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26/04/2007 - 13h46

Dinheiro de Aniz vem do trabalho e aposentadoria, diz advogado

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CLARICE SPITZ
da Folha Online, no Rio

Aniz Abraão David, o Anísio, deve dizer para a juíza Ana Paula Vieira de Carvalho, da 6ª Vara Federal Criminal do Rio, que não conhece os magistrados presos pela Polícia Federal suspeitos de venderem sentenças judiciais para favorecer a máfia dos jogos. A informação é de seu advogado, Ubiratan Guedes, na entrada do prédio da Justiça do Rio.

Aniz foi um dos 25 presos pela Operação Hurricane (furacão) no dia 13 da Polícia Federal, que desarticulou uma quadrilha especializada na venda de sentenças judiciais para favorecer a máfia do jogo.

A Justiça ouve hoje três dos acusados de envolvimento com a suposta quadrilha: Aniz, Ailton Guimarães Jorge (Capitão Guimarães) e Antonio Petrus Kalil (Turcão).

A megaoperação da Polícia Federal atingiu magistrados, bicheiros, policiais, empresários, advogados e organizadores do Carnaval do Rio. Eles são acusados de praticar os crimes de tráfico de influência, corrupção passiva e ativa, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

Dos 25 presos inicialmente, quatro (com foro privilegiado) foram soltos no final de semana: ex-vice-presidente do TRF (Tribunal Regional Federal) da 2ª Região, desembargador federal José Eduardo Carreira Alvim; o desembargador federal José Ricardo de Siqueira Regueira, também do TRF da 2ª Região; o juiz Ernesto da Luz Pinto Dória, do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 15ª Região, e o procurador regional da República do Rio João Sérgio Leal Pereira.

Os 21 restantes tiveram a prisão preventiva decretada. Entre eles está um grupo de suspeitos ligados à cúpula do Carnaval do Rio: o presidente da Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro), Ailton Guimarães Jorge, chamado de capitão Guimarães; um sobrinho dele, identificado como Júlio Guimarães; o presidente do conselho da Liesa e presidente de honra da Beija-Flor de Nilópolis, Aniz Abraão David; além do bicheiro Antonio Petrus Kalil, o Turcão, de Niterói.

Mais tarde, a Justiça decretou a prisão de mais três, elevando para 24 o número de denunciados no inquérito que tramita na 6ª Vara Criminal do Rio. Os quatro acusados com foro privilegiado terão de apresentar defesa ao STF (Supremo Tribunal Federal).

Aposentadoria

Guedes disse que o patrimônio de Aniz é fruto do seu trabalho, venda de imóveis e aposentadoria.

De acordo com Guedes, todo o patrimônio acumulado por Aniz foi declarado para a Receita Federal.

Ele afirmou ainda que Aniz comprou os carros de luxo apreendidos pela PF com recursos da venda de imóveis para a Caixa Econômica Federal há quatro ou cinco anos.

"[O dinheiro] vem do trabalho, aposentadoria. Está tudo declarado no imposto de renda", afirmou.

Segundo o advogado, Aniz declarou guardar em casa US$ 66 mil. Durante a operação Hurricane, a PF encontrou US$ 47 mil com ele.

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