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01/08/2005
-
09h28
SALVADOR NOGUEIRA
da Folha de S.Paulo
STS-300: é a sigla que ninguém gosta de ouvir nem por brincadeira nos corredores do Centro Espacial Johnson, em Houston. É a designação da missão treinada pelos astronautas escalados para o próximo vôo, do ônibus Atlantis, em caso de um lançamento feito às pressas para resgatar a tripulação do Discovery.
A sigla STS diz respeito ao nome oficial do programa, o pomposo "Sistema de Transporte Espacial". O número designa a decolagem: a do Discovery, por exemplo, é STS-114, a 114ª missão de um ônibus espacial. Para uma missão tão maluca quanto a de resgate, os gerentes pegaram o número 300 --que os ônibus jamais atingirão, se forem aposentados até 2010.
Descrita em poucas palavras, a missão parece simples. Caso o Discovery fosse danificado no lançamento a ponto de não poder mais voltar, o Atlantis teria seu processamento acelerado para uma decolagem o mais cedo possível, com uma tripulação mínima.
Enquanto isso, os astronautas do ônibus já no espaço ficariam abrigados na Estação Espacial Internacional --é bom lembrar que os ônibus não têm autonomia para manter uma tripulação viva e respirando por muito mais que uns 15 dias. Assim que o Atlantis chegasse lá, daria carona aos membros desgarrados do Discovery, trazendo todos em segurança à Terra. Parece exeqüível.
Problemas: gastando dois anos e meio para preparar o Discovery para vôo, a Nasa encontrou problemas e riscos. O quanto a situação não iria piorar no caso de um processamento acelerado e sem as devidas checagens para o Atlantis? Poderia muito bem ser um plano para perder dois ônibus, em vez de um.
Além disso, se algum problema ocorresse a bordo da ISS, forçando uma evacuação, só há uma nave Soyuz disponível, capaz de levar três astronautas. Atualmente, contando a tripulação da estação e do Discovery, há nove pessoas a bordo.
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da Folha de S.Paulo
STS-300: é a sigla que ninguém gosta de ouvir nem por brincadeira nos corredores do Centro Espacial Johnson, em Houston. É a designação da missão treinada pelos astronautas escalados para o próximo vôo, do ônibus Atlantis, em caso de um lançamento feito às pressas para resgatar a tripulação do Discovery.
A sigla STS diz respeito ao nome oficial do programa, o pomposo "Sistema de Transporte Espacial". O número designa a decolagem: a do Discovery, por exemplo, é STS-114, a 114ª missão de um ônibus espacial. Para uma missão tão maluca quanto a de resgate, os gerentes pegaram o número 300 --que os ônibus jamais atingirão, se forem aposentados até 2010.
Descrita em poucas palavras, a missão parece simples. Caso o Discovery fosse danificado no lançamento a ponto de não poder mais voltar, o Atlantis teria seu processamento acelerado para uma decolagem o mais cedo possível, com uma tripulação mínima.
Enquanto isso, os astronautas do ônibus já no espaço ficariam abrigados na Estação Espacial Internacional --é bom lembrar que os ônibus não têm autonomia para manter uma tripulação viva e respirando por muito mais que uns 15 dias. Assim que o Atlantis chegasse lá, daria carona aos membros desgarrados do Discovery, trazendo todos em segurança à Terra. Parece exeqüível.
Problemas: gastando dois anos e meio para preparar o Discovery para vôo, a Nasa encontrou problemas e riscos. O quanto a situação não iria piorar no caso de um processamento acelerado e sem as devidas checagens para o Atlantis? Poderia muito bem ser um plano para perder dois ônibus, em vez de um.
Além disso, se algum problema ocorresse a bordo da ISS, forçando uma evacuação, só há uma nave Soyuz disponível, capaz de levar três astronautas. Atualmente, contando a tripulação da estação e do Discovery, há nove pessoas a bordo.
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