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01/03/2007
-
12h27
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
Ameaçado de perder o cargo na reforma ministerial, o ministro da Agricultura, Luiz Carlos Guedes Pinto, procurou a bancada ruralista do Congresso para buscar apoio ao seu nome. Na última segunda-feira, o ministro foi à Câmara para uma visita de cortesia aos deputados da comissão de Agricultura e recebeu uma missão. Se conseguir que o governo faça uma espécie de PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) 2 para atender ao setor, a bancada dará apoio para que ele continue no cargo.
A Folha Online apurou que o ministro foi aconselhado a demonstrar --neste período que antecede a reforma ministerial-- que briga pelo setor, tem coragem para enfrentar a Casa Civil e defender as propostas da bancada ruralista. "Nos não estamos preocupados com nomes, mas com uma pessoa que demonstre ter influência no governo para atender ao setor. Se o atual ministro conseguir isso, daremos respaldo a ele", disse o deputado Dagoberto (PDT-MS).
Contra o ministro está o fato de ele ser um técnico. A maior parte da bancada ruralista defende a indicação de um deputado ligado ao setor para a vaga. A avaliação é que a combinação de força política com experiência pode ajudar o setor a deslanchar e evitar que se repita o que ocorreu no primeiro mandato do presidente Lula com o ex-ministro Roberto Rodrigues. O ex-ministro tinha trânsito no Congresso, mas não no governo.
O nome do ministro das Cidades, Márcio Fortes (PP), esbarra no mesmo problema. A indicação dele para a Agricultura vem sendo especulada como alternativa para "liberar" a pasta das Cidades para o PT. Fortes já trabalhou no Ministério da Agricultura.
Nos últimos dias ganhou força, no entanto, a versão de que o ministério ficará com o PMDB. Nesse caso, o indicado seria o deputado Waldemir Moka (MS). Com a desistência do partido de brigar pela pasta da Saúde, o PMDB estaria se definindo pela Agricultura.
Outro lado
O ministro negou, por meio de nota, que tenha procurado os parlamentares da comissão de Agricultura da Câmara em busca de apoio para continuar no cargo na reforma ministerial. O ministério vem sendo cobiçado pelo PTB, PMDB e PP.
Na nota, o ministro confirma que procurou os presidentes das duas comissões na Câmara e no Senado para uma visita de cortesia, mas "que em momento algum fez, durante sua visita ao Congresso, qualquer gestão para a sua permanência no ministério".
"Ele [ministro] esclarece que fez, na última segunda-feira, visitas de cortesia aos novos presidentes das comissões de Agricultura e Reforma Agrária do Senado, senador Joaquim Roriz (PMDB-DF), e da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados, Marcos Montes (PFL-MG) para estreitar ainda mais o relacionamento entre o Executivo e o Legislativo nos assuntos relacionados à agricultura, à pecuária e ao abastecimento", diz nota da Agricultura.
Apesar da negativa do ministro, a Folha Online apurou com vários integrantes da comissão de Agricultura da Câmara que o ministro sugeriu durante o encontro que gostaria de apoio para ficar no cargo.
Um dos deputados chegou a comentar que o ministro deixou transparecer de forma explícita sua intenção de permanecer no cargo. O ministério, no entanto, deve ser entregue ao PMDB. Um dos cotados é o deputado Waldemir Moka (MS).
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Ministro da Agricultura busca apoio da bancada ruralista para ficar no cargo
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da Folha Online, em Brasília
Ameaçado de perder o cargo na reforma ministerial, o ministro da Agricultura, Luiz Carlos Guedes Pinto, procurou a bancada ruralista do Congresso para buscar apoio ao seu nome. Na última segunda-feira, o ministro foi à Câmara para uma visita de cortesia aos deputados da comissão de Agricultura e recebeu uma missão. Se conseguir que o governo faça uma espécie de PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) 2 para atender ao setor, a bancada dará apoio para que ele continue no cargo.
A Folha Online apurou que o ministro foi aconselhado a demonstrar --neste período que antecede a reforma ministerial-- que briga pelo setor, tem coragem para enfrentar a Casa Civil e defender as propostas da bancada ruralista. "Nos não estamos preocupados com nomes, mas com uma pessoa que demonstre ter influência no governo para atender ao setor. Se o atual ministro conseguir isso, daremos respaldo a ele", disse o deputado Dagoberto (PDT-MS).
Contra o ministro está o fato de ele ser um técnico. A maior parte da bancada ruralista defende a indicação de um deputado ligado ao setor para a vaga. A avaliação é que a combinação de força política com experiência pode ajudar o setor a deslanchar e evitar que se repita o que ocorreu no primeiro mandato do presidente Lula com o ex-ministro Roberto Rodrigues. O ex-ministro tinha trânsito no Congresso, mas não no governo.
O nome do ministro das Cidades, Márcio Fortes (PP), esbarra no mesmo problema. A indicação dele para a Agricultura vem sendo especulada como alternativa para "liberar" a pasta das Cidades para o PT. Fortes já trabalhou no Ministério da Agricultura.
Nos últimos dias ganhou força, no entanto, a versão de que o ministério ficará com o PMDB. Nesse caso, o indicado seria o deputado Waldemir Moka (MS). Com a desistência do partido de brigar pela pasta da Saúde, o PMDB estaria se definindo pela Agricultura.
Outro lado
O ministro negou, por meio de nota, que tenha procurado os parlamentares da comissão de Agricultura da Câmara em busca de apoio para continuar no cargo na reforma ministerial. O ministério vem sendo cobiçado pelo PTB, PMDB e PP.
Na nota, o ministro confirma que procurou os presidentes das duas comissões na Câmara e no Senado para uma visita de cortesia, mas "que em momento algum fez, durante sua visita ao Congresso, qualquer gestão para a sua permanência no ministério".
"Ele [ministro] esclarece que fez, na última segunda-feira, visitas de cortesia aos novos presidentes das comissões de Agricultura e Reforma Agrária do Senado, senador Joaquim Roriz (PMDB-DF), e da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados, Marcos Montes (PFL-MG) para estreitar ainda mais o relacionamento entre o Executivo e o Legislativo nos assuntos relacionados à agricultura, à pecuária e ao abastecimento", diz nota da Agricultura.
Apesar da negativa do ministro, a Folha Online apurou com vários integrantes da comissão de Agricultura da Câmara que o ministro sugeriu durante o encontro que gostaria de apoio para ficar no cargo.
Um dos deputados chegou a comentar que o ministro deixou transparecer de forma explícita sua intenção de permanecer no cargo. O ministério, no entanto, deve ser entregue ao PMDB. Um dos cotados é o deputado Waldemir Moka (MS).
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