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07/01/2005
-
15h09
GUY CLAVEL
da France Presse
Cientistas preferem educar a população, para que as pessoas saibam como reagir em caso de maremotos, do que instalar sistemas de alerta cuja eficácia não é garantida.
A catástrofe de 26 de dezembro no sudeste asiático demonstrou a falta de preparo dos países da bacia do oceano Índico, ao contrário daqueles do Pacífico, que dispõem do Centro Internacional de Maremotos do Havaí.
Esse sistema é formado por sismógrafos colocados perto das falhas e ligados a bóias flutuantes --que registram os tremores sísmicos--, medidores de maré e satélites de observação dos oceanos.
Entretanto, esses equipamentos não teriam possibilitado a retirada da população do litoral de Sumatra e da Tailândia, as mais próximas do epicentro do tremor, segundo a diretora do Centro Internacional de Alarmes, Laura Kong.
O motivo seria o limitado tamanho do oceano Índico, que reduz muito o tempo da reação entre o instante em que o alarme é dado e a chegada das ondas ao litoral.
Para Peter Pissierssens, chefe do serviço oceânico da OIC (Comissão de Oceanografia Intergovernamental) da Unesco, não é possível copiar o sistema do Pacífico, porque as falhas estão muito próximas ao litoral. Além disso, é necessário levar em conta que os gastos de instalação e manutenção são muito altos para as economias locais.
Para o especialista, a verdadeira solução se baseia na educação da população. "O que é esencial em qualquer sistema de alarme é a informação do público", afirma Pissierssens. "É necessário educar, dizendo o que as pessoas devem fazer em caso de alarme", acrescenta.
Para Marc André Gutscher, geofísico do laboratório Domaines Oceaniques, do Centro Nacional de Pesquisas Científica, uma das vantagens da educação é que essa medida não requer muitos gastos.
"Regras de comportamento bastante simples poderiam salvar muitas vidas. Creio que nos países situados ao leste da fonte do tsunami as perdas poderiam ter sido minimizadas à metade", acrescenta o especialista.
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Cientistas defendem educação para minimizar perdas com maremotos
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da France Presse
Cientistas preferem educar a população, para que as pessoas saibam como reagir em caso de maremotos, do que instalar sistemas de alerta cuja eficácia não é garantida.
A catástrofe de 26 de dezembro no sudeste asiático demonstrou a falta de preparo dos países da bacia do oceano Índico, ao contrário daqueles do Pacífico, que dispõem do Centro Internacional de Maremotos do Havaí.
Esse sistema é formado por sismógrafos colocados perto das falhas e ligados a bóias flutuantes --que registram os tremores sísmicos--, medidores de maré e satélites de observação dos oceanos.
Entretanto, esses equipamentos não teriam possibilitado a retirada da população do litoral de Sumatra e da Tailândia, as mais próximas do epicentro do tremor, segundo a diretora do Centro Internacional de Alarmes, Laura Kong.
O motivo seria o limitado tamanho do oceano Índico, que reduz muito o tempo da reação entre o instante em que o alarme é dado e a chegada das ondas ao litoral.
Para Peter Pissierssens, chefe do serviço oceânico da OIC (Comissão de Oceanografia Intergovernamental) da Unesco, não é possível copiar o sistema do Pacífico, porque as falhas estão muito próximas ao litoral. Além disso, é necessário levar em conta que os gastos de instalação e manutenção são muito altos para as economias locais.
Para o especialista, a verdadeira solução se baseia na educação da população. "O que é esencial em qualquer sistema de alarme é a informação do público", afirma Pissierssens. "É necessário educar, dizendo o que as pessoas devem fazer em caso de alarme", acrescenta.
Para Marc André Gutscher, geofísico do laboratório Domaines Oceaniques, do Centro Nacional de Pesquisas Científica, uma das vantagens da educação é que essa medida não requer muitos gastos.
"Regras de comportamento bastante simples poderiam salvar muitas vidas. Creio que nos países situados ao leste da fonte do tsunami as perdas poderiam ter sido minimizadas à metade", acrescenta o especialista.
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