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10/04/2007
-
07h38
MARTA SALOMON
da Folha de S.Paulo
Mais quatro dirigentes da Infraero foram afastados dos cargos por participação em negócios supostamente irregulares e investigados pela CGU (Controladoria Geral da União). A decisão foi tomada ontem pelo conselho de administração da estatal que administra os aeroportos do país.
Como são funcionários de carreira da Infraero, os dirigentes afastados continuarão vinculados aos quadros da empresa até o término das investigações, informou a estatal.
Foram afastados ontem: José Welington Moura, que respondia pela diretoria comercial, Fernando Brendaglia de Almeida, antecessor de Moura no cargo e até ontem superintendente de Planejamento e Gestão da estatal, Napoleão Lopes Guimarães Neto, assistente da Procuradoria Jurídica, e Márcia Gonçalves Chaves, assessora da presidência da estatal.
Os quatro funcionários são investigados em um dos vários negócios suspeitos na estatal. Trata-se da renovação pela empresa Shell do Brasil de contrato para explorar área do aeroporto de Brasília. Tanto uma auditoria interna da Infraero como a CGU concluíram que o contrato não poderia ter sido renovado em agosto de 2005 sem a realização de uma nova licitação.
O contrato original venceu em 2003. Depois disso, a Infraero chegou a obter na Justiça direito a cobrar da Shell R$ 300 mil de pagamentos atrasados. Mas o dinheiro foi devolvido à distribuidora por meio de acordo de renovação da concessão, agora contestado.
A Folha de S.Paulo não conseguiu falar com os funcionários. Mas o diretor comercial afastado José Welington Moura divulgou parecer da procuradora-geral da Infraero, Josefina Pinha, de novembro de 2006, atestando a legalidade do negócio com a Shell. Josefina teve recentemente os sigilos bancário e fiscal quebrados pela Justiça. Com o documento, Moura espera rever a decisão de ontem.
O afastamento dos funcionários foi defendido no conselho de administração da Infraero pelo seu presidente, o ministro da Defesa, Waldir Pires.
Até agora, são cinco os dirigentes afastados. Em dezembro do ano passado, Pires já havia pedido o afastamento do então diretor financeiro, Adenauher Figueira Nunes, que também responde a sindicância na CGU.
O Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) registrou movimentação bancária suspeita de Adenauher em 2004. Ele também teve o nome envolvido em negócio da Infraero com a corretora de seguros Assurê, um dos capítulos do escândalo do mensalão.
Os negócios sob investigação na CGU e que deram origem aos pedidos de afastamento dos cargos foram realizados na gestão do ex-presidente da estatal e atual deputado federal Carlos Wilson (PT-PE).
Além dos funcionários já afastados do cargo, há outros dirigentes da estatal sob investigação. A diretora de engenharia, Eleuza Therezinha Lopes, teve os sigilos fiscal e bancário quebrados a pedido do Ministério Público Federal. É investigada por suposta participação em irregularidades em licitação do aeroporto de Congonhas. O mesmo episódio levou à quebra dos sigilos da procuradora-geral da Infraero, Josefina Pinha.
Durante reunião do conselho de administração ontem, o presidente da Infraero, José Carlos Pereira, entregou ao ministro da Defesa relatório sobre o apagão aéreo. O documento sugere investimentos de R$ 3,2 bilhões na infra-estrutura dos aeroportos até 2011.
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Infraero afasta 4 dirigentes sob suspeita
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da Folha de S.Paulo
Mais quatro dirigentes da Infraero foram afastados dos cargos por participação em negócios supostamente irregulares e investigados pela CGU (Controladoria Geral da União). A decisão foi tomada ontem pelo conselho de administração da estatal que administra os aeroportos do país.
Como são funcionários de carreira da Infraero, os dirigentes afastados continuarão vinculados aos quadros da empresa até o término das investigações, informou a estatal.
Foram afastados ontem: José Welington Moura, que respondia pela diretoria comercial, Fernando Brendaglia de Almeida, antecessor de Moura no cargo e até ontem superintendente de Planejamento e Gestão da estatal, Napoleão Lopes Guimarães Neto, assistente da Procuradoria Jurídica, e Márcia Gonçalves Chaves, assessora da presidência da estatal.
Os quatro funcionários são investigados em um dos vários negócios suspeitos na estatal. Trata-se da renovação pela empresa Shell do Brasil de contrato para explorar área do aeroporto de Brasília. Tanto uma auditoria interna da Infraero como a CGU concluíram que o contrato não poderia ter sido renovado em agosto de 2005 sem a realização de uma nova licitação.
O contrato original venceu em 2003. Depois disso, a Infraero chegou a obter na Justiça direito a cobrar da Shell R$ 300 mil de pagamentos atrasados. Mas o dinheiro foi devolvido à distribuidora por meio de acordo de renovação da concessão, agora contestado.
A Folha de S.Paulo não conseguiu falar com os funcionários. Mas o diretor comercial afastado José Welington Moura divulgou parecer da procuradora-geral da Infraero, Josefina Pinha, de novembro de 2006, atestando a legalidade do negócio com a Shell. Josefina teve recentemente os sigilos bancário e fiscal quebrados pela Justiça. Com o documento, Moura espera rever a decisão de ontem.
O afastamento dos funcionários foi defendido no conselho de administração da Infraero pelo seu presidente, o ministro da Defesa, Waldir Pires.
Até agora, são cinco os dirigentes afastados. Em dezembro do ano passado, Pires já havia pedido o afastamento do então diretor financeiro, Adenauher Figueira Nunes, que também responde a sindicância na CGU.
O Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) registrou movimentação bancária suspeita de Adenauher em 2004. Ele também teve o nome envolvido em negócio da Infraero com a corretora de seguros Assurê, um dos capítulos do escândalo do mensalão.
Os negócios sob investigação na CGU e que deram origem aos pedidos de afastamento dos cargos foram realizados na gestão do ex-presidente da estatal e atual deputado federal Carlos Wilson (PT-PE).
Além dos funcionários já afastados do cargo, há outros dirigentes da estatal sob investigação. A diretora de engenharia, Eleuza Therezinha Lopes, teve os sigilos fiscal e bancário quebrados a pedido do Ministério Público Federal. É investigada por suposta participação em irregularidades em licitação do aeroporto de Congonhas. O mesmo episódio levou à quebra dos sigilos da procuradora-geral da Infraero, Josefina Pinha.
Durante reunião do conselho de administração ontem, o presidente da Infraero, José Carlos Pereira, entregou ao ministro da Defesa relatório sobre o apagão aéreo. O documento sugere investimentos de R$ 3,2 bilhões na infra-estrutura dos aeroportos até 2011.
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