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11/07/2005 - 21h12

Nasa modifica ônibus espacial para aumentar segurança

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da France Presse, em Cabo Canaveral

O ônibus espacial Discovery, construído há 25 anos e que retomará seus vôos nesta quarta-feira, beneficiou-se das modificações realizadas depois do acidente com o Columbia, com o objetivo de voltar ao espaço em condições mais seguras.

Entre as mudanças efetuadas nos quase dois anos e meio de suspensão dos vôos, os astronautas agora têm condições de inspecionar o ônibus no espaço a fim de detectar e tentar reparar eventuais danos sofridos no lançamento, como os que provocaram a desintegração do Columbia ao retornar à Terra em 1º fevereiro de 2003.

O tanque externo, que contém o combustível que permite à nave entrar em órbita, foi modificado para reduzir os riscos de ruptura do material isolante que o reveste.

Durante o lançamento do Columbia, uma peça do isolante se desprendeu do tanque de combustível e golpeou com força a asa esquerda. Isso provocou uma fissura na capa de proteção térmica da nave, o que permitiu o ingresso de gases numa altíssima temperatura, provocando a desintegração da estrutura do ônibus durante sua reentrada na atmosfera.

A Nasa não tem como garantir que nenhuma peça do isolante vá se desprender no momento do lançamento, mas estima que o tamanho das peças fará com que elas não causem danos.

"A única forma de saber mais sobre esse problema é durante o vôo", afirmou recentemente John Muratore, diretor da equipe de engenheiros destinados à retomada dos vôos.

O tanque externo levará também um sistema de calefação para reduzir mais o risco de formação de gelo.

Novas câmeras, instaladas sobre o ônibus espacial e ao redor da plataforma de lançamento do centro espacial Kennedy, perto de Cabo Canaveral (Flórida, sudeste), acompanharão todos os movimentos desde o lançamento até o momento em que o ônibus espacial se desprende do tanque central, oito minutos e 40 segundos depois do lançamento.

Se forem detectados danos em órbita, dois astronautas se encarregarão de sair da nave com uma nova caixa de ferramentas para tentar reparar os problemas.

"Mas se estivermos numa situação em que o reparo não for possível, temos a opção de salvar a tripulação enviando uma nave de socorro, enquanto o aparato danificado ficará acoplado à estação espacial", explicou Wayne Hale, subdiretor do ônibus espacial.

"Reduzimos consideravelmente os riscos mas o vôo nunca será completamente seguro", acrescentou.

Estão previstas três saídas ao espaço durante a missão de 13 dias do Discovery, que começará nesta quarta-feira (13). Durante essas saídas, os astronautas Soichi Noguchi, de Japão, e Stephan Robinson, dos Estados Unidos, testarão métodos de reparo que funcionam em Terra, mas que ainda não foram experimentados no espaço.

A tripulação da estação espacial também participará da inspeção. Pouco antes de chegar à estação, o ônibus fará uma pirueta para mostrar seu estado às lentes fotográficas dos ocupantes da estação, o russo Sergei Krikalev e o americano John Phillips.

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