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02/05/2007
-
09h41
CINTHIA RODRIGUES
do Agora
O rabino Henry Sobel, 63, presidente afastado da Congregação Israelita Paulista, negou ontem que pedirá perdão ao papa Bento 16. A informação foi publicada pelo diário "El País", um dos maiores da Espanha.
O texto, veiculado ontem, diz que o líder judaico aproveitaria a visita do papa ao Brasil para se desculpar pelo furto de gravatas nos EUA. "É mentira. Não sou católico, pedi perdão direto a Deus."
Procurado pelo Agora, o autor da reportagem, Juan Arias, correspondente do El País no Brasil, admitiu que o rabino não lhe deu qualquer declaração. Arias afirmou que a notícia do pedido de perdão "já havia sido veiculada várias vezes na imprensa brasileira". Os jornais, porém, publicaram apenas a participação de Sobel em um encontro de religiosos com o pontífice.
Especializado em teologia, Arias foi correspondente no Vaticano por 14 anos e é autor de livros sobre religiões. Seu texto no jornal espanhol diz que "um rabino tão importante pedir perdão ao papa supõe a aceitação de uma hierarquia espiritual do papa sobre a hierarquia judaica."
Sobel confirmou que participará de encontro fechado no mosteiro São Bento, mas reafirmou que sua vida pessoal não será tema. "Recebi convite para falar do diálogo que o Brasil e a América Latina têm entre católicos e judeus. E vai ser sobre isso que conversaremos", declarou. Segundo ele, até o discurso já está pronto. O rabino vai dizer a Bento 16 que seu nome, Benedictus, significa bênção em hebraico e que sua visita "é uma benção a todos nós". "Ele é um homem estudioso e que respeito. Não é revolucionário como João Paulo 2º [o papa anterior], mas quer consolidar valores morais tradicionais."
No dia 23 de março, Henry Sobel foi detido em Miami, nos Estados Unidos, depois de furtar quatro gravatas de luxo. De volta ao Brasil, passa agora por tratamento. "Só posso dizer que aquele não era eu. Foi um episódio dolorido, ainda estou em recuperação", afirmou.
O rabino disse que não pretende processar o jornalista. "Quero deixar bem claro que não é verdade. Sou um rabino, isso não tem cabimento, mas tenho outras prioridades para resolver."
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O rabino Henry Sobel, 63, presidente afastado da Congregação Israelita Paulista, negou ontem que pedirá perdão ao papa Bento 16. A informação foi publicada pelo diário "El País", um dos maiores da Espanha.
O texto, veiculado ontem, diz que o líder judaico aproveitaria a visita do papa ao Brasil para se desculpar pelo furto de gravatas nos EUA. "É mentira. Não sou católico, pedi perdão direto a Deus."
Procurado pelo Agora, o autor da reportagem, Juan Arias, correspondente do El País no Brasil, admitiu que o rabino não lhe deu qualquer declaração. Arias afirmou que a notícia do pedido de perdão "já havia sido veiculada várias vezes na imprensa brasileira". Os jornais, porém, publicaram apenas a participação de Sobel em um encontro de religiosos com o pontífice.
Especializado em teologia, Arias foi correspondente no Vaticano por 14 anos e é autor de livros sobre religiões. Seu texto no jornal espanhol diz que "um rabino tão importante pedir perdão ao papa supõe a aceitação de uma hierarquia espiritual do papa sobre a hierarquia judaica."
Sobel confirmou que participará de encontro fechado no mosteiro São Bento, mas reafirmou que sua vida pessoal não será tema. "Recebi convite para falar do diálogo que o Brasil e a América Latina têm entre católicos e judeus. E vai ser sobre isso que conversaremos", declarou. Segundo ele, até o discurso já está pronto. O rabino vai dizer a Bento 16 que seu nome, Benedictus, significa bênção em hebraico e que sua visita "é uma benção a todos nós". "Ele é um homem estudioso e que respeito. Não é revolucionário como João Paulo 2º [o papa anterior], mas quer consolidar valores morais tradicionais."
No dia 23 de março, Henry Sobel foi detido em Miami, nos Estados Unidos, depois de furtar quatro gravatas de luxo. De volta ao Brasil, passa agora por tratamento. "Só posso dizer que aquele não era eu. Foi um episódio dolorido, ainda estou em recuperação", afirmou.
O rabino disse que não pretende processar o jornalista. "Quero deixar bem claro que não é verdade. Sou um rabino, isso não tem cabimento, mas tenho outras prioridades para resolver."
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