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30/03/2007
-
18h35
GABRIELA GUERREIRO
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
O PR vai insistir no projeto de comandar a Secretaria de Portos mesmo com a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de nomear Pedro Britto (PSB), ex-ministro da Integração Nacional, para o cargo. O líder do PR na Câmara, deputado Luciano Castro (RR), disse hoje que essa é a condição que o partido impõe para aceitar a desvinculação da área do Ministério dos Transportes.
"Criar uma secretaria é possível desde que ela seja comandada por um nome do nosso partido", disse Castro.
O deputado sinalizou que o seu partido pode votar contra a MP que cria a Secretaria de Portos caso a pasta não esteja sob o comando da legenda. "Temos uma posição e vamos continuar com ela. Não concordamos em dissociar do partido a área de portos", disse.
O líder reclamou que o partido não foi consultado sobre a criação do novo órgão. "Não conheço a MP, não fui chamado para discuti-la.O partido quer participar dessa discussão."
A disputa sobre a secretaria se justifica uma vez que o órgão deve autorizar a criação de 64 portos no país --com a possibilidade de oferta de cargos em diversos Estados.
Impasse
A MP que cria a Secretaria de Portos deve ser editada até a próxima terça-feira. Integrantes do PSB afirmaram à Folha Online que Britto deve ser empossado no cargo na semana que vem. A criação da secretaria foi articulada pelo PSB para evitar a redução do espaço do partido no primeiro escalão do governo.
O PSB perdeu o comando do Ministério da Integração Nacional para o PMDB e conquistou, em troca, o controle da secretaria.
O PR, por outro lado, indicou Alfredo Nascimento (PR-AM) para o Ministério dos Transportes e reivindica que a pasta mantenha o controle dos portos brasileiros. Castro chegou a afirmar que, sem os portos, a indicação de Nascimento entraria na cota do presidente Lula, e não do partido.
"Se é que temos o Ministério dos Transportes, queremos compartilhar dessa responsabilidade [dos portos]", enfatizou Castro.
O Palácio do Planalto teme uma rebelião do PR uma vez que o partido foi o que mais cresceu em número de parlamentares na atual legislatura do Congresso. O partido elegeu 25 deputados federais em outubro, mas sua bancada na Câmara já chega a 40 parlamentares.
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ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
O PR vai insistir no projeto de comandar a Secretaria de Portos mesmo com a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de nomear Pedro Britto (PSB), ex-ministro da Integração Nacional, para o cargo. O líder do PR na Câmara, deputado Luciano Castro (RR), disse hoje que essa é a condição que o partido impõe para aceitar a desvinculação da área do Ministério dos Transportes.
"Criar uma secretaria é possível desde que ela seja comandada por um nome do nosso partido", disse Castro.
O deputado sinalizou que o seu partido pode votar contra a MP que cria a Secretaria de Portos caso a pasta não esteja sob o comando da legenda. "Temos uma posição e vamos continuar com ela. Não concordamos em dissociar do partido a área de portos", disse.
O líder reclamou que o partido não foi consultado sobre a criação do novo órgão. "Não conheço a MP, não fui chamado para discuti-la.O partido quer participar dessa discussão."
A disputa sobre a secretaria se justifica uma vez que o órgão deve autorizar a criação de 64 portos no país --com a possibilidade de oferta de cargos em diversos Estados.
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A MP que cria a Secretaria de Portos deve ser editada até a próxima terça-feira. Integrantes do PSB afirmaram à Folha Online que Britto deve ser empossado no cargo na semana que vem. A criação da secretaria foi articulada pelo PSB para evitar a redução do espaço do partido no primeiro escalão do governo.
O PSB perdeu o comando do Ministério da Integração Nacional para o PMDB e conquistou, em troca, o controle da secretaria.
O PR, por outro lado, indicou Alfredo Nascimento (PR-AM) para o Ministério dos Transportes e reivindica que a pasta mantenha o controle dos portos brasileiros. Castro chegou a afirmar que, sem os portos, a indicação de Nascimento entraria na cota do presidente Lula, e não do partido.
"Se é que temos o Ministério dos Transportes, queremos compartilhar dessa responsabilidade [dos portos]", enfatizou Castro.
O Palácio do Planalto teme uma rebelião do PR uma vez que o partido foi o que mais cresceu em número de parlamentares na atual legislatura do Congresso. O partido elegeu 25 deputados federais em outubro, mas sua bancada na Câmara já chega a 40 parlamentares.
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