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11/05/2007 - 07h15

Campo de Marte reúne 1 mi para canonização de frei Galvão, diz PM

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RENATO SANTIAGO
da Folha Online

Cerca de 1 milhão de pessoas já estão reunidas no Campo de Marte (zona norte) para a canonização do frei franciscano Antônio de Sant'Anna Galvão, o frei Galvão, o maior evento católico já realizado no país. A previsão é que o evento, que será celebrado hoje pelo papa Bento 16 possa reunir até 1,5 milhão de pessoas, segundo o coronel da Polícia Militar Luiz Flávio Codelo.

Acompanhe a visita do papa Bento 16 ao Brasil em tempo real na Folha Online.

O acesso ao público foi liberado à 1h, quando 500 mil pessoas já esperavam para conseguir um bom lugar na missa. À meia-noite, segundo Codelo, 200 mil aguardavam do lado de fora.

Vários devotos de frei Galvão aguardam ansiosamente pelo início da missa de canonização. Esse é o caso de Maria Charam, 86, que saiu cedo do Mandaqui (zona norte) para acompanhar a celebração. Sem andar por problemas no fêmur, ela disse que toma as pílulas de frei Galvão uma vez por mês. Ela veio com o filho, Markiano Charan, 43, deficiente visual.

Bento 16 deve sair do mosteiro São Bento (centro) por volta das 8h30 e seguir em veículo convencional blindado para o Campo de Marte. A chegar, por volta das 9h, o papa deverá circular entre os fiéis de papamóvel.

A missa está programada para começar às 9h30 --e acabar por volta das 12h. Após a cerimônia de canonização, Bento 16 retorna para o mosteiro de São Bento, onde participa de uma cerimônia de despedida.

De lá, ele segue para a Catedral da Sé (centro) para um encontro com bispos. Em seguida, retorna para o Campo de Marte, onde embarca para Aparecida de helicóptero.

Recomendações

Por conta da quantidade de pessoas esperadas, a Prefeitura de São Paulo recomenda aos fiéis que utilizem ônibus e metrô para chegarem ao local. Linhas de ônibus saem da estação Barra Funda (zona oeste) em direção ao Campo de Marte. Todos os trajetos utilizados pelo papa serão interditados para os demais veículos.

Os fiéis devem prestar atenção às regras de segurança criadas para quem assistir à missa de canonização. O público que vai participar da celebração deverá passar por uma revista --tanto homens quanto mulheres.

A segurança vai barrar a entrada de objetos perfuro-cortantes. Por conta disso, guarda-chuvas serão proibidos. Para evitar transtornos, é melhor levar capas de chuva e casacos para enfrentar as temperaturas baixas.

Objetos quebráveis também serão vetados. Dessa forma, garrafas de vidro deverão ficar do lado de fora.

O público poderá levar alimentos para o local. Câmeras fotográficas e filmadoras também serão permitidas.

Passagem

Ontem, em seu segundo dia da viagem ao Brasil, o papa quebrou o protocolo. Da sacada do mosteiro São Bento, na região central de São Paulo, o papa acenou para o público que esperava por sua passagem. O gesto --repetido outras vezes-- não constava da agenda original do sumo pontífice.

Do mosteiro (pela manhã), o papa partiu para o Palácio dos Bandeirantes (zona oeste), onde iniciou uma agenda repleta de compromissos. Lá, ele foi recebido pelo governador de São Paulo, José Serra, e por sua mulher, Mônica Serra.

Em seguida, o papa teve um encontro reservado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com a primeira dama, Marisa Letícia, de aproximadamente dez minutos.

No encontro, Bento 16 pediu a Lula a assinatura de um acordo de regulamentação da Igreja Católica no país. Esse acordo passa por questões sociais e tributárias.

Mas Lula disse ao papa que vai "preservar e consolidar o país como Estado laico". O papa, por sua vez, teria afirmado reconhecer o Brasil como Estado laico e que respeitava essa posição.

De lá, ele seguiu para o mosteiro de São Bento para participar de um encontro ecumênico com representantes de outras religiões. O rabino Henry Sobel disse que saiu "leve e alegre" do encontro com Bento 16.

Em seguida, o papa almoçou no mosteiro com a direção da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) --onde foi servido nhoque de mandioquinha.

À tarde, o papa recebeu empresários como Antônio Ermírio de Moraes (Votorantim) e Lázaro Brandão (Bradesco). Serra também voltou a se encontrar com o papa para pedir a beatificação da irmã Dulce.

Antes de seguir para o encontro com jovens no Pacaembu (zona oeste), o papa passou pelo Memorial da América Latina (mesma região), onde descerrou uma placa de benção aos povos da região.

Encontro com os jovens

Bento 16 foi recebido por cerca de 40 mil pessoas no Pacaembu aos gritos de "viva o papa" e "papa eu te amo". Lá, ele foi saudado por integrantes da Igreja Católica, além de jovens que pediram a ampliação de vagas nas universidades católicas.

No discurso do Pacaembu, o papa defendeu valores como o casamento, a fidelidade e o amor casto.

O papa cobrou ainda a preservação da Amazônia. "A devastação ambiental da Amazônia e as ameaças à dignidade humana de suas populações requerem um maior compromisso nos mais diversos espaços de ação que a sociedade vem solicitando."

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