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09/05/2007 - 21h12

OAB abre processo disciplinar contra irmão do ministro Paulo Medina

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da Folha Online

A seção do Rio de Janeiro da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) abriu hoje processos disciplinares contra Virgílio Medina e mais cinco advogados acusados de ligação com a quadrilha que atuava na compra de sentenças judiciais para beneficiar a máfia do jogo. Medina é irmão do ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Paulo Medina.

Para a Polícia Federal, Virgílio atuaria como ligação entre a máfia e seu irmão. A intenção da quadrilha era conseguir liminares favoráveis de Paulo Medina. Entre as liminares concedidas por ele e suspeitas de terem favorecido a suposta organização criminosa está uma que liberou 900 máquinas caça-níqueis apreendidas em Niterói (RJ).

Os outros cinco são: José Renato Granado Ferreira (vice-presidente da Aberj), Júlio César Guimarães Sobreira (sobrinho de Aílton Guimarães, o Capitão Guimarães), Silvério Nery Cabral Junior (genro do juiz José Eduardo Carreira Alvim), Sergio Luzio Araújo (suspeito de intermediar a compra de sentenças), e Carlos Pereira da Silva (delegado da PF).

O presidente da OAB-RJ, Wadih Damous, disse que as acusações serão apuradas "com todo o rigor e serenidade, como prevê o estatuto da Ordem, sem corporativismo".

"Se for comprovada culpa nos crimes de que são acusados ou infração à ética no exercício profissional, sofrerão as sanções previstas em lei. Da mesma forma, se não forem julgados culpados, serão absolvidos", afirmou.

Todos foram presos na operação Hurricane (furacão) da Polícia Federal, que atingiu magistrados, bicheiros, policiais, empresários, advogados e organizadores do Carnaval do Rio. Eles são acusados de praticar os crimes de tráfico de influência, corrupção passiva e ativa, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

Dos 25 presos inicialmente, quatro (com foro privilegiado) foram soltos: ex-vice-presidente do TRF (Tribunal Regional Federal) da 2ª Região, desembargador federal José Eduardo Carreira Alvim; o desembargador federal José Ricardo de Siqueira Regueira, também do TRF da 2ª Região; o juiz Ernesto da Luz Pinto Dória, do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 15ª Região, e o procurador regional da República do Rio João Sérgio Leal Pereira.

Os 21 restantes tiveram a prisão preventiva decretada. Mais tarde, a Justiça decretou a prisão de mais três, elevando para 24 o número de denunciados no inquérito que tramita na 6ª Vara Criminal do Rio. Os quatro acusados com foro privilegiado terão de apresentar defesa ao STF (Supremo Tribunal Federal).

Os demais ficarão no Rio até o dia 17. Depois disso, eles serão transferidos para o presídio de segurança máxima de Campo Grande (MS). Até lá, ficarão detidos no Batalhão Especial Prisional da Polícia Militar, em Benfica.

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