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22/03/2007 - 19h19

Stephanes diz que divergências com ruralistas não prejudicarão sua atuação

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

Após ser confirmado hoje pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como novo ministro da Agricultura, o deputado Reinhold Stephanes (PMDB-PR), disse que a oposição da bancada ruralista da Câmara à sua indicação não lhe trará problemas no cargo.

Sergio Lima/Folha Imagem
Reinhold Stephanes assume Ministério da Agricultura nesta sexta-feira na cota do PMDB
Reinhold Stephanes assume Ministério da Agricultura nesta sexta-feira na cota do PMDB
"Não é a primeira vez que exerço função pública. Eu tenho essa disposição de diálogo, entendimento, conversa, de ouvir muito. Não há nenhuma questão restritiva sobre esse aspecto", afirmou.

O presidente do PMDB, Michel Temer (SP), também minimizou as diferenças de estilo entre Stephanes e a bancada.

Lideranças do PMDB se reuniram hoje com os ruralistas na tentativa de aparar arestas em relação ao novo ministro. "Ele vai convidar a bancada ruralista logo nos primeiros dias para tomar café, ouvi-los, vai ter contato com todas as entidades. Hoje mesmo eu falei com vários membros da Comissão de Agricultura dizendo que o ministro me comunicara que ia ouvi-los em relação aos vários temas, com várias entidades ligadas à área rural", afirmou Temer.

A bancada ruralista na Câmara e setores ligados ao agronegócio tentaram trocar a indicação de Stephanes pelo deputado Moacir Micheletto (PMDB-PR). A mudança também era defendida pelo ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues e pelo governador Blairo Maggi (PR-MT).

Stephanes disse que vai consultar Rodrigues e o ex-ministro Marcus Vinícius Pratini de Moraes antes de assumir a pasta. Também afirmou que será "ministro do governo federal, e não do Paraná" --numa referência direta à influência de Requião no governo federal. O ministro disse que sua principal marca na pasta será a de "profissionalismo e seriedade".

Stephanes se comprometeu com o presidente Lula a trabalhar no governo com disposição para o diálogo e entendimento --uma vez que deverá enfrentar temas espinhosos no cargo, como a plantação de transgênicos e invasões de terras.

Ele minimizou o fato de ter sido ministro da Previdência Social no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que faz oposição ao presidente Lula. "Quando fui escolhido para a Previdência, o pessoal protestou porque achou que eu era médico. Aí descobriram que a minha história anterior era área agrícola. Eu acho que até a Previdência, que foi experiência muito grande, foi quase um acidente de percurso. Hoje estou voltando à minha origem que foi no Ministério da Agricultura", afirmou.

Processo

O novo ministro vai assumir o cargo depois que o deputado Odílio Balbinotti (PMDB-PR) desistiu da pasta em meio a uma enxurrada de acusações sobre processos a que responde na Justiça. Stephanes também é réu em uma ação popular por improbidade administrativa relativa ao período em que ocupou a presidência do Banestado (Banco do Estado do Paraná), mas minimizou o fato.

"Eu só fui citado na ação pelo simples fato que eu era o presidente do Banestado. Os trabalhos foram desenvolvidos pela própria estrutura do banco, eu sequer autorizei isso", afirmou.

Temer também disse que a ação não prejudica as qualidades de Stephanes no cargo. Segundo o presidente do PMDB, o próprio presidente Lula deixou essa posição clara ao novo ministro. "[Ele] veio indicado pelo PMDB em lista de seis nomes, com passado administrativo extremamente confiável. Tenho certeza que vai trazer bons resultados. Basicamente, foi isso que ele [Lula] disse para o deputado", afirmou Temer.

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