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18/05/2007
-
12h36
CLARICE SPITZ
da Folha Online, no Rio
O ministro da Justiça, Tarso Genro, afirmou nesta sexta-feira ter sido procurado ontem pelo governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT), e por parlamentares do Estado após a Polícia Federal ter desencadeado a Operação Navalha, que prendeu 46 pessoas acusadas de fraudes em obras públicas.
Segundo Tarso, os políticos teriam questionado se a operação era um movimento de revide ou de desestabilização do Estado. O ministro disse ter demonstrado que a operação não tinha relação direta com o Maranhão e que outros Estados também estavam envolvidos e que as investigações começaram na Bahia.
"A procura foi um pedido de informação dos deputados do Maranhão, de vários partidos, juntamente com o governador, que receberam as informações legais, que satisfizeram plenamente", disse.
O ministro afirmou que a operação que descobriu fraudes em licitações de obras de governo não afeta o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e brincou que elas devem baratear um pouco o custo das obras, "porque o pessoal não vai contabilizar a propina".
Mais cedo, em discurso durante a troca de comando da Força Nacional de Segurança, Tarso disse também que as operações da PF vão continuar.
STF
O ministro afirmou ainda que uma investigação contra um governador cabe ao STF (Supremo Tribunal Federal). A Polícia Federal pediu a prisão do governador do Maranhão, mas não recebeu autorização da Justiça para cumprir o mandado.
No despacho, a ministra Eliana Calmon, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), alegou que não existiam "elementos fáticos" que justificassem a prisão em flagrante do governador.
Lago é apontado pela PF como beneficiário de vantagem indevida. Por meio de seus sobrinhos, Alexandre de Maia Lago e Francisco de Paula Lima Júnior, presos durante a operação, o governador teria recebido R$ 240 mil para permitir o pagamento, pela Secretaria de Infra-Estrutura do Estado, de R$ 2,9 milhões de uma obra da Gautama --empresa sediada em Salvador (BA).
Entre os presos na operação estão o deputado distrital Pedro Passos (PMDB), o ex-governador do Maranhão José Reinaldo Tavares (PSB); o secretário de Infra-Estrutura de Alagoas, Adeílson Teixeira Bezerra; o diretor do Detran de Alagoas, Márcio Menezes Gomes; o assessor especial do gabinete do ministro Silas Rondeau (Minas e Energia), Ivo Almeida Costa; o prefeito de Camaçari (BA), Luiz Carlos Caetano (PT); e os dois sobrinhos de Jackson Lago.
A operação desarticulou uma organização criminosa que atuava desviando recursos públicos federais nos Estados de Alagoas, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Sergipe, Pernambuco, Piauí, Maranhão, São Paulo e no Distrito Federal.
A ministra Eliana Calmon expediu mais de 40 mandados de prisão preventiva e 84 de busca e apreensão.
Segundo a PF, a empresa Gautama operava a organização criminosa infiltrada no governo federal e em governos estaduais e municipais.
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Tarso diz ter sido procurado por Jackson Lago e parlamentares do MA
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da Folha Online, no Rio
O ministro da Justiça, Tarso Genro, afirmou nesta sexta-feira ter sido procurado ontem pelo governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT), e por parlamentares do Estado após a Polícia Federal ter desencadeado a Operação Navalha, que prendeu 46 pessoas acusadas de fraudes em obras públicas.
Segundo Tarso, os políticos teriam questionado se a operação era um movimento de revide ou de desestabilização do Estado. O ministro disse ter demonstrado que a operação não tinha relação direta com o Maranhão e que outros Estados também estavam envolvidos e que as investigações começaram na Bahia.
"A procura foi um pedido de informação dos deputados do Maranhão, de vários partidos, juntamente com o governador, que receberam as informações legais, que satisfizeram plenamente", disse.
O ministro afirmou que a operação que descobriu fraudes em licitações de obras de governo não afeta o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e brincou que elas devem baratear um pouco o custo das obras, "porque o pessoal não vai contabilizar a propina".
Mais cedo, em discurso durante a troca de comando da Força Nacional de Segurança, Tarso disse também que as operações da PF vão continuar.
STF
O ministro afirmou ainda que uma investigação contra um governador cabe ao STF (Supremo Tribunal Federal). A Polícia Federal pediu a prisão do governador do Maranhão, mas não recebeu autorização da Justiça para cumprir o mandado.
No despacho, a ministra Eliana Calmon, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), alegou que não existiam "elementos fáticos" que justificassem a prisão em flagrante do governador.
Lago é apontado pela PF como beneficiário de vantagem indevida. Por meio de seus sobrinhos, Alexandre de Maia Lago e Francisco de Paula Lima Júnior, presos durante a operação, o governador teria recebido R$ 240 mil para permitir o pagamento, pela Secretaria de Infra-Estrutura do Estado, de R$ 2,9 milhões de uma obra da Gautama --empresa sediada em Salvador (BA).
Entre os presos na operação estão o deputado distrital Pedro Passos (PMDB), o ex-governador do Maranhão José Reinaldo Tavares (PSB); o secretário de Infra-Estrutura de Alagoas, Adeílson Teixeira Bezerra; o diretor do Detran de Alagoas, Márcio Menezes Gomes; o assessor especial do gabinete do ministro Silas Rondeau (Minas e Energia), Ivo Almeida Costa; o prefeito de Camaçari (BA), Luiz Carlos Caetano (PT); e os dois sobrinhos de Jackson Lago.
A operação desarticulou uma organização criminosa que atuava desviando recursos públicos federais nos Estados de Alagoas, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Sergipe, Pernambuco, Piauí, Maranhão, São Paulo e no Distrito Federal.
A ministra Eliana Calmon expediu mais de 40 mandados de prisão preventiva e 84 de busca e apreensão.
Segundo a PF, a empresa Gautama operava a organização criminosa infiltrada no governo federal e em governos estaduais e municipais.
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