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24/03/2007 - 09h54

MST resiste a despejo e diz haver feridos em confronto com PM no Paraná

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da Agência Folha, em Curitiba

A coordenação do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) no Paraná diz que ao menos cinco agricultores foram feridos pela Polícia Militar no final da tarde de ontem, durante o despejo de famílias sem-terra da fazenda Três Pontos, em Diamante do Oeste (576 km de Curitiba). A PM cumpre ordem judicial de reintegração de posse do imóvel.

Os tumultos começaram ainda de madrugada, quando cerca de 300 dos invasores bloquearam a rodovia BR-148, que passa pelo centro da cidade. Portando foices e pedaços de madeira e ferro, os sem-terra tomaram a via para impedir o despejo. Duas barreiras impediam ônibus de seguir viagem.

Uma negociação dos líderes da invasão com as autoridades locais suspendeu o bloqueio da via por volta do meio-dia. Os soldados encontraram resistência na desocupação, que começou à tarde. A PM mandou para a região 800 policiais, segundo a Secretaria da Segurança.

Segundo a coordenação do MST em Curitiba, o acordo da manhã condicionava a permanência das cerca de 800 pessoas da invasão numa pequena área da fazenda por duas semanas, tempo para que o movimento decidisse o próximo destino. Em troca, os invasores deixariam a sede e a maior parte da área para a retomada das atividades.

Os PMs chegam à fazenda disparando balas de borracha e jogando bombas de gás lacrimogêneo, segundo a coordenação do MST.

Na Secretaria da Segurança, essa informação e a de existência de feridos não eram confirmadas. Segundo a assessoria de imprensa, falhas do serviço de celular na região impediam Curitiba de se atualizar sobre o desenrolar da reintegração.

A única certeza dada pelo comandante da operação antes de se deslocar para a área foi a de que o despejo não terminaria ontem, em razão do atraso da chegada dos policiais à fazenda e do número de pessoas a ser retiradas.

A Três Pontos é uma das maiores fazendas da região, com 1.800 hectares. Pertence ao argentino naturalizado paraguaio Cezar Cabral. Foi invadida por famílias ligadas ao MST em janeiro deste ano.

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