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10/04/2007
-
20h20
da Agência Folha
Movimentos de luta pela terra promovem ações isoladas pelo país para marcar o chamado "abril vermelho", que lembra o assassinato, em 1996, de 19 sem-terra em Eldorado dos Carajás (PA).
Ao menos oito Estados --RS, PE, BA, PI, MA, SP, AL e PA-- foram alvo neste mês de 17 ações dos movimentos, como invasões de fazendas (12), prédios públicos (3), marcha (1) e formação de acampamento (1).
A coordenação nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), que lidera o "abril vermelho", disse que as ações visam pressionar o governo federal para "resolver a situação" de 150 mil famílias do movimento acampadas de forma precária.
Durante o "abril vermelho" de 2004, foram registradas 109 invasões de terra --o maior número já computado em um único mês.
Ações recentes
Cerca de 5.000 sem-terra ligados ao MST partiram hoje de Feira de Santana (115 km de Salvador) em uma marcha que deverá chegar a capital baiana no dia 16, um dia antes do Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária, decretado em memória ao massacre de Carajás.
Em São Paulo, cerca de 150 famílias do MST permanecem acampadas em área da empresa Suzano Papel e Celulose, em Itapetininga (163 km de São Paulo), invadida no domingo.
O movimento pede a criação de assentamentos na região e questiona a "expansão da monocultura de eucalipto". A Suzano já pediu a reintegração de posse da área.
No Rio Grande do Sul, cerca de 300 integrantes do MST invadiram na manhã de hoje o prédio da Secretaria de Obras de Nova Santa Rita (região metropolitana de Porto Alegre). Encerraram a manifestação após duas horas.
Em Pernambuco, cerca de 800 sem-terra ligados ao MTL (Movimento Terra, Trabalho e Liberdade) invadiram hoje a sede do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), em Recife.
Os manifestantes fizeram com que os funcionários deixassem o prédio, inclusive a superintendente do órgão, Maria de Oliveira. O Incra pediu a reintegração de posse do prédio.
Os sem-terra querem a exoneração da superintendente do Incra do cargo. Para Oliveira, a questão é política. "Eles querem me tirar do Incra pois não tenho ligação com o PT."
Até hoje à noite, os manifestantes permaneciam no prédio.
No Maranhão, cerca de 300 famílias do MST invadiram ontem uma fazenda, em Presidente Vargas (166 km de São Luís). O movimento reivindica a desapropriação das terras.
No Pará, agricultores ligados ao MST iniciaram ontem um acampamento às margens da rodovia PA-150, local onde ocorreu o massacre de Eldorado do Carajás. A mobilização será mantida até o próximo dia 17, quando o massacre completará 11 anos.
Com CÍNTIA ACAYABA, SÍLVIA FREIRE, KAMILA FERNANDES, RENATA BAPTISTA e SIMONE IGLESIAS
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Movimentos de luta pela terra promovem ações isoladas pelo país para marcar o chamado "abril vermelho", que lembra o assassinato, em 1996, de 19 sem-terra em Eldorado dos Carajás (PA).
Ao menos oito Estados --RS, PE, BA, PI, MA, SP, AL e PA-- foram alvo neste mês de 17 ações dos movimentos, como invasões de fazendas (12), prédios públicos (3), marcha (1) e formação de acampamento (1).
A coordenação nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), que lidera o "abril vermelho", disse que as ações visam pressionar o governo federal para "resolver a situação" de 150 mil famílias do movimento acampadas de forma precária.
Durante o "abril vermelho" de 2004, foram registradas 109 invasões de terra --o maior número já computado em um único mês.
Ações recentes
Cerca de 5.000 sem-terra ligados ao MST partiram hoje de Feira de Santana (115 km de Salvador) em uma marcha que deverá chegar a capital baiana no dia 16, um dia antes do Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária, decretado em memória ao massacre de Carajás.
Em São Paulo, cerca de 150 famílias do MST permanecem acampadas em área da empresa Suzano Papel e Celulose, em Itapetininga (163 km de São Paulo), invadida no domingo.
O movimento pede a criação de assentamentos na região e questiona a "expansão da monocultura de eucalipto". A Suzano já pediu a reintegração de posse da área.
No Rio Grande do Sul, cerca de 300 integrantes do MST invadiram na manhã de hoje o prédio da Secretaria de Obras de Nova Santa Rita (região metropolitana de Porto Alegre). Encerraram a manifestação após duas horas.
Em Pernambuco, cerca de 800 sem-terra ligados ao MTL (Movimento Terra, Trabalho e Liberdade) invadiram hoje a sede do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), em Recife.
Os manifestantes fizeram com que os funcionários deixassem o prédio, inclusive a superintendente do órgão, Maria de Oliveira. O Incra pediu a reintegração de posse do prédio.
Os sem-terra querem a exoneração da superintendente do Incra do cargo. Para Oliveira, a questão é política. "Eles querem me tirar do Incra pois não tenho ligação com o PT."
Até hoje à noite, os manifestantes permaneciam no prédio.
No Maranhão, cerca de 300 famílias do MST invadiram ontem uma fazenda, em Presidente Vargas (166 km de São Luís). O movimento reivindica a desapropriação das terras.
No Pará, agricultores ligados ao MST iniciaram ontem um acampamento às margens da rodovia PA-150, local onde ocorreu o massacre de Eldorado do Carajás. A mobilização será mantida até o próximo dia 17, quando o massacre completará 11 anos.
Com CÍNTIA ACAYABA, SÍLVIA FREIRE, KAMILA FERNANDES, RENATA BAPTISTA e SIMONE IGLESIAS
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