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05/02/2007
-
18h43
ANDREZA MATAIS
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Os deputados e senadores rebateram hoje as declarações do presidente do TSE, Marco Aurélio Mello, que lançou um desafio para que os parlamentares trocassem de salário com ele. O comentário de Marco Aurélio foi uma reação à ameaça da Câmara de congelar os salários dos ministros até que o Legislativo equipare seus vencimentos ao dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).
Enquanto os ministros do STF ganham R$ 24.500, os parlamentares recebem por mês R$ 12.847,20.
Marco Aurélio insinuou que os deputados e senadores ganham mais que os ministros porque agregam aos seus salários "acessórios" que engordam os proventos --como verbas de gabinete e indenizatória.
"O salário dos parlamentares é menor. Verba de gabinete não é salário, é pagamento de funcionários. Verba para correio é para postagem. Meu cargo não é vitalício. Salário é salário, mas não vejo [as palavras de Marco Aurélio] como provocação", disse o líder do PR na Câmara, deputado Luciano Castro (RR).
O líder do PFL no Senado, José Agripino Maia (RN), disse que os parlamentares não devem entrar no debate com Marco Aurélio. Segundo o senador, o Congresso deve priorizar a discussão de assuntos prioritários para o país --e não os subsídios dos próprios parlamentares.
"Não vou entrar na polêmica de quanto ganha cada um. O parlamento precisa ter fôlego para discutir projetos, e não ficar discutindo se o seu salário é maior ou menor", criticou Agripino.
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) subiu à tribuna do Senado para cobrar que os ministros do STF também exponham detalhadamente "vantagens e apoios que recebem para exercer o cargo". O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP) ainda não se manifestou sobre a polêmica.
Os deputados Raul Jungmann (PPS-PE) e José Carlos Aleluia (PFL-BA) afirmaram que o ministro deveria ser convidado pela Câmara a participar das discussões sobre salários. "Ele deve nos ajudar a buscar alternativas para definirmos um salário que não desrespeite a população brasileira", disse Jungmann.
"Acho que o ministro está certo. Tem que parar com esses penduricalhos nos salários dos deputados. Os dois ganham muito e a questão é discutir a redução destes valores", afirmou Aleluia.
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Desafio de presidente do TSE sobre troca de salário irrita parlamentares
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Os deputados e senadores rebateram hoje as declarações do presidente do TSE, Marco Aurélio Mello, que lançou um desafio para que os parlamentares trocassem de salário com ele. O comentário de Marco Aurélio foi uma reação à ameaça da Câmara de congelar os salários dos ministros até que o Legislativo equipare seus vencimentos ao dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).
Enquanto os ministros do STF ganham R$ 24.500, os parlamentares recebem por mês R$ 12.847,20.
Marco Aurélio insinuou que os deputados e senadores ganham mais que os ministros porque agregam aos seus salários "acessórios" que engordam os proventos --como verbas de gabinete e indenizatória.
"O salário dos parlamentares é menor. Verba de gabinete não é salário, é pagamento de funcionários. Verba para correio é para postagem. Meu cargo não é vitalício. Salário é salário, mas não vejo [as palavras de Marco Aurélio] como provocação", disse o líder do PR na Câmara, deputado Luciano Castro (RR).
O líder do PFL no Senado, José Agripino Maia (RN), disse que os parlamentares não devem entrar no debate com Marco Aurélio. Segundo o senador, o Congresso deve priorizar a discussão de assuntos prioritários para o país --e não os subsídios dos próprios parlamentares.
"Não vou entrar na polêmica de quanto ganha cada um. O parlamento precisa ter fôlego para discutir projetos, e não ficar discutindo se o seu salário é maior ou menor", criticou Agripino.
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) subiu à tribuna do Senado para cobrar que os ministros do STF também exponham detalhadamente "vantagens e apoios que recebem para exercer o cargo". O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP) ainda não se manifestou sobre a polêmica.
Os deputados Raul Jungmann (PPS-PE) e José Carlos Aleluia (PFL-BA) afirmaram que o ministro deveria ser convidado pela Câmara a participar das discussões sobre salários. "Ele deve nos ajudar a buscar alternativas para definirmos um salário que não desrespeite a população brasileira", disse Jungmann.
"Acho que o ministro está certo. Tem que parar com esses penduricalhos nos salários dos deputados. Os dois ganham muito e a questão é discutir a redução destes valores", afirmou Aleluia.
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