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13/05/2007
-
09h08
LETÍCIA SANDER
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Nos cem primeiros dias desta legislatura, a Câmara já gastou R$ 449,3 mil em diárias e passagens de deputados que viajaram para cumprir "missões oficiais" no Brasil e no exterior.
Em média, a Casa gastou R$ 32 mil por semana para custear os deslocamentos. Foram feitas 64 viagens no período, 52 delas para fora do país. Os dados oficiais foram repassados à Folha pela assessoria da Câmara. Nos últimos quatro anos, a Câmara gastou R$ 7,3 milhões com diárias e passagens para que deputados participassem de "missões oficiais".
Para representar o Parlamento, os deputados ganham diárias de até US$ 350, no caso de destinos internacionais. Eles têm 15 dias após o retorno para apresentar um relatório, disponibilizado no site da Câmara (www.camara.gov.br). Porém, não há punição prevista para quem não entregar.
Os destinos dos parlamentares nestes três primeiros meses são diversos. Vão de Manaus a Bali, na Indonésia, onde seis deputados acompanharam a 116º Assembléia da União Interparlamentar, reunião que, neste ano, centrou as discussões em temas ambientais.
Nenhum dos relatórios dos participantes dessa viagem estava disponível para consulta pública até sexta-feira. Os destinatários ouvidos pela Folha, que receberam US$ 3.500 da Câmara em diárias e ficaram 13 dias fora, não integram a Comissão de Meio Ambiente. "Deputado tinha que conhecer o mundo inteiro. Aqui é que tem esse patrulhamento ridículo", criticou João Almeida (PSDB-BA), que foi a Bali.
A posse do Parlamento do Mercosul, na semana passada, em Montevidéu, gerou polêmica. Fernando Gabeira (PV-RJ) e o presidente Arlindo Chinaglia (PT-SP) bateram boca porque Gabeira reclamou do número excessivo de deputados na delegação.
Segundo a Câmara, 11 deputados viajaram em missão oficial para o evento, com os custos, estimados em R$ 45,9 mil, pagos pela Casa. Outros 18 também foram ao Uruguai --de "carona" no avião da Força Aérea Brasileira que levou Chinaglia ao evento.
A assessoria da Câmara afirma que a Casa não gastou nada com os 18 deputados, já que eles não receberam diária.
A reportagem da Folha procurou Chinaglia na sexta-feira para questioná-lo sobre critérios de seleção dos deputados, mas não houve retorno.
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Em cem dias, Câmara gasta R$ 449 mil em viagens
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
Nos cem primeiros dias desta legislatura, a Câmara já gastou R$ 449,3 mil em diárias e passagens de deputados que viajaram para cumprir "missões oficiais" no Brasil e no exterior.
Em média, a Casa gastou R$ 32 mil por semana para custear os deslocamentos. Foram feitas 64 viagens no período, 52 delas para fora do país. Os dados oficiais foram repassados à Folha pela assessoria da Câmara. Nos últimos quatro anos, a Câmara gastou R$ 7,3 milhões com diárias e passagens para que deputados participassem de "missões oficiais".
Para representar o Parlamento, os deputados ganham diárias de até US$ 350, no caso de destinos internacionais. Eles têm 15 dias após o retorno para apresentar um relatório, disponibilizado no site da Câmara (www.camara.gov.br). Porém, não há punição prevista para quem não entregar.
Os destinos dos parlamentares nestes três primeiros meses são diversos. Vão de Manaus a Bali, na Indonésia, onde seis deputados acompanharam a 116º Assembléia da União Interparlamentar, reunião que, neste ano, centrou as discussões em temas ambientais.
Nenhum dos relatórios dos participantes dessa viagem estava disponível para consulta pública até sexta-feira. Os destinatários ouvidos pela Folha, que receberam US$ 3.500 da Câmara em diárias e ficaram 13 dias fora, não integram a Comissão de Meio Ambiente. "Deputado tinha que conhecer o mundo inteiro. Aqui é que tem esse patrulhamento ridículo", criticou João Almeida (PSDB-BA), que foi a Bali.
A posse do Parlamento do Mercosul, na semana passada, em Montevidéu, gerou polêmica. Fernando Gabeira (PV-RJ) e o presidente Arlindo Chinaglia (PT-SP) bateram boca porque Gabeira reclamou do número excessivo de deputados na delegação.
Segundo a Câmara, 11 deputados viajaram em missão oficial para o evento, com os custos, estimados em R$ 45,9 mil, pagos pela Casa. Outros 18 também foram ao Uruguai --de "carona" no avião da Força Aérea Brasileira que levou Chinaglia ao evento.
A assessoria da Câmara afirma que a Casa não gastou nada com os 18 deputados, já que eles não receberam diária.
A reportagem da Folha procurou Chinaglia na sexta-feira para questioná-lo sobre critérios de seleção dos deputados, mas não houve retorno.
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