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17/12/2003
-
15h23
da France Presse, em Paris (França)
Os países participantes do projeto Iter (sigla em inglês para International Termonuclear Experimental Reactor) têm um encontro marcado neste sábado, em Washington (EUA), para decidir, entre França e Japão, qual país acolherá o reator experimental de fusão nuclear, que muitos cientistas esperam permita a produção limpa e quase ilimitada de energia.
Delegados de Canadá, Rússia, China, Japão, Coréia do Sul, Estados Unidos e União Européia escolherão entre dois projetos: Cadarache, no sudeste da França, e Rokkasho-mura, no norte do Japão.
Candidatos
Os dois locais alegam sua sólida experiência nuclear. Rokkasho-mura é sede de um grande complexo industrial que conta com uma usina de reprocessamento nuclear, que abrirá em julho de 2006 um centro de instalação de dejetos vitrificados, uma usina de enriquecimento de urânio e um centro de armazenamento de dejetos de baixa atividade.
Além disso, a proximidade de uma grande base militar norte-americana indica que o local já dispõe de serviços desejáveis para receber os cientistas estrangeiros que participarão do projeto.
Cadarache, por sua vez, é sede há 40 anos de pesquisas nucleares internacionais e realiza desde 1988, segundo um programa europeu, pesquisas sobre a fusão com o reator experimental Tore Supra, que antecede o Iter. Toda a região se mobilizou para receber o projeto, argumentando que a Provence francesa oferece, ainda, uma qualidade de vida que contrasta com o difícil clima do norte do Japão.
A França representa a União Européia nesta competição internacional, depois da retirada, em novembro, da candidatura de Vandello, na Espanha.
Escolha política
Mas a escolha final será uma opção mais política do que científica, resultante de uma negociação entre os Estados Unidos e os outros países que participam do projeto. A indicação será feita por consenso e não por votação, segundo fonte ligada ao projeto.
Os ecologistas, tanto na França quanto no Japão, se opõem ao projeto, questionado quando se trata de uma energia limpa e denunciando sobretudo um novo avatar "faraônico" do lobby atômico, que só pode ser levado adiante em detrimento da pesquisa sobre energias renováveis.
O projeto Iter tem como objetivo demonstrar a facilidade científica e técnica da energia produzida pela fusão atômica, que ocorre nas estrelas. Mas esta perspectiva não é próxima: os artífices do projeto prevêem para 2050 a primeira produção de eletricidade.
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Os países participantes do projeto Iter (sigla em inglês para International Termonuclear Experimental Reactor) têm um encontro marcado neste sábado, em Washington (EUA), para decidir, entre França e Japão, qual país acolherá o reator experimental de fusão nuclear, que muitos cientistas esperam permita a produção limpa e quase ilimitada de energia.
Delegados de Canadá, Rússia, China, Japão, Coréia do Sul, Estados Unidos e União Européia escolherão entre dois projetos: Cadarache, no sudeste da França, e Rokkasho-mura, no norte do Japão.
Candidatos
Os dois locais alegam sua sólida experiência nuclear. Rokkasho-mura é sede de um grande complexo industrial que conta com uma usina de reprocessamento nuclear, que abrirá em julho de 2006 um centro de instalação de dejetos vitrificados, uma usina de enriquecimento de urânio e um centro de armazenamento de dejetos de baixa atividade.
Além disso, a proximidade de uma grande base militar norte-americana indica que o local já dispõe de serviços desejáveis para receber os cientistas estrangeiros que participarão do projeto.
Cadarache, por sua vez, é sede há 40 anos de pesquisas nucleares internacionais e realiza desde 1988, segundo um programa europeu, pesquisas sobre a fusão com o reator experimental Tore Supra, que antecede o Iter. Toda a região se mobilizou para receber o projeto, argumentando que a Provence francesa oferece, ainda, uma qualidade de vida que contrasta com o difícil clima do norte do Japão.
A França representa a União Européia nesta competição internacional, depois da retirada, em novembro, da candidatura de Vandello, na Espanha.
Escolha política
Mas a escolha final será uma opção mais política do que científica, resultante de uma negociação entre os Estados Unidos e os outros países que participam do projeto. A indicação será feita por consenso e não por votação, segundo fonte ligada ao projeto.
Os ecologistas, tanto na França quanto no Japão, se opõem ao projeto, questionado quando se trata de uma energia limpa e denunciando sobretudo um novo avatar "faraônico" do lobby atômico, que só pode ser levado adiante em detrimento da pesquisa sobre energias renováveis.
O projeto Iter tem como objetivo demonstrar a facilidade científica e técnica da energia produzida pela fusão atômica, que ocorre nas estrelas. Mas esta perspectiva não é próxima: os artífices do projeto prevêem para 2050 a primeira produção de eletricidade.
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