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22/03/2007
-
10h10
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Apesar das pressões da bancada ruralista, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva agendou para hoje, às 16h30, audiência com o presidente do PMDB, Michel Temer (SP), e o deputado Reinhold Stephanes (PR), quando ele deve ser confirmado oficialmente como novo ministro da Agricultura.
Ontem, a bancada ruralista na Câmara e setores ligados ao agronegócio tentaram trocar a indicação de Stephanes pela do deputado Moacir Micheletto (PMDB-PR). A troca era defendida também pelo ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues e pelo governador Blairo Maggi (PR-MT). Para atendê-los, Lula deve pedir a Stephanes que ouça Rodrigues na montagem de sua equipe.
Temer reconheceu que há pressão da bancada ruralista contra a nomeação de Stephanes, ligado ao governador Roberto Requião (PMDB-PR). "Está havendo pressão muito forte da bancada ruralista."
A tentativa de veto a Stephanes seria mais uma reviravolta na escolha do novo ministro da Agricultura. O PMDB já havia indicado o deputado Odílio Balbinotti (PR), que desistiu depois da revelação de suspeitas de irregularidades.
A resistência a Stephanes vem principalmente de sua trajetória política, ligada à área da Previdência. Nos últimos dias, ele vem tentando se reinventar como um amigo do campo. Declarou que "nasceu na roça" e que dirigiu o Incra nos anos 70.
Os ruralistas, porém, não estavam convencidos. Ontem, o presidente da Comissão de Agricultura da Câmara, Marcos Montes (PFL-MG), e colegas da comissão se reuniram com os três ruralistas pré-indicados pelo PMDB a Lula: Micheletto, Valdir Colatto (SC) e Waldemir Moka (MS). Concluíram que Micheletto reunia mais condições: apoio político, contava também com a simpatia de Requião e já havia coordenado a bancada ruralista.
De lá, nove deputados foram ao gabinete de Temer defender Micheletto. Os peemedebistas não participaram do encontro para "evitar constrangimento".
Outras pastas
Além de Stephanes, Lula definia ontem à noite os futuros titulares dos ministérios da Defesa e do Desenvolvimento.
No primeiro caso, a tendência é Aldo Rebelo (PC do B-SP) assumir o lugar de Waldir Pires. No Desenvolvimento, assessores de Lula disseram estar "bem encaminhada" a escolha do sucessor de Luiz Fernando Furlan, após vários empresários recusarem convites.
O Planalto informou que três novos ministros tomam posse amanhã: Alfredo Nascimento (Transportes), Marta Suplicy (Turismo) e Walfrido Mares Guia (Relações Institucionais). Há chance de Stephanes e Pedro Brito, que deve comandar a nova Secretaria Especial de Portos, se juntarem ao grupo.
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Lula resiste a pressão de ruralistas e insiste em opção Stephanes
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Apesar das pressões da bancada ruralista, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva agendou para hoje, às 16h30, audiência com o presidente do PMDB, Michel Temer (SP), e o deputado Reinhold Stephanes (PR), quando ele deve ser confirmado oficialmente como novo ministro da Agricultura.
Ontem, a bancada ruralista na Câmara e setores ligados ao agronegócio tentaram trocar a indicação de Stephanes pela do deputado Moacir Micheletto (PMDB-PR). A troca era defendida também pelo ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues e pelo governador Blairo Maggi (PR-MT). Para atendê-los, Lula deve pedir a Stephanes que ouça Rodrigues na montagem de sua equipe.
Temer reconheceu que há pressão da bancada ruralista contra a nomeação de Stephanes, ligado ao governador Roberto Requião (PMDB-PR). "Está havendo pressão muito forte da bancada ruralista."
A tentativa de veto a Stephanes seria mais uma reviravolta na escolha do novo ministro da Agricultura. O PMDB já havia indicado o deputado Odílio Balbinotti (PR), que desistiu depois da revelação de suspeitas de irregularidades.
A resistência a Stephanes vem principalmente de sua trajetória política, ligada à área da Previdência. Nos últimos dias, ele vem tentando se reinventar como um amigo do campo. Declarou que "nasceu na roça" e que dirigiu o Incra nos anos 70.
Os ruralistas, porém, não estavam convencidos. Ontem, o presidente da Comissão de Agricultura da Câmara, Marcos Montes (PFL-MG), e colegas da comissão se reuniram com os três ruralistas pré-indicados pelo PMDB a Lula: Micheletto, Valdir Colatto (SC) e Waldemir Moka (MS). Concluíram que Micheletto reunia mais condições: apoio político, contava também com a simpatia de Requião e já havia coordenado a bancada ruralista.
De lá, nove deputados foram ao gabinete de Temer defender Micheletto. Os peemedebistas não participaram do encontro para "evitar constrangimento".
Outras pastas
Além de Stephanes, Lula definia ontem à noite os futuros titulares dos ministérios da Defesa e do Desenvolvimento.
No primeiro caso, a tendência é Aldo Rebelo (PC do B-SP) assumir o lugar de Waldir Pires. No Desenvolvimento, assessores de Lula disseram estar "bem encaminhada" a escolha do sucessor de Luiz Fernando Furlan, após vários empresários recusarem convites.
O Planalto informou que três novos ministros tomam posse amanhã: Alfredo Nascimento (Transportes), Marta Suplicy (Turismo) e Walfrido Mares Guia (Relações Institucionais). Há chance de Stephanes e Pedro Brito, que deve comandar a nova Secretaria Especial de Portos, se juntarem ao grupo.
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