Publicidade
Publicidade
22/03/2007
-
19h19
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Após ser confirmado hoje pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como novo ministro da Agricultura, o deputado Reinhold Stephanes (PMDB-PR), disse que a oposição da bancada ruralista da Câmara à sua indicação não lhe trará problemas no cargo.
"Não é a primeira vez que exerço função pública. Eu tenho essa disposição de diálogo, entendimento, conversa, de ouvir muito. Não há nenhuma questão restritiva sobre esse aspecto", afirmou.
O presidente do PMDB, Michel Temer (SP), também minimizou as diferenças de estilo entre Stephanes e a bancada.
Lideranças do PMDB se reuniram hoje com os ruralistas na tentativa de aparar arestas em relação ao novo ministro. "Ele vai convidar a bancada ruralista logo nos primeiros dias para tomar café, ouvi-los, vai ter contato com todas as entidades. Hoje mesmo eu falei com vários membros da Comissão de Agricultura dizendo que o ministro me comunicara que ia ouvi-los em relação aos vários temas, com várias entidades ligadas à área rural", afirmou Temer.
A bancada ruralista na Câmara e setores ligados ao agronegócio tentaram trocar a indicação de Stephanes pelo deputado Moacir Micheletto (PMDB-PR). A mudança também era defendida pelo ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues e pelo governador Blairo Maggi (PR-MT).
Stephanes disse que vai consultar Rodrigues e o ex-ministro Marcus Vinícius Pratini de Moraes antes de assumir a pasta. Também afirmou que será "ministro do governo federal, e não do Paraná" --numa referência direta à influência de Requião no governo federal. O ministro disse que sua principal marca na pasta será a de "profissionalismo e seriedade".
Stephanes se comprometeu com o presidente Lula a trabalhar no governo com disposição para o diálogo e entendimento --uma vez que deverá enfrentar temas espinhosos no cargo, como a plantação de transgênicos e invasões de terras.
Ele minimizou o fato de ter sido ministro da Previdência Social no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que faz oposição ao presidente Lula. "Quando fui escolhido para a Previdência, o pessoal protestou porque achou que eu era médico. Aí descobriram que a minha história anterior era área agrícola. Eu acho que até a Previdência, que foi experiência muito grande, foi quase um acidente de percurso. Hoje estou voltando à minha origem que foi no Ministério da Agricultura", afirmou.
Processo
O novo ministro vai assumir o cargo depois que o deputado Odílio Balbinotti (PMDB-PR) desistiu da pasta em meio a uma enxurrada de acusações sobre processos a que responde na Justiça. Stephanes também é réu em uma ação popular por improbidade administrativa relativa ao período em que ocupou a presidência do Banestado (Banco do Estado do Paraná), mas minimizou o fato.
"Eu só fui citado na ação pelo simples fato que eu era o presidente do Banestado. Os trabalhos foram desenvolvidos pela própria estrutura do banco, eu sequer autorizei isso", afirmou.
Temer também disse que a ação não prejudica as qualidades de Stephanes no cargo. Segundo o presidente do PMDB, o próprio presidente Lula deixou essa posição clara ao novo ministro. "[Ele] veio indicado pelo PMDB em lista de seis nomes, com passado administrativo extremamente confiável. Tenho certeza que vai trazer bons resultados. Basicamente, foi isso que ele [Lula] disse para o deputado", afirmou Temer.
Leia mais
Lula convida Miguel Jorge para assumir Ministério do Desenvolvimento
Stephanes aceita Agricultura e toma posse amanhã
Walfrido diz que criação de Secretaria de Portos está em aberto
Lula cogita três nomes para Desenvolvimento Agrário
PR abre mão do Ministério dos Transportes se governo criar Secretaria de Portos
Lula deve anunciar hoje nome de Stephanes para pasta da Agricultura
Especial
Leia cobertura completa sobre o segundo mandato do governo Lula
Stephanes diz que divergências com ruralistas não prejudicarão sua atuação
Publicidade
da Folha Online, em Brasília
Após ser confirmado hoje pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como novo ministro da Agricultura, o deputado Reinhold Stephanes (PMDB-PR), disse que a oposição da bancada ruralista da Câmara à sua indicação não lhe trará problemas no cargo.
Sergio Lima/Folha Imagem |
Reinhold Stephanes assume Ministério da Agricultura nesta sexta-feira na cota do PMDB |
O presidente do PMDB, Michel Temer (SP), também minimizou as diferenças de estilo entre Stephanes e a bancada.
Lideranças do PMDB se reuniram hoje com os ruralistas na tentativa de aparar arestas em relação ao novo ministro. "Ele vai convidar a bancada ruralista logo nos primeiros dias para tomar café, ouvi-los, vai ter contato com todas as entidades. Hoje mesmo eu falei com vários membros da Comissão de Agricultura dizendo que o ministro me comunicara que ia ouvi-los em relação aos vários temas, com várias entidades ligadas à área rural", afirmou Temer.
A bancada ruralista na Câmara e setores ligados ao agronegócio tentaram trocar a indicação de Stephanes pelo deputado Moacir Micheletto (PMDB-PR). A mudança também era defendida pelo ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues e pelo governador Blairo Maggi (PR-MT).
Stephanes disse que vai consultar Rodrigues e o ex-ministro Marcus Vinícius Pratini de Moraes antes de assumir a pasta. Também afirmou que será "ministro do governo federal, e não do Paraná" --numa referência direta à influência de Requião no governo federal. O ministro disse que sua principal marca na pasta será a de "profissionalismo e seriedade".
Stephanes se comprometeu com o presidente Lula a trabalhar no governo com disposição para o diálogo e entendimento --uma vez que deverá enfrentar temas espinhosos no cargo, como a plantação de transgênicos e invasões de terras.
Ele minimizou o fato de ter sido ministro da Previdência Social no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que faz oposição ao presidente Lula. "Quando fui escolhido para a Previdência, o pessoal protestou porque achou que eu era médico. Aí descobriram que a minha história anterior era área agrícola. Eu acho que até a Previdência, que foi experiência muito grande, foi quase um acidente de percurso. Hoje estou voltando à minha origem que foi no Ministério da Agricultura", afirmou.
Processo
O novo ministro vai assumir o cargo depois que o deputado Odílio Balbinotti (PMDB-PR) desistiu da pasta em meio a uma enxurrada de acusações sobre processos a que responde na Justiça. Stephanes também é réu em uma ação popular por improbidade administrativa relativa ao período em que ocupou a presidência do Banestado (Banco do Estado do Paraná), mas minimizou o fato.
"Eu só fui citado na ação pelo simples fato que eu era o presidente do Banestado. Os trabalhos foram desenvolvidos pela própria estrutura do banco, eu sequer autorizei isso", afirmou.
Temer também disse que a ação não prejudica as qualidades de Stephanes no cargo. Segundo o presidente do PMDB, o próprio presidente Lula deixou essa posição clara ao novo ministro. "[Ele] veio indicado pelo PMDB em lista de seis nomes, com passado administrativo extremamente confiável. Tenho certeza que vai trazer bons resultados. Basicamente, foi isso que ele [Lula] disse para o deputado", afirmou Temer.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice