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02/03/2007
-
19h29
ANDREZA MATAIS
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve anunciar na próxima semana a esperada reforma ministerial. A Folha Online apurou que o presidente trabalha com duas hipóteses: anunciar a reforma por inteiro ou divulgar apenas parte dos nomes que serão substituídos no governo. A definição vai depender de conversas que o presidente deve ter com o PT nas próximas horas.
Lula decidiu não esperar a convenção nacional do PMDB, marcada para o dia 11, pois avalia que a disputa do partido está praticamente definida em favor do atual presidente da legenda, deputado Michel Temer (PMDB-SP). O presidente recebeu informações de interlocutores do PMDB de que o seu candidato, o ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Nelson Jobim, dificilmente vencerá a disputa ante os apoios conquistados por Temer.
Por conta desse cenário, Lula teria decidido anunciar a reforma ministerial antes da convenção para reverter o mal-estar criado com o seu apoio indireto a Jobim.
O PMDB já dá como certa a indicação do médico José Gomes Temporão para o Ministério da Saúde. Nesta tarde, o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), praticamente anunciou o nome de Temporão em um ato falho. Ao ser questionado se o médico seria ministro, Cabral surpreendeu: "Já anunciaram?".
Mudanças
Interlocutores do PMDB afirmaram à Folha Online que o partido deve mesmo ficar com o Ministério da Integração Nacional. O dirigente da pasta será indicado pela bancada do PMDB na Câmara, que já escolheu o deputado Geddel Vieira Lima (BA) para o cargo. A bancada ainda terá direito a indicar outro nome para a Esplanada. Nesta sexta-feira, especulavam-se duas pastas: Agricultura e Turismo.
Caso o PMDB assuma o controle do Ministério do Turismo, o ministro Walfrido dos Mares Guia seria deslocado para as Relações Institucionais --uma vez que o atual ministro Tarso Genro assumirá a Justiça. O PMDB do Senado deve manter os dois ministérios da cota da bancada: Comunicações e Minas e Energia. (PMDB articula indicação de cinco ministros para o governo Lula )
Impasse
A principal dificuldade da reforma ministerial é o atendimento das demandas do PT. O partido quer manter as 16 pastas que ocupa e ampliar sua participação no governo. Os petistas brigam pela indicação da ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy para o Ministério das Cidades e, ainda, pelo nome do deputado Walter Pinheiro (BA) para o Desenvolvimento Agrário --além de secretarias com status de ministério, como a de Direitos Humanos.
O presidente teria decidido manter o ministro Fernando Haddad na pasta da Educação, o que dificulta a acomodação de Marta no governo. Isso porque o PP não abre mão do comando do Ministério das Cidades.
O PDT deve ficar com o Ministério da Previdência, para o qual deve indicar o deputado Paulo Pereira da Silva (SP). O PTB pleiteia o Ministério da Agricultura, mas a situação do partido permanece indefinida uma vez que a pasta deve ficar com os peemedebistas. O PC do B deve ser mantido no Ministério dos Esportes e o PSB, na Ciência e Tecnologia. O partido deve perder a pasta da Integração Nacional e ser compensado com outros cargos nos demais escalões do governo.
O PR, que já detém o comando do Ministério dos Transportes, deve permanecer na pasta com a indicação do ex-ministro Alfredo Nascimento para retomar o cargo.
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Lula se antecipa ao PMDB e anuncia reforma ministerial na próxima semana
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve anunciar na próxima semana a esperada reforma ministerial. A Folha Online apurou que o presidente trabalha com duas hipóteses: anunciar a reforma por inteiro ou divulgar apenas parte dos nomes que serão substituídos no governo. A definição vai depender de conversas que o presidente deve ter com o PT nas próximas horas.
Lula decidiu não esperar a convenção nacional do PMDB, marcada para o dia 11, pois avalia que a disputa do partido está praticamente definida em favor do atual presidente da legenda, deputado Michel Temer (PMDB-SP). O presidente recebeu informações de interlocutores do PMDB de que o seu candidato, o ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Nelson Jobim, dificilmente vencerá a disputa ante os apoios conquistados por Temer.
Por conta desse cenário, Lula teria decidido anunciar a reforma ministerial antes da convenção para reverter o mal-estar criado com o seu apoio indireto a Jobim.
Lula Marques/Folha Imagem |
Temporão deve assumir a Saúde |
Mudanças
Sérgio Lima/Folha Imagem |
Geddel é cotado para a Integração Nacional |
Sérgio Lima/Folha Imagem |
Silas Rondeau |
Lucio Tavora/Folha Imagem |
Hélio Costa |
Impasse
A principal dificuldade da reforma ministerial é o atendimento das demandas do PT. O partido quer manter as 16 pastas que ocupa e ampliar sua participação no governo. Os petistas brigam pela indicação da ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy para o Ministério das Cidades e, ainda, pelo nome do deputado Walter Pinheiro (BA) para o Desenvolvimento Agrário --além de secretarias com status de ministério, como a de Direitos Humanos.
O presidente teria decidido manter o ministro Fernando Haddad na pasta da Educação, o que dificulta a acomodação de Marta no governo. Isso porque o PP não abre mão do comando do Ministério das Cidades.
O PDT deve ficar com o Ministério da Previdência, para o qual deve indicar o deputado Paulo Pereira da Silva (SP). O PTB pleiteia o Ministério da Agricultura, mas a situação do partido permanece indefinida uma vez que a pasta deve ficar com os peemedebistas. O PC do B deve ser mantido no Ministério dos Esportes e o PSB, na Ciência e Tecnologia. O partido deve perder a pasta da Integração Nacional e ser compensado com outros cargos nos demais escalões do governo.
O PR, que já detém o comando do Ministério dos Transportes, deve permanecer na pasta com a indicação do ex-ministro Alfredo Nascimento para retomar o cargo.
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