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14/04/2007
-
08h29
MAURÍCIO SIMIONATO
da Agência Folha, em Campinas
Após quase sete meses constrangido pela suspeita de envolvimento no caso do dossiê contra políticos tucanos, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) voltou à carga ontem e disse que o arquivamento, pelo STF (Supremo Tribunal Federal), da investigação contra ele "não repara os prejuízos políticos" causados pelo episódio.
O senador afirmou que a repercussão do caso o impediu de chegar ao segundo turno das eleições para o governo de São Paulo no ano passado.
"Eu sinto que [a decisão do STF] não repara os prejuízos políticos que tive, porque eu iria para o segundo turno se não fosse esse episódio e a interpretação do que aconteceu", disse o senador, derrotado em primeiro turno pelo governador José Serra (PSDB).
Em dezembro de 2006, a Polícia Federal concluiu o inquérito do caso do dossiê --tentativa de compra, por petistas, de material contra candidatos do PSDB-- e indiciou Mercadante por suspeita de crime eleitoral de caixa dois em sua campanha.
A PF apontou no inquérito que o ex-coordenador da campanha de Mercadante, Hamilton Lacerda, com o aval do senador, levou malas com US$ 248,8 mil e R$ 1,168 milhão a um hotel em São Paulo, nos dias 13 e 15 de setembro de 2006, para comprar o dossiê do chefe da máfia dos sanguessugas, Luiz Antonio Vedoin.
"Sempre afirmei que não tive qualquer participação neste lamentável episódio. O inquérito tem 1.100 páginas e o procurador-geral da República [Antonio Fernando de Souza], que tem sido extremamente rigoroso em seus pareceres, concluiu que não havia nenhum indício de minha participação. Foi uma decisão unânime de todos os juizes do STF", disse o senador.
A ofensiva verbal de Mercadante ontem em Campinas, onde participou de seminário com metalúrgicos, também incluiu críticas ao DEM (ex-PFL) e uma defesa da instalação da CPI da Nossa Caixa na Assembléia Legislativa de São Paulo, investigação que envolve a gestão do ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB).
"Aqueles que diziam que tínhamos [petistas] que desaparecer da vida política nos próximos 30 anos estão tendo de mudar de nome porque tiveram um resultado eleitoral precário. Eles deviam rever o discurso", disse o senador, em referência ao DEM.
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da Agência Folha, em Campinas
Após quase sete meses constrangido pela suspeita de envolvimento no caso do dossiê contra políticos tucanos, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) voltou à carga ontem e disse que o arquivamento, pelo STF (Supremo Tribunal Federal), da investigação contra ele "não repara os prejuízos políticos" causados pelo episódio.
O senador afirmou que a repercussão do caso o impediu de chegar ao segundo turno das eleições para o governo de São Paulo no ano passado.
"Eu sinto que [a decisão do STF] não repara os prejuízos políticos que tive, porque eu iria para o segundo turno se não fosse esse episódio e a interpretação do que aconteceu", disse o senador, derrotado em primeiro turno pelo governador José Serra (PSDB).
Em dezembro de 2006, a Polícia Federal concluiu o inquérito do caso do dossiê --tentativa de compra, por petistas, de material contra candidatos do PSDB-- e indiciou Mercadante por suspeita de crime eleitoral de caixa dois em sua campanha.
A PF apontou no inquérito que o ex-coordenador da campanha de Mercadante, Hamilton Lacerda, com o aval do senador, levou malas com US$ 248,8 mil e R$ 1,168 milhão a um hotel em São Paulo, nos dias 13 e 15 de setembro de 2006, para comprar o dossiê do chefe da máfia dos sanguessugas, Luiz Antonio Vedoin.
"Sempre afirmei que não tive qualquer participação neste lamentável episódio. O inquérito tem 1.100 páginas e o procurador-geral da República [Antonio Fernando de Souza], que tem sido extremamente rigoroso em seus pareceres, concluiu que não havia nenhum indício de minha participação. Foi uma decisão unânime de todos os juizes do STF", disse o senador.
A ofensiva verbal de Mercadante ontem em Campinas, onde participou de seminário com metalúrgicos, também incluiu críticas ao DEM (ex-PFL) e uma defesa da instalação da CPI da Nossa Caixa na Assembléia Legislativa de São Paulo, investigação que envolve a gestão do ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB).
"Aqueles que diziam que tínhamos [petistas] que desaparecer da vida política nos próximos 30 anos estão tendo de mudar de nome porque tiveram um resultado eleitoral precário. Eles deviam rever o discurso", disse o senador, em referência ao DEM.
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