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21/05/2007 - 21h54

Ex-presidentes FHC e Itamar defendem saída de ministro

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PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte

Antecessores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e Itamar Franco (1992-94) defenderam hoje, lado a lado, o afastamento do ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, diante das suspeitas contra ele levantadas pela Polícia Federal.

Após participarem de um seminário em Belo Horizonte sobre questões sócio-econômicas na América Latina, FHC (PSDB) e Itamar (sem partido) --ambos opositores do governo Lula-- foram questionados em entrevista sobre a operação. O primeiro disse ver com preocupação a situação apurada pela Polícia Federal, mas disse que é necessário apuração completa.

"Vejo com preocupação. Mais do que nunca o momento requer que a gente vá fundo nessas questões. O presidente da República tem que ser claro, direto. Se tem gente que é ministro e está sendo questionado, tem que tomar medidas."

Por sua vez, Itamar disse que "o problema da ética na política é coisa séria". Emendou dizendo que foi "a polícia do governo, uma polícia importante e respeitada", que levantou as suspeitas e apresentou ao país, já com manifestação da Procuradoria Geral da República.

"O presidente não sou eu, é outro. Mas caberia ao seu ministro, já que é a Polícia Federal do seu governo, governo em que ele é ministro, sair do governo, se defender fora do governo e, inocente, voltar ao governo", disse Itamar.

"No dia de hoje não se trata de discutir se ele [Rondeau] é ou não culpado. Conhecemos o fato mostrado pela polícia do governo. E o sr. presidente da República vai decidir o destino do sr. ministro", completou Itamar.

Para FHC, a questão da "violência e a enxurrada de denúncias, tudo isso mina a crença nas instituições". Ele disse que é preciso aplicar a lei, que "serve para todos", independentemente do cargo que ocupa. "Enquanto não tivermos crença na lei, a população olha a classe política com desconfiança. E não é para ter?"

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