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12/02/2007
-
16h54
EPAMINONDAS NETO
da Folha Online
A disputa entre o ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Nelson Jobim, e o atual presidente do PMDB, o deputado Michel Temer (SP), já provocou um racha nos diretórios mais importantes da legenda. Um levantamento preliminar mostra vantagem do atual presidente nos maiores colégios eleitorais do PMDB, mas Jobim também conta com apoios de peso.
Hoje, os peemedebistas paulistas escolheram apoiar oficialmente Temer. Eles devem ser acompanhados por seus colegas mineiros. "Mais de 90% do PMDB mineiro já está fechado com o Temer. Aqui não vai haver racha", diz o deputado Fernando Diniz, presidente do diretório no Estado, o segundo maior "colégio eleitoral" da legenda.
No Rio de Janeiro, o partido pode sair dividido. O governador Sérgio Cabral apóia Jobim mas o ex-governador Anthony Garotinho, que preside a legenda no Estado, deve apoiar Temer, que sustentou sua tentativa de sair candidato a presidente da República pelo partido em 2006.
Além de Cabral, Jobim ainda conta com o apoio de outros quatro (dos sete) governadores do partido: Eduardo Braga (AM), Paulo Hartung (ES), Roberto Requião (PR) e Marcelo Miranda (TO), que usualmente definem os votos dos filiados nos seus respectivos Estados. Os outros dois governadores --André Puccinelli (MS) e Luiz Henrique (SC)-- ainda não teriam se posicionado.
Em Mato Grosso do Sul, o líder do PMDB local, o deputado Waldemir Moka, afirma que a tendência é apoiar Temer. "Se não for unanimidade, é a maioria esmagadora. Agora, o [governador] André [Puccineli] é um companheiro do partido. Eu acredito que, se o partido decidir [por Temer ou Jobim], vai acompanhar essa decisão", afirma Moka.
Jobim ainda conta com outros dois apoios de peso no partido: os senadores Renan Calheiros (AL), presidente do Senado, e o ex-presidente da República José Sarney (AP), que influenciam os votos nos seus respectivos diretórios regionais.
Racha
O ex-governador Orestes Quércia, que preside o PMDB em São Paulo, afirmou que vai se empenhar pela candidatura única no partido. "Se houver disputa, nós corremos o risco de dividir o partido outra vez. Nós só conseguimos uma unidade com muito esforço", afirmou.
Quércia negou que vá se reunir com Jobim e afirmou apenas que um entendimento pela candidatura única deve ser feito entre os dois candidatos. Nos bastidores, lideranças do partido já se articulam para evitar que a disputa entre Jobim e Temer e cresça e ganhe "contornos de guerra". A estratégia é evitar que a pendência seja resolvida no voto.
O PMDB elege seu novo presidente no dia 11 de março. A estratégia de manter a unidade é visto como fundamental para o partido, que disputa espaço com o PT no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, às vésperas de uma nova reforma ministerial.
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Disputa entre Jobim e Temer racha diretórios do PMDB
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da Folha Online
A disputa entre o ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Nelson Jobim, e o atual presidente do PMDB, o deputado Michel Temer (SP), já provocou um racha nos diretórios mais importantes da legenda. Um levantamento preliminar mostra vantagem do atual presidente nos maiores colégios eleitorais do PMDB, mas Jobim também conta com apoios de peso.
Hoje, os peemedebistas paulistas escolheram apoiar oficialmente Temer. Eles devem ser acompanhados por seus colegas mineiros. "Mais de 90% do PMDB mineiro já está fechado com o Temer. Aqui não vai haver racha", diz o deputado Fernando Diniz, presidente do diretório no Estado, o segundo maior "colégio eleitoral" da legenda.
No Rio de Janeiro, o partido pode sair dividido. O governador Sérgio Cabral apóia Jobim mas o ex-governador Anthony Garotinho, que preside a legenda no Estado, deve apoiar Temer, que sustentou sua tentativa de sair candidato a presidente da República pelo partido em 2006.
Além de Cabral, Jobim ainda conta com o apoio de outros quatro (dos sete) governadores do partido: Eduardo Braga (AM), Paulo Hartung (ES), Roberto Requião (PR) e Marcelo Miranda (TO), que usualmente definem os votos dos filiados nos seus respectivos Estados. Os outros dois governadores --André Puccinelli (MS) e Luiz Henrique (SC)-- ainda não teriam se posicionado.
Em Mato Grosso do Sul, o líder do PMDB local, o deputado Waldemir Moka, afirma que a tendência é apoiar Temer. "Se não for unanimidade, é a maioria esmagadora. Agora, o [governador] André [Puccineli] é um companheiro do partido. Eu acredito que, se o partido decidir [por Temer ou Jobim], vai acompanhar essa decisão", afirma Moka.
Jobim ainda conta com outros dois apoios de peso no partido: os senadores Renan Calheiros (AL), presidente do Senado, e o ex-presidente da República José Sarney (AP), que influenciam os votos nos seus respectivos diretórios regionais.
Racha
O ex-governador Orestes Quércia, que preside o PMDB em São Paulo, afirmou que vai se empenhar pela candidatura única no partido. "Se houver disputa, nós corremos o risco de dividir o partido outra vez. Nós só conseguimos uma unidade com muito esforço", afirmou.
Quércia negou que vá se reunir com Jobim e afirmou apenas que um entendimento pela candidatura única deve ser feito entre os dois candidatos. Nos bastidores, lideranças do partido já se articulam para evitar que a disputa entre Jobim e Temer e cresça e ganhe "contornos de guerra". A estratégia é evitar que a pendência seja resolvida no voto.
O PMDB elege seu novo presidente no dia 11 de março. A estratégia de manter a unidade é visto como fundamental para o partido, que disputa espaço com o PT no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, às vésperas de uma nova reforma ministerial.
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