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05/03/2007
-
22h30
THIAGO REIS
da Agência Folha, em Santos
O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), afirmou nesta segunda-feira que o governo Lula faz um "loteamento político" do porto de Santos e que, por isso, defende que o Estado passe a administrá-lo. Ele não quer assumir, no entanto, a dívida, que é estimada em R$ 800 milhões.
Em Santos (85 km da capital), Serra criticou o governo federal, dizendo que o porto "está ficando para trás". "Não dá para administrar o porto de Brasília. Não dá para fazer loteamento político no porto", disse Serra.
"É preciso uma administração profissionalizada, que o transforme em um fator de desenvolvimento para São Paulo e para região da Baixada Santista, inclusive com atividades de produção e exportação que se desenvolvam em seus arredores."
Na sexta-feira, o governador apresentou a proposta ao presidente. A reunião, segundo ele, foi "positiva". "O presidente disse que era simpático à idéia. Propus a criação de um grupo misto composto pelos dois governos para discutir as questões técnicas da transição."
Segundo o governador, a Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo), que administra o porto, não tem recursos para fazer a dragagem necessária (400 mil m3), o estacionamento não é adequado e a usina própria (Itatinga) não consegue gerar energia suficiente.
"O PT propunha a regionalização. Quando chegou no governo [federal], além de não fazer isso, passou a fazer loteamento político", disse.
Na proposta de Serra, o porto seria estadualizado, mas a administração teria a participação da União e dos municípios de Santos, Guarujá e Cubatão. A receita (sem impostos e custeios) é hoje de R$ 170 milhões e as despesas (juros e ações na Justiça) de R$ 270 milhões.
Por isso, o Estado quer assumir a administração, mas não a dívida, de R$ 800 milhões (R$ 300 milhões de provisões de dívidas trabalhistas e R$ 500 milhões do Refis, programa de recuperação fiscal).
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da Agência Folha, em Santos
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Em Santos (85 km da capital), Serra criticou o governo federal, dizendo que o porto "está ficando para trás". "Não dá para administrar o porto de Brasília. Não dá para fazer loteamento político no porto", disse Serra.
"É preciso uma administração profissionalizada, que o transforme em um fator de desenvolvimento para São Paulo e para região da Baixada Santista, inclusive com atividades de produção e exportação que se desenvolvam em seus arredores."
Na sexta-feira, o governador apresentou a proposta ao presidente. A reunião, segundo ele, foi "positiva". "O presidente disse que era simpático à idéia. Propus a criação de um grupo misto composto pelos dois governos para discutir as questões técnicas da transição."
Segundo o governador, a Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo), que administra o porto, não tem recursos para fazer a dragagem necessária (400 mil m3), o estacionamento não é adequado e a usina própria (Itatinga) não consegue gerar energia suficiente.
"O PT propunha a regionalização. Quando chegou no governo [federal], além de não fazer isso, passou a fazer loteamento político", disse.
Na proposta de Serra, o porto seria estadualizado, mas a administração teria a participação da União e dos municípios de Santos, Guarujá e Cubatão. A receita (sem impostos e custeios) é hoje de R$ 170 milhões e as despesas (juros e ações na Justiça) de R$ 270 milhões.
Por isso, o Estado quer assumir a administração, mas não a dívida, de R$ 800 milhões (R$ 300 milhões de provisões de dívidas trabalhistas e R$ 500 milhões do Refis, programa de recuperação fiscal).
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