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15/03/2007
-
09h48
CÍNTIA ACAYABA
da Agência Folha
Trabalhadores rurais destruíram ontem cerca de cem hectares de eucaliptos, plantados em parceria com a Votorantim Celulose e Papel, em assentamento em Pedro Osório (337 km de Porto Alegre).
A decisão pela arrancada das plantas foi tomada depois que os assentados, ligados ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), concluíram que o investimento na monocultura para as indústrias de celulose não compensava economicamente.
Os milhares de eucaliptos, alguns em mudas, outros já adultos, foram arrancados com tratores e facões. Agora, as 17 famílias do assentamento Novo Pedro Osório (de 550 hectares) que faziam esse tipo de plantio pretendem plantar alimentos, como milho.
A Votorantim, por meio do "Programa Poupança Florestal", fez parcerias com agricultores do sul do Estado para a plantação de eucaliptos para abastecer a futura fábrica de celulose e papel da empresa.
Segundo a coordenação do MST no Rio Grande do Sul, no primeiro ano da parceria com a empresa, os agricultores podiam plantar alimentos, mas depois, com a plantação de eucaliptos, a terra ficava sem condições de plantio para outras espécies. Ainda de acordo com a coordenação, 98% dos eucaliptos plantados eram destinados à Votorantim.
Para o MST, as terras destinadas à reforma agrária devem priorizar a produção de alimentos, e não monoculturas.
Votorantim
Em nota, a Votorantim Celulose e Papel disse que "lamenta que o trabalho realizado pelas famílias de assentados nos últimos dois anos tenha sido destruído por uma ação extremada, que revela um forte viés ideológico, e não apresenta qualquer respaldo legal".
No texto, a empresa disse que vai, por meios jurídicos, proteger as famílias que aderiram "ao programa de inclusão social e distribuição de renda por meio da produção de matéria-prima".
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Assentados arrancam eucaliptos plantados com a Votorantim
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da Agência Folha
Trabalhadores rurais destruíram ontem cerca de cem hectares de eucaliptos, plantados em parceria com a Votorantim Celulose e Papel, em assentamento em Pedro Osório (337 km de Porto Alegre).
A decisão pela arrancada das plantas foi tomada depois que os assentados, ligados ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), concluíram que o investimento na monocultura para as indústrias de celulose não compensava economicamente.
Os milhares de eucaliptos, alguns em mudas, outros já adultos, foram arrancados com tratores e facões. Agora, as 17 famílias do assentamento Novo Pedro Osório (de 550 hectares) que faziam esse tipo de plantio pretendem plantar alimentos, como milho.
A Votorantim, por meio do "Programa Poupança Florestal", fez parcerias com agricultores do sul do Estado para a plantação de eucaliptos para abastecer a futura fábrica de celulose e papel da empresa.
Segundo a coordenação do MST no Rio Grande do Sul, no primeiro ano da parceria com a empresa, os agricultores podiam plantar alimentos, mas depois, com a plantação de eucaliptos, a terra ficava sem condições de plantio para outras espécies. Ainda de acordo com a coordenação, 98% dos eucaliptos plantados eram destinados à Votorantim.
Para o MST, as terras destinadas à reforma agrária devem priorizar a produção de alimentos, e não monoculturas.
Votorantim
Em nota, a Votorantim Celulose e Papel disse que "lamenta que o trabalho realizado pelas famílias de assentados nos últimos dois anos tenha sido destruído por uma ação extremada, que revela um forte viés ideológico, e não apresenta qualquer respaldo legal".
No texto, a empresa disse que vai, por meios jurídicos, proteger as famílias que aderiram "ao programa de inclusão social e distribuição de renda por meio da produção de matéria-prima".
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