
-
16h26
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), candidato à presidência da Câmara, adotou um tom de conciliação no discurso aos 512 deputados na sessão que escolherá o novo presidente da Casa Legislativa e evitou o confronto com seus adversários Gustavo Fruet (PSDB-PR) e Arlindo Chinaglia (PT-SP). Aldo disse que os três candidatos não são separados por razões "pessoais ou partidárias".
E afirmou que aceitará com resignação a vitória ou a derrota, respeitando a vontade do plenário. "Apresento humildemente a minha candidatura. Não tenho projeto pessoal, respeitarei a vitória ou a derrota. Se aqui fiz adversários, não tive um inimigo pessoal", disse Aldo.
O atual presidente da Câmara evitou, no discurso, repetir as críticas de que a eleição de Chinaglia poderá representar excesso de "concentração de poder ao PT". Aldo afirmou, apenas, que a Câmara precisa de "equilíbrio das forças políticas", humildade e de um ambiente de harmonia.
Mesmo na disputa com Chinaglia, também da base aliada do governo federal, Aldo lembrou que foi fiel ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em oito campanhas presidenciais. Disse que sempre se manteve de acordo com a sua trajetória de idéias, mas afirmou que conseguiu garantir sua independência "quando foi necessário".
Infância pobre
No início do discurso, Aldo lembrou sua história no Nordeste brasileiro ao afirmar que nasceu "na roça das Alagoas" de uma mãe que ficou viúva aos 27 anos. "O povo de São Paulo elegeu-me pela quinta vez. Os deputados me conduziram à presidência da Casa em momento de crise. Mais presidi a crise que a Câmara, mas não fugi às minhas responsabilidades", afirmou.
Aldo disse que enfrentou, na presidência, "desatinos de grupos desesperados que invadiram e depredaram a instituição" --numa referência implícita à invasão da Câmara por integrantes do MLST (Movimento de Libertação dos Sem-Terra).
O deputado convocou os deputados a se unirem para a aprovação de matérias que considera essenciais ao país, como o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e as pautas de governadores recém-empossados independentemente de quem se eleger presidente da Câmara.
"Que o Brasil possa ter a partir dos próximos instantes após o meu discurso uma Casa renovada não apenas pelo voto e pelas urnas, mas renovada espiritualmente e nas esperanças", encerrou Aldo.
Diferenças respeitosas
Aldo admitiu que tem diferenças "respeitosas e respeitáveis" com seus adversários. "É preciso dizer que as três candidaturas não se constituíram por acaso, por preconceito, sem razão política de existir. O Brasil democrático que estamos construindo precisa da unidade. Mas precisa da harmonia e do equilíbrio entre forças políticas que apóiam o governo, das forças do governo e da oposição."
Ele elogiou Fruet em seu discurso. "Meu companheiro e amigo Gustavo Fruet é de uma geração intermediário entre a minha e do saudoso Maurício Fruet. Ele vem da mesma escola da responsabilidade com a democracia."
Aldo também chamou Chinaglia de companheiro de bancada. "Não nos separam razões pessoais ou partidárias. Nos separam idéias, conceitos, opiniões sobre aquilo que deve constituir a orientação da Casa do povo brasileiro."
Crescimento
Ele defendeu a aprovação dos projetos que possam reduzir as desigualdades sociais e acelerar o crescimento econômico. "Há a ânsia dos produtores, dos empresários, dos empreendedores que não se conformam com taxas de crescimento letárgicas que enfrentamos nos últimos anos. O Brasil tem que crescer com taxas compatíveis com suas potencialidades."
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Aldo evita confronto, mas defende "equilíbrio de forças" dentro da Câmara
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da Folha Online, em Brasília
O deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), candidato à presidência da Câmara, adotou um tom de conciliação no discurso aos 512 deputados na sessão que escolherá o novo presidente da Casa Legislativa e evitou o confronto com seus adversários Gustavo Fruet (PSDB-PR) e Arlindo Chinaglia (PT-SP). Aldo disse que os três candidatos não são separados por razões "pessoais ou partidárias".
E afirmou que aceitará com resignação a vitória ou a derrota, respeitando a vontade do plenário. "Apresento humildemente a minha candidatura. Não tenho projeto pessoal, respeitarei a vitória ou a derrota. Se aqui fiz adversários, não tive um inimigo pessoal", disse Aldo.
O atual presidente da Câmara evitou, no discurso, repetir as críticas de que a eleição de Chinaglia poderá representar excesso de "concentração de poder ao PT". Aldo afirmou, apenas, que a Câmara precisa de "equilíbrio das forças políticas", humildade e de um ambiente de harmonia.
Mesmo na disputa com Chinaglia, também da base aliada do governo federal, Aldo lembrou que foi fiel ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em oito campanhas presidenciais. Disse que sempre se manteve de acordo com a sua trajetória de idéias, mas afirmou que conseguiu garantir sua independência "quando foi necessário".
Infância pobre
No início do discurso, Aldo lembrou sua história no Nordeste brasileiro ao afirmar que nasceu "na roça das Alagoas" de uma mãe que ficou viúva aos 27 anos. "O povo de São Paulo elegeu-me pela quinta vez. Os deputados me conduziram à presidência da Casa em momento de crise. Mais presidi a crise que a Câmara, mas não fugi às minhas responsabilidades", afirmou.
Aldo disse que enfrentou, na presidência, "desatinos de grupos desesperados que invadiram e depredaram a instituição" --numa referência implícita à invasão da Câmara por integrantes do MLST (Movimento de Libertação dos Sem-Terra).
O deputado convocou os deputados a se unirem para a aprovação de matérias que considera essenciais ao país, como o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e as pautas de governadores recém-empossados independentemente de quem se eleger presidente da Câmara.
"Que o Brasil possa ter a partir dos próximos instantes após o meu discurso uma Casa renovada não apenas pelo voto e pelas urnas, mas renovada espiritualmente e nas esperanças", encerrou Aldo.
Diferenças respeitosas
Aldo admitiu que tem diferenças "respeitosas e respeitáveis" com seus adversários. "É preciso dizer que as três candidaturas não se constituíram por acaso, por preconceito, sem razão política de existir. O Brasil democrático que estamos construindo precisa da unidade. Mas precisa da harmonia e do equilíbrio entre forças políticas que apóiam o governo, das forças do governo e da oposição."
Ele elogiou Fruet em seu discurso. "Meu companheiro e amigo Gustavo Fruet é de uma geração intermediário entre a minha e do saudoso Maurício Fruet. Ele vem da mesma escola da responsabilidade com a democracia."
Aldo também chamou Chinaglia de companheiro de bancada. "Não nos separam razões pessoais ou partidárias. Nos separam idéias, conceitos, opiniões sobre aquilo que deve constituir a orientação da Casa do povo brasileiro."
Crescimento
Ele defendeu a aprovação dos projetos que possam reduzir as desigualdades sociais e acelerar o crescimento econômico. "Há a ânsia dos produtores, dos empresários, dos empreendedores que não se conformam com taxas de crescimento letárgicas que enfrentamos nos últimos anos. O Brasil tem que crescer com taxas compatíveis com suas potencialidades."
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