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24/05/2007
-
21h38
KÁTIA BRASIL
MATHEUS PICHONELLI
da Agência Folha
Depois de um dia e meio de invasão, manifestantes começaram a sair hoje da usina hidrelétrica de Tucuruí (389 km de Belém), no Pará. Eles exigiam uma reunião com uma comissão do governo federal e da direção da Eletronorte, que foi agendada para amanhã à tarde, na sede da estatal em Tucuruí.
A hidrelétrica é a segunda maior do país e tem potência instalada de 4.000 MW.
Já na noite de hoje os manifestantes começaram a deixar o local, em ônibus cedidos pela Eletronorte. A decisão foi acertada após negociações com representantes do Exército. Hoje, cerca de 400 soldados cercaram a hidrelétrica.
Os cerca de 150 manifestantes ligados ao MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens), à Via Campesina e ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) que participaram da invasão, iniciada na madrugada de ontem, reivindicam pagamento de indenização às famílias desalojadas devido à construção da hidrelétrica, há mais de 20 anos. Durante a invasão, eles ameaçavam atear fogo e danificar aparelhos das salas de controle caso as reivindicações não fossem atendidas.
A Eletronorte forneceu alimentos ao grupo apenas na noite de ontem.
Um funcionário da Eletronorte chegou a ser usado durante 13 horas como escudo de uma possível ocupação do Exército, mas foi liberado às 9h de hoje, após uma reunião com três oficiais do Exército.
Segundo o líder do MAB no Pará, Roquevan Alves Silva, a Eletronorte não cumpriu compromisso de disponibilizar recursos e incentivos a cerca de 977 famílias deslocadas durante a construção da usina.
A Eletronorte disse hoje que gasta cerca de R$ 40 milhões em um programa de ajuda a famílias que foram obrigadas a sair de suas casas devido ao alagamento provocado pelas obras da hidrelétrica.
A invasão foi iniciada ontem na esteira dos protestos organizados por movimentos sociais. Segundo os manifestantes, a usina foi invadida após confronto com policiais militares. A PM nega.
Colaboraram JOÃO CARLOS MAGALHÃES, da Agência Folha e a Sucursal de Brasília
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MATHEUS PICHONELLI
da Agência Folha
Depois de um dia e meio de invasão, manifestantes começaram a sair hoje da usina hidrelétrica de Tucuruí (389 km de Belém), no Pará. Eles exigiam uma reunião com uma comissão do governo federal e da direção da Eletronorte, que foi agendada para amanhã à tarde, na sede da estatal em Tucuruí.
A hidrelétrica é a segunda maior do país e tem potência instalada de 4.000 MW.
Já na noite de hoje os manifestantes começaram a deixar o local, em ônibus cedidos pela Eletronorte. A decisão foi acertada após negociações com representantes do Exército. Hoje, cerca de 400 soldados cercaram a hidrelétrica.
Os cerca de 150 manifestantes ligados ao MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens), à Via Campesina e ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) que participaram da invasão, iniciada na madrugada de ontem, reivindicam pagamento de indenização às famílias desalojadas devido à construção da hidrelétrica, há mais de 20 anos. Durante a invasão, eles ameaçavam atear fogo e danificar aparelhos das salas de controle caso as reivindicações não fossem atendidas.
A Eletronorte forneceu alimentos ao grupo apenas na noite de ontem.
Um funcionário da Eletronorte chegou a ser usado durante 13 horas como escudo de uma possível ocupação do Exército, mas foi liberado às 9h de hoje, após uma reunião com três oficiais do Exército.
Segundo o líder do MAB no Pará, Roquevan Alves Silva, a Eletronorte não cumpriu compromisso de disponibilizar recursos e incentivos a cerca de 977 famílias deslocadas durante a construção da usina.
A Eletronorte disse hoje que gasta cerca de R$ 40 milhões em um programa de ajuda a famílias que foram obrigadas a sair de suas casas devido ao alagamento provocado pelas obras da hidrelétrica.
A invasão foi iniciada ontem na esteira dos protestos organizados por movimentos sociais. Segundo os manifestantes, a usina foi invadida após confronto com policiais militares. A PM nega.
Colaboraram JOÃO CARLOS MAGALHÃES, da Agência Folha e a Sucursal de Brasília
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