Publicidade
Publicidade
26/04/2007
-
18h25
CLARICE SPITZ
da Folha Online, no Rio
O advogado Nélio Machado reclamou hoje do tratamento dado pela Polícia Federal aos acusados de envolvimento com a suposta quadrilha que atuava na compra de sentenças para beneficiar a máfia do jogo. Ele defende Ailton Guimarães Jorge, o Capitão Guimarães --presidente da Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro), o sobrinho dele Julio Guimarães Sobreira e o o desembargador federal José Ricardo de Siqueira Regueira.
Machado disse que os acusados são submetidos a condições "medievais" de tratamento, com celas pequenas. Ele disse que em razão do tratamento dispensado Guimarães não acompanhará os outros depoimentos.
Segundo Machado, enquanto Guimarães, Aniz Abraão David (o Anísio) e Antonio Petrus Kalil (mais conhecido como Turcão) depunham hoje, os outros esperavam dentro de um ônibus.
"É muito sacrifício, sem alimentação, ficam num ônibus, algemados, submetidos a uma exibição desnecessária, por pior que seja a cadeia existe há um mínimo de recolhimento".
Dezessete dos 24 denunciados no processo foram transferidos hoje de Brasília para o Rio. São aqueles que foram presos no último dia 13 pela Polícia Federal. Outros dois --Nagib Teixeira Sauid e João Oliveira de Farias-- se entregaram ontem e um está foragido (Marcelo Kalil).
O contraventor Turcão chegou a passar mal antes de depor. O bicheiro alegou desconforto e reclamou que ficou muito tempo sem se alimentar. Ele comeu um misto quente acompanhado por um suco de caju antes de depor.
Machado afirmou ainda que teve acesso apenas a transcrições dos grampos da Polícia Federal. "Ninguém ouviu os áudios, então, eu não tenho sequer segurança em relação à fidelidade das transcrições."
Quatro dos acusados poderão prestar depoimento por escrito porque são funcionários públicos: Carlos Pereira da Silva (delegado federal), Susie Pinheiros Dias de Mattos (da Agência Nacional do Petróleo), Marcos Antônio dos Santos Bretas (policial civil) e Francisco Martins da Silva (agente da PF no Rio).
A megaoperação da Polícia Federal atingiu magistrados, bicheiros, policiais, empresários, advogados e organizadores do Carnaval do Rio. Eles são acusados de praticar os crimes de tráfico de influência, corrupção passiva e ativa, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
Dos 25 presos inicialmente, quatro (com foro privilegiado) foram soltos no final de semana: ex-vice-presidente do TRF (Tribunal Regional Federal) da 2ª Região, desembargador federal José Eduardo Carreira Alvim; o desembargador federal José Ricardo de Siqueira Regueira, também do TRF da 2ª Região; o juiz Ernesto da Luz Pinto Dória, do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 15ª Região, e o procurador regional da República do Rio João Sérgio Leal Pereira.
Os 21 restantes tiveram a prisão preventiva decretada. Mais tarde, a Justiça decretou a prisão de mais três, elevando para 24 o número de denunciados no inquérito que tramita na 6ª Vara Criminal do Rio. Os quatro acusados com foro privilegiado terão de apresentar defesa ao STF (Supremo Tribunal Federal).
Leia mais
Polícia apreende 81 máquinas caça-níqueis em Porto Velho
Ministério Público investiga ligação entre pai de juíza e Friboi
PF vai transferir hoje 17 acusados de ligação com máfia para o Rio
Advogado de Capitão Guimarães quer vetar transferência para Campo Grande
Veja vídeo da PF da apreensão do dinheiro em megaoperação
Especial
Veja fotos da apreensão feita pela PF na Operação Hurricane
Leia cobertura completa sobre a máfia dos jogos
Advogado reclama de tratamento dado aos acusados de elo com máfia
Publicidade
da Folha Online, no Rio
O advogado Nélio Machado reclamou hoje do tratamento dado pela Polícia Federal aos acusados de envolvimento com a suposta quadrilha que atuava na compra de sentenças para beneficiar a máfia do jogo. Ele defende Ailton Guimarães Jorge, o Capitão Guimarães --presidente da Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro), o sobrinho dele Julio Guimarães Sobreira e o o desembargador federal José Ricardo de Siqueira Regueira.
Machado disse que os acusados são submetidos a condições "medievais" de tratamento, com celas pequenas. Ele disse que em razão do tratamento dispensado Guimarães não acompanhará os outros depoimentos.
Segundo Machado, enquanto Guimarães, Aniz Abraão David (o Anísio) e Antonio Petrus Kalil (mais conhecido como Turcão) depunham hoje, os outros esperavam dentro de um ônibus.
"É muito sacrifício, sem alimentação, ficam num ônibus, algemados, submetidos a uma exibição desnecessária, por pior que seja a cadeia existe há um mínimo de recolhimento".
Dezessete dos 24 denunciados no processo foram transferidos hoje de Brasília para o Rio. São aqueles que foram presos no último dia 13 pela Polícia Federal. Outros dois --Nagib Teixeira Sauid e João Oliveira de Farias-- se entregaram ontem e um está foragido (Marcelo Kalil).
O contraventor Turcão chegou a passar mal antes de depor. O bicheiro alegou desconforto e reclamou que ficou muito tempo sem se alimentar. Ele comeu um misto quente acompanhado por um suco de caju antes de depor.
Machado afirmou ainda que teve acesso apenas a transcrições dos grampos da Polícia Federal. "Ninguém ouviu os áudios, então, eu não tenho sequer segurança em relação à fidelidade das transcrições."
Quatro dos acusados poderão prestar depoimento por escrito porque são funcionários públicos: Carlos Pereira da Silva (delegado federal), Susie Pinheiros Dias de Mattos (da Agência Nacional do Petróleo), Marcos Antônio dos Santos Bretas (policial civil) e Francisco Martins da Silva (agente da PF no Rio).
A megaoperação da Polícia Federal atingiu magistrados, bicheiros, policiais, empresários, advogados e organizadores do Carnaval do Rio. Eles são acusados de praticar os crimes de tráfico de influência, corrupção passiva e ativa, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
Dos 25 presos inicialmente, quatro (com foro privilegiado) foram soltos no final de semana: ex-vice-presidente do TRF (Tribunal Regional Federal) da 2ª Região, desembargador federal José Eduardo Carreira Alvim; o desembargador federal José Ricardo de Siqueira Regueira, também do TRF da 2ª Região; o juiz Ernesto da Luz Pinto Dória, do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 15ª Região, e o procurador regional da República do Rio João Sérgio Leal Pereira.
Os 21 restantes tiveram a prisão preventiva decretada. Mais tarde, a Justiça decretou a prisão de mais três, elevando para 24 o número de denunciados no inquérito que tramita na 6ª Vara Criminal do Rio. Os quatro acusados com foro privilegiado terão de apresentar defesa ao STF (Supremo Tribunal Federal).
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice