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03/05/2007
-
10h44
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O Senado aprovou ontem a realização de uma sessão solene em homenagem ao empresário Octavio Frias de Oliveira, publisher do Grupo Folha, que morreu no último domingo em São Paulo aos 94 anos.
O requerimento da homenagem foi apresentado pelo líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), e assinado por outros senadores. A data ainda será marcada pela Mesa Diretora.
Discursos em homenagem a Frias dominaram ontem o plenário da Casa. Foram apresentados ainda oito requerimentos de pesar por seu falecimento.
Até o fechamento desta edição, 12 senadores haviam destacado, ao ocupar a tribuna, a trajetória e a importância histórica do empresário.
"Há mais de 40 anos tive a honra, a felicidade de privar da amizade de Octavio Frias de Oliveira. De com ele estabelecer uma relação na qual havia divergências que não discutíamos e posições que não analisávamos, para manter aquilo de mais profundo no ser humano: o prazer da convivência e o gosto da amizade", disse José Sarney (PMDB-AP).
No domingo, Sarney estava na Conferência das Nações Unidas, nos Estados Unidos, e pediu um minuto de silêncio ao receber a notícia do falecimento do publisher da Folha.
Marco Maciel (DEM-PE, ex-PFL) ressaltou a transformação promovida pelo empresário à frente da Folha: "Ele converteu a Folha numa "praça intelectual", para usar uma expressão de Ortega y Gasset [filósofo espanhol], isto é, um verdadeiro jornal de debates".
Eduardo Suplicy (PT-SP) relembrou o período de 1976 a 1980, em que escrevia para o jornal. "Foram anos de extraordinário trabalho", disse.
O líder do DEM, senador José Agripino (RN), disse que tinha "profunda admiração" pelo empresário, mesmo sem tê-lo conhecido pessoalmente.
Para Arthur Virgílio (AM), Frias resumia "o caráter indomável" de seu jornal. "Certa vez, quando eu era líder do governo Fernando Henrique Cardoso, entrei em árdua discrepância com a Folha. Fiz críticas duras ao jornal. A resposta foi absolutamente enternecedora para alguém que, como eu, não acredita em outro regime que não o democrático: me convidou para fazer um artigo onde eu pudesse dizer tudo o que eu pensava a respeito da Folha", disse o tucano.
O presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), também homenageou Frias: "Não se pode falar da história recente do Brasil sem falar dele". Na segunda-feira passada, as sessões da Câmara e do Senado também foram dominadas por homenagens a Frias.
São Paulo
O presidente da Assembléia paulista, Vaz de Lima (PSDB), determinou ontem à Secretaria Geral Parlamentar da Casa a realização de um ato solene em homenagem a Frias.
"Ele esteve presente em momentos cruciais da vida brasileira. As homenagens são merecidas", disse. A data ainda será definida pelos líderes.
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Senado fará sessão solene em homenagem ao empresário Octavio Frias
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O Senado aprovou ontem a realização de uma sessão solene em homenagem ao empresário Octavio Frias de Oliveira, publisher do Grupo Folha, que morreu no último domingo em São Paulo aos 94 anos.
João Wainer/Folha Imagem |
O empresário em seu escritório no nono andar do prédio da Folha, em março do ano passado |
Discursos em homenagem a Frias dominaram ontem o plenário da Casa. Foram apresentados ainda oito requerimentos de pesar por seu falecimento.
Até o fechamento desta edição, 12 senadores haviam destacado, ao ocupar a tribuna, a trajetória e a importância histórica do empresário.
"Há mais de 40 anos tive a honra, a felicidade de privar da amizade de Octavio Frias de Oliveira. De com ele estabelecer uma relação na qual havia divergências que não discutíamos e posições que não analisávamos, para manter aquilo de mais profundo no ser humano: o prazer da convivência e o gosto da amizade", disse José Sarney (PMDB-AP).
No domingo, Sarney estava na Conferência das Nações Unidas, nos Estados Unidos, e pediu um minuto de silêncio ao receber a notícia do falecimento do publisher da Folha.
Marco Maciel (DEM-PE, ex-PFL) ressaltou a transformação promovida pelo empresário à frente da Folha: "Ele converteu a Folha numa "praça intelectual", para usar uma expressão de Ortega y Gasset [filósofo espanhol], isto é, um verdadeiro jornal de debates".
Eduardo Suplicy (PT-SP) relembrou o período de 1976 a 1980, em que escrevia para o jornal. "Foram anos de extraordinário trabalho", disse.
O líder do DEM, senador José Agripino (RN), disse que tinha "profunda admiração" pelo empresário, mesmo sem tê-lo conhecido pessoalmente.
Para Arthur Virgílio (AM), Frias resumia "o caráter indomável" de seu jornal. "Certa vez, quando eu era líder do governo Fernando Henrique Cardoso, entrei em árdua discrepância com a Folha. Fiz críticas duras ao jornal. A resposta foi absolutamente enternecedora para alguém que, como eu, não acredita em outro regime que não o democrático: me convidou para fazer um artigo onde eu pudesse dizer tudo o que eu pensava a respeito da Folha", disse o tucano.
O presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), também homenageou Frias: "Não se pode falar da história recente do Brasil sem falar dele". Na segunda-feira passada, as sessões da Câmara e do Senado também foram dominadas por homenagens a Frias.
São Paulo
O presidente da Assembléia paulista, Vaz de Lima (PSDB), determinou ontem à Secretaria Geral Parlamentar da Casa a realização de um ato solene em homenagem a Frias.
"Ele esteve presente em momentos cruciais da vida brasileira. As homenagens são merecidas", disse. A data ainda será definida pelos líderes.
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