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10/03/2007
-
11h41
LILIAN CHRISTOFOLETTI
da Folha de S.Paulo
Durante duas horas e meia, os vizinhos da ONG Meninos do Morumbi, visitada ontem pelo presidente dos EUA, George W. Bush, ficaram confinados em suas casas. Por ordem do Exército brasileiro, que enviou 250 soldados, os moradores foram proibidos de sair às ruas.
"Moro há 33 anos neste bairro [Morumbi] e nunca vi tamanha agressão. Fiquei em cárcere privado. Só pudemos sair de casa quando Bush já tinha partido", disse Glaucio Maroni, 33.
O "toque de recolher" foi decretado às 15h --o presidente americano chegou às 16h10. Quem estava dentro de casa, não pôde sair. Quem tentou retornar, não passou pela zona de bloqueio, num perímetro de três quarteirões, formada pela Polícia Militar, Exército e CET.
"Tentei ir à padaria, mas não deixaram. É um absurdo", disse a moradora Sandra Mara.
Também os funcionários e clientes de uma padaria e de um hortifrutigranjeiro, que ficam em frente à ONG, não puderam deixar os locais das 15h até a saída de Bush. Mulheres com crianças que quiseram atravessar a rua foram escoltadas por soldados para fora da área de bloqueio.
Com os moradores dentro de casa, a rua foi tomada por homens de terno preto e por soldados armados com fuzil, metralhadora e pistola.
Enquanto esperavam a saída de Bush, soldados se revezavam para tirar fotos ao lado da limusine preta presidencial.
Os telhados dos prédios foram ocupados por policiais dos EUA. Um deles, que estava na cobertura da ONG, usou o binóculo para se comunicar com uma mulher, apoiada numa das janelas do prédio em frente.
Ao final do evento, quando Bush já havia partido, a atração dos moradores foi um agente secreto dos EUA, que posou para fotos e deu autógrafos.
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Leia cobertura completa sobre a visita de Bush ao Brasil
Vizinhos de ONG são proibidos de sair de casa
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da Folha de S.Paulo
Durante duas horas e meia, os vizinhos da ONG Meninos do Morumbi, visitada ontem pelo presidente dos EUA, George W. Bush, ficaram confinados em suas casas. Por ordem do Exército brasileiro, que enviou 250 soldados, os moradores foram proibidos de sair às ruas.
"Moro há 33 anos neste bairro [Morumbi] e nunca vi tamanha agressão. Fiquei em cárcere privado. Só pudemos sair de casa quando Bush já tinha partido", disse Glaucio Maroni, 33.
O "toque de recolher" foi decretado às 15h --o presidente americano chegou às 16h10. Quem estava dentro de casa, não pôde sair. Quem tentou retornar, não passou pela zona de bloqueio, num perímetro de três quarteirões, formada pela Polícia Militar, Exército e CET.
"Tentei ir à padaria, mas não deixaram. É um absurdo", disse a moradora Sandra Mara.
Também os funcionários e clientes de uma padaria e de um hortifrutigranjeiro, que ficam em frente à ONG, não puderam deixar os locais das 15h até a saída de Bush. Mulheres com crianças que quiseram atravessar a rua foram escoltadas por soldados para fora da área de bloqueio.
Com os moradores dentro de casa, a rua foi tomada por homens de terno preto e por soldados armados com fuzil, metralhadora e pistola.
Enquanto esperavam a saída de Bush, soldados se revezavam para tirar fotos ao lado da limusine preta presidencial.
Os telhados dos prédios foram ocupados por policiais dos EUA. Um deles, que estava na cobertura da ONG, usou o binóculo para se comunicar com uma mulher, apoiada numa das janelas do prédio em frente.
Ao final do evento, quando Bush já havia partido, a atração dos moradores foi um agente secreto dos EUA, que posou para fotos e deu autógrafos.
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