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02/12/2004
-
16h11
da Folha Online
Uma espécie de dinossauro encontrada no Brasil, a Unaysaurus tolentinoi, foi apresentada hoje por pesquisadores do Museu Nacional do Rio de Janeiro. A descoberta do fóssil aconteceu em 1998, em Água Negra, no Rio Grande do Sul.
O Unaysaurus tolentinoi viveu em um período chamado Triássico (há cerca de 225 milhões de anos), importante para a paleontologia mundial devido à raridade de seus dinossauros. Ele representa o primeiro dino pertencente ao grupo dos denominados "Prosauropoda" encontrado no país --além disso, é um dos mais antigos membros desse grupo encontrados no mundo até hoje.
Essa espécie tinha hábitos herbívoros, corpo volumoso e cabeça pequena sustentada por um longo pescoço. Seus membros anteriores eram proporcionalmente mais curtos que os posteriores, conferindo ao Unaysaurus uma postura bípede. Possuía ainda uma grande garra no polegar da mão e do pé.
O "dinossauro de água negra" é o fóssil com o crânio mais completo encontrado até hoje no Brasil, de acordo com os pesquisadores.
Várias características de sua cabeça e corpo sugerem relação de parentesco com dinossauros europeus da família Plateosauridae. Esta relação, dizem os cientistas, reforça a idéia da existência no passado de um supercontinente chamado Pangea e demonstra que o grupo de dinossauros chamados "prossaurópodes" teve uma ampla distribuição geográfica.
Durante a pesquisa foram encontradas também marcas de roedura em alguns ossos, sugerindo o convívio de protomamíferos junto com Unaysaurus.
Descoberta
O fóssil foi encontrado em 1998 pelo aposentado Tolentino Marafiga, enquanto ele caminhava para mais um dia de jogo de bocha na pequena localidade de Água Negra, por um trecho que liga os municípios de São Martinho da Serra e Santa Maria (RS).
Marafiga comunicou à Universidade Federal de Santa Maria ter encontrado algo curioso. A universidade mandou ao local estudantes do laboratório de paleontologia. A remoção do fóssil foi feita em seguida, com a colaboração de pesquisadores do Museu Nacional do Rio de Janeiro. As duas instituições criaram então um convênio e passaram a estudar o dinossauro juntas.
Os cientistas envolvidos no estudo são Luciano Artêmio Leal e Alexander Kellner, paleontólogos do Museu Nacional, Sérgio Alex Kugland de Azevedo, paleontólogo e diretor do Museu Nacional, e Átila da Rosa, paleontólogo da UFSM.
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O Unaysaurus tolentinoi viveu em um período chamado Triássico (há cerca de 225 milhões de anos), importante para a paleontologia mundial devido à raridade de seus dinossauros. Ele representa o primeiro dino pertencente ao grupo dos denominados "Prosauropoda" encontrado no país --além disso, é um dos mais antigos membros desse grupo encontrados no mundo até hoje.
Essa espécie tinha hábitos herbívoros, corpo volumoso e cabeça pequena sustentada por um longo pescoço. Seus membros anteriores eram proporcionalmente mais curtos que os posteriores, conferindo ao Unaysaurus uma postura bípede. Possuía ainda uma grande garra no polegar da mão e do pé.
O "dinossauro de água negra" é o fóssil com o crânio mais completo encontrado até hoje no Brasil, de acordo com os pesquisadores.
Várias características de sua cabeça e corpo sugerem relação de parentesco com dinossauros europeus da família Plateosauridae. Esta relação, dizem os cientistas, reforça a idéia da existência no passado de um supercontinente chamado Pangea e demonstra que o grupo de dinossauros chamados "prossaurópodes" teve uma ampla distribuição geográfica.
Durante a pesquisa foram encontradas também marcas de roedura em alguns ossos, sugerindo o convívio de protomamíferos junto com Unaysaurus.
Descoberta
O fóssil foi encontrado em 1998 pelo aposentado Tolentino Marafiga, enquanto ele caminhava para mais um dia de jogo de bocha na pequena localidade de Água Negra, por um trecho que liga os municípios de São Martinho da Serra e Santa Maria (RS).
Marafiga comunicou à Universidade Federal de Santa Maria ter encontrado algo curioso. A universidade mandou ao local estudantes do laboratório de paleontologia. A remoção do fóssil foi feita em seguida, com a colaboração de pesquisadores do Museu Nacional do Rio de Janeiro. As duas instituições criaram então um convênio e passaram a estudar o dinossauro juntas.
Os cientistas envolvidos no estudo são Luciano Artêmio Leal e Alexander Kellner, paleontólogos do Museu Nacional, Sérgio Alex Kugland de Azevedo, paleontólogo e diretor do Museu Nacional, e Átila da Rosa, paleontólogo da UFSM.
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