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17/12/2003
-
16h01
da France Presse, em Paris (França)
Alardeada por vários cientistas como uma fonte de energia limpa quase inesgotável, a fusão nuclear do projeto Iter (sigla em inglês para International Termonuclear Experimental Reactor) não convence em absoluto os ecologistas, que dizem se tratar de um avatar "faraônico" do lobby do átomo.
Segundo a rede Sortir du Nucléaire (Sair do Nuclear), que reúne 650 associações membros, o Iter "não é de modo algum a escolha de um reator nuclear a mais, mas a escolha de um orçamento a menos".
"Visto que o orçamento para pesquisa no setor de energia não é extensa, isto significará uma quantia equivalente a menos para os setores nos quais lamentavelmente já estamos atrasados", avaliou a organização ambientalista em alusão às energias renováveis e de eficiência energética.
Além disso, para a rede, a experimentação do Iter significará um "grande consumo de energia". Vários reatores nucleares clássicos funcionarão permanentemente, e "o Iter já se anuncia como um produtor maciço de dejetos nucleares indiretos e de dejetos radioativos diretos", em particular de trício.
Projeto demencial
A organização ecológica Greenpeace avaliou, por sua vez, que o Iter e a pesquisa sobre a fusão nuclear são "um projeto demencial".
"A fusão nuclear traz exatamente os mesmos problemas que a fissão nuclear, incluindo a produção de dejetos radioativos e os riscos de acidentes nucleares e de proliferação", destacou.
O Greenpeace lamentou que a Europa "se dedique a persistir em uma opção energética nefasta, que não é suscetível de funcionar a curto prazo, quando outras opções ecologicamente aceitáveis já existiam".
O partido ecológico francês dos Verdes manifestou as mesmas críticas, considerando que o Iter é um "projeto faraônico" que "se inscreve na concepção ultrapassada de um progresso ilusório de abundância ilimitada", em detrimento das energias renováveis.
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Ecologistas vêem "lobby atômico" em projeto de fusão nuclear
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Alardeada por vários cientistas como uma fonte de energia limpa quase inesgotável, a fusão nuclear do projeto Iter (sigla em inglês para International Termonuclear Experimental Reactor) não convence em absoluto os ecologistas, que dizem se tratar de um avatar "faraônico" do lobby do átomo.
Segundo a rede Sortir du Nucléaire (Sair do Nuclear), que reúne 650 associações membros, o Iter "não é de modo algum a escolha de um reator nuclear a mais, mas a escolha de um orçamento a menos".
"Visto que o orçamento para pesquisa no setor de energia não é extensa, isto significará uma quantia equivalente a menos para os setores nos quais lamentavelmente já estamos atrasados", avaliou a organização ambientalista em alusão às energias renováveis e de eficiência energética.
Além disso, para a rede, a experimentação do Iter significará um "grande consumo de energia". Vários reatores nucleares clássicos funcionarão permanentemente, e "o Iter já se anuncia como um produtor maciço de dejetos nucleares indiretos e de dejetos radioativos diretos", em particular de trício.
Projeto demencial
A organização ecológica Greenpeace avaliou, por sua vez, que o Iter e a pesquisa sobre a fusão nuclear são "um projeto demencial".
"A fusão nuclear traz exatamente os mesmos problemas que a fissão nuclear, incluindo a produção de dejetos radioativos e os riscos de acidentes nucleares e de proliferação", destacou.
O Greenpeace lamentou que a Europa "se dedique a persistir em uma opção energética nefasta, que não é suscetível de funcionar a curto prazo, quando outras opções ecologicamente aceitáveis já existiam".
O partido ecológico francês dos Verdes manifestou as mesmas críticas, considerando que o Iter é um "projeto faraônico" que "se inscreve na concepção ultrapassada de um progresso ilusório de abundância ilimitada", em detrimento das energias renováveis.
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