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06/01/2005
-
11h06
da France Presse, em Londres (Reino Unido)
O maremoto que devastou o sul da Ásia em 26 de dezembro passado ilustra a necessidade de colocar a ciência no centro dos esforços dos países em desenvolvimento, destacam autores de um estudo divulgado pela ONU (Organização das Nações Unidas).
O aterrador balanço do maremoto põe em xeque a atenção dada pelos governos dos países afetados a projetos científicos que poderiam ter "reduzido a magnitude da catástrofe", como os sistemas de alerta, declarou Calestous Juma.
Professor da Universidade de Harvard, Juma é o principal autor do relatório publicado hoje pelo Grupo de Trabalho sobre Ciência, Tecnologia e Inovação, constituído em 2000 pela ONU dentro do Programa de Desenvolvimento para o Milênio.
Prevenção
Juma estima que faltou à Ásia investimento em "tecnologias já existentes" para prevenir a catástrofe e destaca que "as somas exigidas para se estabelecer um sistema de alerta (para tsunamis) parecem agora ridiculamente pequenas se comparadas ao custo do maremoto, que cobrou dezenas de milhares de vidas e bilhões de dólares em danos materiais".
Segundo o professor, os países desenvolvidos também devem "refletir" sobre o custo da assistência científica aos países pobres e da ajuda internacional exigida após as calamidades. O relatório apresentado hoje, em Londres, é resultado do trabalho de 27 especialistas internacionais.
O documento também destaca o sucesso das estratégias de desenvolvimento baseadas na ciência, como no caso da Malásia, um país que passou de fornecedor de matéria-prima à economia que exporta produtos eletrônicos.
As palavras de Juma soam como um eco do discurso da véspera de Gordon Brown, ministro britânico da Economia, cujo país preside o G-8 em 2005.
"Não queremos ficar mais na situação de escolher entre a ajuda de emergência e o combate às causas decorrentes da pobreza", disse Brown, que planeja propor aos países mais industrializados um "novo Plano Marshall para os países em desenvolvimento".
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Falta ciência em países em desenvolvimento, alerta ONU
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O maremoto que devastou o sul da Ásia em 26 de dezembro passado ilustra a necessidade de colocar a ciência no centro dos esforços dos países em desenvolvimento, destacam autores de um estudo divulgado pela ONU (Organização das Nações Unidas).
O aterrador balanço do maremoto põe em xeque a atenção dada pelos governos dos países afetados a projetos científicos que poderiam ter "reduzido a magnitude da catástrofe", como os sistemas de alerta, declarou Calestous Juma.
Professor da Universidade de Harvard, Juma é o principal autor do relatório publicado hoje pelo Grupo de Trabalho sobre Ciência, Tecnologia e Inovação, constituído em 2000 pela ONU dentro do Programa de Desenvolvimento para o Milênio.
Prevenção
Juma estima que faltou à Ásia investimento em "tecnologias já existentes" para prevenir a catástrofe e destaca que "as somas exigidas para se estabelecer um sistema de alerta (para tsunamis) parecem agora ridiculamente pequenas se comparadas ao custo do maremoto, que cobrou dezenas de milhares de vidas e bilhões de dólares em danos materiais".
Segundo o professor, os países desenvolvidos também devem "refletir" sobre o custo da assistência científica aos países pobres e da ajuda internacional exigida após as calamidades. O relatório apresentado hoje, em Londres, é resultado do trabalho de 27 especialistas internacionais.
O documento também destaca o sucesso das estratégias de desenvolvimento baseadas na ciência, como no caso da Malásia, um país que passou de fornecedor de matéria-prima à economia que exporta produtos eletrônicos.
As palavras de Juma soam como um eco do discurso da véspera de Gordon Brown, ministro britânico da Economia, cujo país preside o G-8 em 2005.
"Não queremos ficar mais na situação de escolher entre a ajuda de emergência e o combate às causas decorrentes da pobreza", disse Brown, que planeja propor aos países mais industrializados um "novo Plano Marshall para os países em desenvolvimento".
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