Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
27/11/2004 - 09h12

Osso guardado em museu da França revela pterossauro gigante

Publicidade

da France Presse, em Paris (França)

A descoberta de um osso guardado em um caixote no depósito do Museu de História Natural de Troyes, ao norte da França, revelou a existência de um pterossauro gigante que viveu há 135 milhões de anos não muito distante de Paris.

A peça foi identificada pelo paleontólogo Eric Buffetaut, do Centro Nacional de Pesquisa Científica da França, como um úmero --osso comprido que vai do ombro ao cotovelo-- de um pteurossauro que viveu no início do período Cretáceo, segundo estudo publicado na edição de dezembro do Boletim da Sociedade Geológica da França.

Embora seja impossível determinar a espécie exata do animal, pode-se deduzir informações inéditas sobre estes répteis, voadores em geral.

O osso, de 34,5 centímetros de comprimento, é um dos úmeros dos maiores pterossauros já encontrados. Em comparação com os úmeros de outros pterossauro de grande porte, este deveria ter pelo menos 7,40 metros de altura.

"Apesar da incerteza sobre este cálculo, não há dúvida de que o pterossauro de Aube era de grande porte, com uma altura próxima à da espécie dos maiores já conhecidos do Cretáceo superior. Isto confirma a idéia de que os pterossauro gigantes viveram também no Cretáceo inferior", explica Buffetaut.

Embora já tenham sido descritas 150 espécies até agora, a origem dos pterossauros continua sendo um mistério. Não se conhece nenhuma forma ancestral, supostamente quadrúpede, já que os pterossauros mais antigos, de 220 milhões de anos, apresentam uma adaptação perfeita à vida no ar.

O pterossauro de Aube deve sua "nova vida" ao preparo de uma recente exposição no Museu de Troyes sobre os dinossauros.

Procurando raridades esquecidas no fundo dos caixotes do museu, o conservador da instituição, Pascal Leblanc, encontrou este osso sem etiqueta procedente das antigas coleções da Sociedade Acadêmica de Aube e passou-o, imediatamente, a Eric Buffetaut.

Se este grande especialista dos dinossauros, pterossauros e pássaros primitivos não tivesse recebido tal convite, provavelmente a espécie passaria décadas sem ser descoberta e identificada, como milhares de outras que devem estar abandonadas em tantos outros museus do mundo.

Leia mais
  • Pesquisadores divulgam nova espécie de dinossauro encontrada no Brasil
  • Dinossauro tinha cérebro de passarinho

    Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre dinossauros
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página