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22/06/2005 - 10h22

Veleiro espacial Cosmos-1 decola, mas fracassa em fazer contato

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SALVADOR NOGUEIRA
da Folha de S.Paulo

O lançamento da Cosmos-1, o primeiro veleiro solar da história, ocorreu como previsto, às 16h46 (horário de Brasília) desta terça-feira. O foguete Volna, um velho míssil balístico intercontinental russo reformado para a missão, partiu do submarino Borisoglebsk, estacionado no gelado mar de Barents, quase no pólo Norte. Queimou seus estágios e atingiu o espaço.

Essas foram as boas notícias.

A má notícia é que os colaboradores russos responsáveis pelo lançamento não sabiam dizer se tudo havia corrido bem. E as coisas não pareciam muito boas. A espaçonave passou por sobre Kamchatka (Rússia) sem dar sinais de vida. Um primeiro sinal da nave foi detectado em Petropavlovsk (Rússia), mas muito curto e inconclusivo. As estações de rastreamento seguintes, em Majuro (Ilhas Marshall) e Panska Ves (República Tcheca), também não detectaram um sinal.

Análises do curto sinal captado em Petropavlovsk sugeriram que a espaçonave poderia estar agindo normalmente, durante a queima do combustível do último estágio do foguete. Também apontaram que poderia haver uma anomalia. Especialistas russos declararam ontem que era possível que a Cosmos-1 não tivesse se desprendido corretamente do último estágio do foguete.

Emily Lakdawalla, assistente de operações do projeto, mantém um blog atualizado da missão (planetary.org/solarsailblog), que retratou todo o drama da falta de dados conclusivos. "É difícil saber o que atualizar quando não há informação", escreveu ela ontem, às 18h47, em Pasadena, Califórnia (onde fica um dos centros de controle da missão). "Mas eu sei que há muita gente aí fora que quer saber o que está havendo. Por favor, sejam pacientes. Nós sabíamos que isso [haver problemas de comunicação] era uma possibilidade desde o início, embora, claro, estivéssemos torcendo para termos esses contatos."

Financiada pela ONG Sociedade Planetária, a missão foi realizada com US$ 4 milhões, vindos da iniciativa privada e de instituições de pesquisa russas. "Acho que agora eu sei por que essa missão foi tão barata", brincou Ann Druyan, viúva do astrônomo Carl Sagan, criador da ONG. Era a primeira nave destinada a testar o conceito de velas solares.

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