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04/11/2003
-
09h17
SALVADOR NOGUEIRA
da Folha de S.Paulo
A polêmica proposta de criação de um Instituto Nacional de Cosmologia, Relatividade e Astrofísica (Icra-BR), relatada em reportagem de ontem na Folha, nunca se limitou a ter um caráter virtual. É o que afirma o principal defensor da proposta, Mário Novello.
A confusão foi gerada a partir da decisão do ministro Roberto Amaral (Ciência e Tecnologia), anunciada em agosto, de conceber o Icra-BR como um novo instituto independente do MCT, sem vínculo com o CBPF (Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas).
Os opositores da criação do novo centro afirmam que a idéia original de Novello, que teve ampla aceitação na comunidade, contemplava a criação de um instituto virtual, instalado no CBPF --apenas um nó numa rede internacional de pesquisa, a Icranet.
O apoio a essa idéia teria sido usado para manipular o MCT em sua decisão, segundo os opositores. O grupo, que inclui as diretorias da Sociedade Brasileira de Física e do CBPF, teme que a concepção do Icra-BR como instituição independente leve a um esvaziamento do CBPF, que já vem passando por uma crise institucional há pelo menos três anos, com ameaças de corte nos programas de pós-graduação e indefinição na escolha do diretor.
"A idéia sempre foi ter mais que um instituto virtual. Aliás, em nenhum momento usamos essa palavra", disse Novello à Folha por telefone. "O problema da oposição à idéia é de natureza política. Não tem nada a ver com ciência."
Segundo o pesquisador, que hoje pertence ao CBPF, a diretoria da Sociedade Brasileira de Física não representa os interesses dos cosmólogos, principais beneficiados pela criação do novo centro. "Não tem nem um cosmólogo lá."
Localizado no Rio de Janeiro, o CBPF passa por um momento de transição. O atual diretor, João Carlos dos Anjos, começou interinamente e nunca teve um mandato claro atribuído.
Uma nova comissão foi formada na última sexta-feira para indicar ao MCT uma lista tríplice, da qual sairá o próximo diretor do CBPF. O presidente da comissão, Roberto Salmeron, já se mostrou favorável à criação do Icra-BR.
"Com ou sem Icra, teremos uma reformulação profunda no CBPF, com a escolha do novo diretor", afirma Novello.
Instituto de cosmologia nacional nunca foi "virtual", diz seu criador
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da Folha de S.Paulo
A polêmica proposta de criação de um Instituto Nacional de Cosmologia, Relatividade e Astrofísica (Icra-BR), relatada em reportagem de ontem na Folha, nunca se limitou a ter um caráter virtual. É o que afirma o principal defensor da proposta, Mário Novello.
A confusão foi gerada a partir da decisão do ministro Roberto Amaral (Ciência e Tecnologia), anunciada em agosto, de conceber o Icra-BR como um novo instituto independente do MCT, sem vínculo com o CBPF (Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas).
Os opositores da criação do novo centro afirmam que a idéia original de Novello, que teve ampla aceitação na comunidade, contemplava a criação de um instituto virtual, instalado no CBPF --apenas um nó numa rede internacional de pesquisa, a Icranet.
O apoio a essa idéia teria sido usado para manipular o MCT em sua decisão, segundo os opositores. O grupo, que inclui as diretorias da Sociedade Brasileira de Física e do CBPF, teme que a concepção do Icra-BR como instituição independente leve a um esvaziamento do CBPF, que já vem passando por uma crise institucional há pelo menos três anos, com ameaças de corte nos programas de pós-graduação e indefinição na escolha do diretor.
"A idéia sempre foi ter mais que um instituto virtual. Aliás, em nenhum momento usamos essa palavra", disse Novello à Folha por telefone. "O problema da oposição à idéia é de natureza política. Não tem nada a ver com ciência."
Segundo o pesquisador, que hoje pertence ao CBPF, a diretoria da Sociedade Brasileira de Física não representa os interesses dos cosmólogos, principais beneficiados pela criação do novo centro. "Não tem nem um cosmólogo lá."
Localizado no Rio de Janeiro, o CBPF passa por um momento de transição. O atual diretor, João Carlos dos Anjos, começou interinamente e nunca teve um mandato claro atribuído.
Uma nova comissão foi formada na última sexta-feira para indicar ao MCT uma lista tríplice, da qual sairá o próximo diretor do CBPF. O presidente da comissão, Roberto Salmeron, já se mostrou favorável à criação do Icra-BR.
"Com ou sem Icra, teremos uma reformulação profunda no CBPF, com a escolha do novo diretor", afirma Novello.
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