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11/04/2007
-
17h23
REGIANE SOARES
da Folha Online
As ações do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) no chamado "abril vermelho" vão continuar até o fim do mês. A previsão é do dirigente nacional do movimento, Vanderlei Martini, que defende a realização de manifestações como forma de incluir a reforma agrária na pauta do governo e da sociedade.
"As manifestações, sejam ocupações, invasões ou marchas, continuam até o fim do mês. Será a nossa ofensiva em relação ao governo federal, que não promove a reforma agrária", disse Martini.
Desde o início do mês, o MST já realizou uma série de manifestações em favor da reforma agrária em seis Estados: São Paulo, Rio Grande do Sul, Bahia, Maranhão, Piauí e Pernambuco. Segundo Martini, apesar de o movimento apoiar as invasões de prédios públicos, ocupações de áreas improdutivas, interdição de estradas ou realização de marchas, não há uma ação coordenada nacionalmente, pois cada Estado tem autonomia para decidir o que fazer.
"Cada Estado desenvolverá a melhor ação, dependendo da sua realidade. ", explicou Martini, ao lembrar que as ações do MST são "sempre pacíficas", com os sem-terra apenas carregando bandeiras e faixas. "O que acontece é que em alguns Estados a repressão é maior", justificou.
O objetivo dos sem-terra com o Abril Vermelho é cobrar do governo uma reforma agrária eficaz. Segundo Martini, o movimento também pretende chamar a atenção da sociedade para a prioridade do governo em desenvolver o agronegócio e a monocultura, o que, segundo o MST, não geram renda e emprego.
As manifestações também marcam o Dia Nacional de Luta pela Terra, 17 de abril, quando lembram os 11 anos do massacre de Eldorado dos Carajás (PA), onde 19 trabalhadores sem-terra foram mortos.
"Queremos Justiça, pois as famílias ainda não receberam indenizações e os mandantes do massacre ainda estão soltos", disse Martini.
Para fechar as manifestações do Abril Vermelho, o MST também pretende apresentar ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a proposta do movimento de reforma agrária para as 150 mil famílias acampadas em todo o país.
"Queremos o assentamento imediato dessas famílias e crédito para moradias como forma de atacar o latifúndio e barrar o agronegócio, causadores das grandes mazelas do nosso país", afirmou Martini.
Ações
O MST intensificou as manifestações em favor da reforma agrária desde segunda-feira. No Maranhão, cerca de 300 famílias sem-terra ocuparam a Fazenda Salgador, no município de Presidente Vargas. A fazenda tem 45 mil hectares e é considerada improdutiva pelo MST.
Em Pernambuco, cerca de 200 trabalhadores rurais do MST ocuparam a Fazenda Açucena, no município de Jataúba.
Em Feira de Santana (BA), cerca de 5.000 manifestantes deram início a uma marcha de 110 quilômetros até Salvador. A previsão é que a marcha chegue até a capital baiana na segunda-feira. Hoje, 200 dirigentes foram até a Assembléia Legislativa da Bahia para entregar, simbolicamente, cópia de dois projetos de lei voltados para a luta agrária.
No Piauí, integrantes do MST ocuparam a sede governo do Estado, em Teresina. Os trabalhadores reivindicavam maior agilidade nos processos de desapropriação e demarcação de terras.
Em São Paulo, cerca de 150 famílias do MST ocuparam no domingo uma área da empresa Suzano Papel e Celulose, no município de Itapetininga (SP).
Hoje, o MST fez uma série de invasões no Rio Grande do Sul. Cerca de 2.000 trabalhadores ocupam três latifúndios e realizam uma marcha em São Gabriel.
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da Folha Online
As ações do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) no chamado "abril vermelho" vão continuar até o fim do mês. A previsão é do dirigente nacional do movimento, Vanderlei Martini, que defende a realização de manifestações como forma de incluir a reforma agrária na pauta do governo e da sociedade.
"As manifestações, sejam ocupações, invasões ou marchas, continuam até o fim do mês. Será a nossa ofensiva em relação ao governo federal, que não promove a reforma agrária", disse Martini.
Desde o início do mês, o MST já realizou uma série de manifestações em favor da reforma agrária em seis Estados: São Paulo, Rio Grande do Sul, Bahia, Maranhão, Piauí e Pernambuco. Segundo Martini, apesar de o movimento apoiar as invasões de prédios públicos, ocupações de áreas improdutivas, interdição de estradas ou realização de marchas, não há uma ação coordenada nacionalmente, pois cada Estado tem autonomia para decidir o que fazer.
"Cada Estado desenvolverá a melhor ação, dependendo da sua realidade. ", explicou Martini, ao lembrar que as ações do MST são "sempre pacíficas", com os sem-terra apenas carregando bandeiras e faixas. "O que acontece é que em alguns Estados a repressão é maior", justificou.
O objetivo dos sem-terra com o Abril Vermelho é cobrar do governo uma reforma agrária eficaz. Segundo Martini, o movimento também pretende chamar a atenção da sociedade para a prioridade do governo em desenvolver o agronegócio e a monocultura, o que, segundo o MST, não geram renda e emprego.
As manifestações também marcam o Dia Nacional de Luta pela Terra, 17 de abril, quando lembram os 11 anos do massacre de Eldorado dos Carajás (PA), onde 19 trabalhadores sem-terra foram mortos.
"Queremos Justiça, pois as famílias ainda não receberam indenizações e os mandantes do massacre ainda estão soltos", disse Martini.
Para fechar as manifestações do Abril Vermelho, o MST também pretende apresentar ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a proposta do movimento de reforma agrária para as 150 mil famílias acampadas em todo o país.
"Queremos o assentamento imediato dessas famílias e crédito para moradias como forma de atacar o latifúndio e barrar o agronegócio, causadores das grandes mazelas do nosso país", afirmou Martini.
Ações
O MST intensificou as manifestações em favor da reforma agrária desde segunda-feira. No Maranhão, cerca de 300 famílias sem-terra ocuparam a Fazenda Salgador, no município de Presidente Vargas. A fazenda tem 45 mil hectares e é considerada improdutiva pelo MST.
Em Pernambuco, cerca de 200 trabalhadores rurais do MST ocuparam a Fazenda Açucena, no município de Jataúba.
Em Feira de Santana (BA), cerca de 5.000 manifestantes deram início a uma marcha de 110 quilômetros até Salvador. A previsão é que a marcha chegue até a capital baiana na segunda-feira. Hoje, 200 dirigentes foram até a Assembléia Legislativa da Bahia para entregar, simbolicamente, cópia de dois projetos de lei voltados para a luta agrária.
No Piauí, integrantes do MST ocuparam a sede governo do Estado, em Teresina. Os trabalhadores reivindicavam maior agilidade nos processos de desapropriação e demarcação de terras.
Em São Paulo, cerca de 150 famílias do MST ocuparam no domingo uma área da empresa Suzano Papel e Celulose, no município de Itapetininga (SP).
Hoje, o MST fez uma série de invasões no Rio Grande do Sul. Cerca de 2.000 trabalhadores ocupam três latifúndios e realizam uma marcha em São Gabriel.
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