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11/02/2005 - 15h18

Perfumes contêm substâncias nocivas à saúde, mostra estudo

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da France Presse

Vários perfumes comercializados contêm substâncias químicas que podem ser nocivas para a saúde, afirma um estudo da organização Greenpeace. Essas substâncias, diz o documento, podem penetrar no organismo, degradar-se e ter conseqüências prejudiciais aos seres humanos.

O objetivo do grupo é utilizar essas informações em sua campanha para tornar mais rígido um projeto de lei europeu sobre produtos químicos.

O assunto --que representa uma batalha entre ecologistas e industriais-- é debatido no Parlamento europeu e no Conselho de Ministros da União Européia.

O relatório tem como base a análise feita por um laboratório holandês com dois grupos de substâncias químicas artificiais "potencialmente perigosas" presentes em 36 perfumes "conhecidos". São eles os ésters de ftalatos e os almíscares de síntese.

"Os resultados mostram que os ftalatos e os almíscares estão presentes em praticamente todas as marcas examinadas", destacou o relatório, que pode ser encontrado na página www.vigitox.org.

O DEP (dietil ftalato), muito utilizado na cosmética como solvente, foi identificado em 34 dos 36 perfumes analisados. Os níveis mais elevados deste produto foram encontrados nos perfumes Eternity feminino (Calvin Klein), Iris Blue (Melvita) e Le Male (Jean Paul Gaultier).

Segundo o Greenpeace, vários estudos mostraram que o DEP penetra rapidamente na pele e espalha-se por todo o organismo depois de cada contato.

Ele então transforma-se rapidamente em monoetil de ftalato, uma substância que pode "alterar o DNA dos espermatozóides e limitar a função pulmonar no homem". O relatório reconhece, no entanto, que os efeitos a longo prazo deste tipo de exposição ainda não são totalmente conhecidos.

As quantidades mais elevadas de almíscares de síntese --compostos aromáticos usados no lugar dos naturais-- foram descobertas no Le Baiser du Dragon (Cartier), Le Male (Jean Paul Gaultier) e no White Musc (The Body Shop)

Os almíscares de síntese podem se acumular em tecidos vivos e alguns deles interferem no sistema hormonal do peixe, dos anfíbios e dos mamíferos.

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