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16/03/2004 - 13h32

Viegas culpa falta de recursos como causa para acidente com VLS-1

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RICARDO MIGNONE
da Folha Online

A falta de recursos foi apontada nesta terça-feira pelo ministro José Viegas (Defesa) como a responsável pela explosão do VLS-1 (Veículo Lançador de Satélites), em agosto passado.

Segundo Viegas, muitos equipamento ficaram em "hibernação" por falta de dinheiro para a manutenção. "A escassez de recurso materiais colaborou para a falta de condições de trabalho."

A declaração foi feita durante a divulgação do relatório que apontou as causas do acidente. No evento também estavam presentes o ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos, o comandante da Aeronáutica, o brigadeiro Carlos da Silva Bueno, e o presidente a AEB (Agência Espacial Brasileira), Luís Bevilacqua.

Entretanto Viegas afirmou que o governo federal está comprometido em retomar o programa espacial brasileiro e que não faltarão recursos para cumprir a meta de lançar um novo protótipo do VLS-1 até 2006.

"Com a análise destes fatos [que provocaram o acidente], como a falta de recursos que demonstraram a fragilidade dos nossos sistemas de financiamento, tenho confiança de que as medidas corretivas serão implementadas porque não podemos voltar a correr os mesmo riscos", disse Viegas.

De acordo com Viegas, o governo vai procurar, em conjunto com o legislativo, formas de garantir o financiamento dos programas estratégicos ao país.

O acidente

O VLS-1 explodiu em 22 de agosto passado na base de lançamento de Alcântara (MA), matando 21 técnicos e engenheiros do CTA (Centro Técnico Aeroespacial), de São José dos Campos (SP). No acidente, ruiu a torre móvel usada na montagem e na preparação do veículo.

A falha apontada foi uma descarga elétrica que provocou a ignição de um dos quatro motores do corpo principal do foguete. Mas o relatório, adiantado pela Folha, aponta uma sucessão de erros que demonstra o descontrole na operação de lançamento.

O lançador de satélites VLS-1 é um dos carros-chefes do programa espacial brasileiro. Ele é composto por quatro estágios, todos com combustível de propulsão sólida --mais simples e com impulso menos duradouro.

Ele foi desenvolvido pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço, do CTA, e sua missão era colocar em órbita circular equatorial, de 750 km de altura, dois satélites brasileiros, o Satec --desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais-- e o nanossatélite Unosat --da Universidade Norte do Paraná.

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